sábado, 13 de setembro de 2025

Impostos directos, favorecem quem?


Terá a ver com o publicado, o não publicado e a verdade, como o bom-senso a entende.

Isto para tentar justificar o seguinte:

O publicado afirma que os impostos directos são mais amigos dos pobres do que os indirectos.
Tal é confirmado pela extrema-esquerda e aplaudido pelos grandes detentores de capital.

Estranho? 
Não, não é!

Em 2023, dos cerca de 56 mil milhões de € que o estado português arrecadou em impostos, 8,6 mil milhões provinham do IRC.
Os restantes  47,4 mil milhões provinham essencialmente do IRS...

Uma situação logicamente aplaudível pelo capital.
E onde mora a lógica da extrema esquerda?

Na "verdade" de que os impostos directos "protegem" os mais pobres, porquanto 46% dos portugueses não pagam IRS por não atigirem o mínimo salarial,  para tal.

E a eficaz direita?
Aqui mora "a verdade" de quem pode, facilmente, fugir aos impostos e ainda é premiado com fundações, perdões e sobretudo com offshore, espalhados pelo mundo. 

Só na Europa são facilmente reconhecidos dez. 

Estima-se que há 53 mil milhões de capital português escondido em offshore.

Já o IVA, imposto indirecto, tem de ser pago por todos em qualquer transação, sem possibilidade de fuga, por maior que seja a proteção dada pelos impostos directos a determinados grupos.

Pergunta: 
Por acaso alguém viu a ONU publicar uma convenção-quadro sobre offshore, que existem desde a década de 30 do século XX?

Claro que não! 

Embora seja a única organização mundial capaz de levantar, debater e comprometer um dos maiores malefícios à economia mundial, a ONU opta por dar palco e convenções-quadro às alterações climáticas...

Eles lá saberão porquê...!


In english:

The Great Tax Deception: A Tale of Two Systems

Years ago, a judge shared a profound insight that continues to resonate: the interplay between published information, unpublished realities, and the truth as common sense dictates. This forms the backdrop for the following analysis.

The Illusion of Fairness:

The conventional wisdom, championed by the far-left and surprisingly, by the wealthy elite, proclaims that direct taxation is more equitable, favoring the poor over indirect taxation. But is this truly the case?

Unmasking the Reality:

In 2023, Portugal's €56 billion in tax revenue saw a mere €8.6 billion stemming from corporate income tax (IRC). A staggering €47.4 billion originated from personal income tax (IRS) – a situation seemingly applauded by the wealthy.

The far-left's logic lies in the assertion that direct taxes protect the poor, as 46% of Portuguese citizens don't pay IRS due to low incomes. This narrative conveniently ignores a crucial element.

The Elusive Right and the Offshore Enigma:

Those who can easily avoid taxes are rewarded with foundations, tax forgiveness, and, most significantly, offshore accounts scattered globally. Europe alone boasts at least ten easily identifiable tax havens.

An estimated €53 billion in Portuguese capital is hidden in offshore accounts. Meanwhile, the indirect Value Added Tax (VAT) ensnares everyone in every transaction, leaving no escape, regardless of the protection supposedly afforded by direct taxes.

The UN's Telling Silence:

Have you ever seen the UN publish a framework convention on offshore accounts, which have existed since the 1930s? The answer is a resounding no!

While the UN is uniquely positioned to address this global economic malignancy, it prioritizes climate change conventions. One wonders why...

A Stark Conclusion:

The narrative surrounding direct versus indirect taxation is far more complex than it appears. The current system, while seemingly progressive, allows for significant tax evasion by the wealthy, leaving the burden disproportionately on the shoulders of the average citizen. The silence of international bodies only serves to deepen the mystery and perpetuate this inequitable reality.

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Maioria Silenciosa...!


Terá começado entre o 11 de Março e o 25 de Novembro de 1975.
Sentia-se então, o que veio a ser confirmado em plebiscito para a CRP em 02/04/1976: 
Uma enorme maioria - até aí silenciosa - "gritou", através do seu voto, acordo com o texto constitucional proposto pela Assembleia Constituinte.

A primeira eleição legislativa após a aprovação da Constituição de 1976 ocorreu mais tarde, em 25 de abril de 1976. Os resultados foram os seguintes:

  • Partido Socialista (PS): 107 deputados (34,89% dos votos)
  • Partido Popular Democrático (PPD): 73 deputados (24,35% dos votos)
  • Partido do Centro Democrático Social (CDS): 42 deputados (15,98% dos votos)
  • Partido Comunista Português (PCP): 40 deputados (14,39% dos votos)
  • União Democrática Popular (UDP): 1 deputado (1,67% dos votos)

​A participação eleitoral foi de 83,53%, o que demonstra o grande envolvimento dos portugueses neste momento histórico para o país.

Uma abstenção de 16,47% diz bem que a população apoiava o sistema democrático proposto contra os golpes das extremas esquerda e direita, não necessariamente apenas militares, que até então tinham instabilizado a afirmação da Democracia em Portugal.

A direita usa agora outros argumentos como imigração e  corrupção - outros não terá... - tentando cativar incautos para as suas verdadeiras e universais aspirações...

Quer imigração quer corrupção - causas únicas da direita - levantam a questão: 

Qual o país do mundo que não lida com essas dificuldades?

E alguém pode pensar que um partido, como o Chega, repleto de deputados com cadastro e atividade criminal, irá resolver problemas que nenhum outro país, até hoje, resolveu?

A Maioria Silenciosa tem de se manifestar, de novo, contra golpes de direita e esquerda!

Todos os actos eleitorais são úteis para repor a vontade maioritária e não legitimar um caminho - inevitável - para a ditadura, mais ou menos disfarçada.








quinta-feira, 4 de setembro de 2025

O exemplo vem de cima!


Corrupção e a Fragilidade da Lei: 

O Caso de Montenegro e a Impunidade no Poder

​É desconcertante perceber como figuras públicas, que se apresentam como "normais" e democratas, podem na verdade esconder ambições que contrariam a lei. 

A Lei 52/2019, de 31 de julho, é clara ao proibir que membros do governo e seus familiares próximos (até ao 2º grau) detenham mais de 10% de participações empresariais. 

No entanto, assistimos a situações que parecem desafiar abertamente este princípio, levantando sérias questões sobre a impunidade do poder em Portugal.

​Recentemente, um caso veio a público na SIC Notícias, revelando um médico dermatologista que terá faturado 410.000€ ao Estado por apenas 10 cirurgias. 

Este tipo de situação, onde o erário público é escoado de forma duvidosa, é um sintoma de um problema maior. Num país onde o próprio primeiro-ministro parece ser imune a esquemas pessoais que frontalmente violam a lei, pergunto:

  • Que diferença existe entre um país da União Europeia e uma ditadura africana, se a lei não é aplicada de forma igual para todos?
  • Por que a UE não possui uma legislação comum para combater crimes desta natureza, que permita libertar o povo de ser prejudicado por quem detém o poder?

​A aparente impunidade de certas figuras políticas levanta a questão de se as leis servem apenas para castigar os cidadãos comuns, enquanto o poder se mantém intocável. 

No caso específico de Montenegro, que castigo a lei prevê para quem a afronta? 

O Ministério Público continua "cego" para o que se passa à direita nas esferas do poder? 

E que manobras financeiras podem estar por vir, especialmente depois de umas eleições convocadas sob a égide do voto popular, para levar avante aquilo que a lei proíbe?

​Voltando ao caso do médico, se as acusações forem verdadeiras, qual será a sua punição? 

A Ordem dos Médicos irá expulsá-lo, ou irá, como de costume, culpar o "sistema" e o "legislador"? 

Ou, de forma ainda mais cínica, irá a Ordem dos Médicos propor um futuro onde a impunidade seja a norma, onde se pode candidatar a um cargo de poder com a certeza de que ficará de "mãos limpas", tal como o primeiro-ministro?

​Afinal, a que se destina a lei se não for para proteger a sociedade dos abusos de poder? 

E que podemos esperar dos ministros de um governo, se os seus cargos dependem apenas da vontade de um líder que parece estar acima da lei?




quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Putin e a Catalunha

A possível interferência de Vladimir Putin no movimento de independência da Catalunha é um tema complexo e controverso, que tem sido alvo de investigações judiciais e jornalísticas na Espanha e em outros países. 
Embora o governo russo negue qualquer envolvimento, há evidências e acusações que sugerem ligações e tentativas de apoio por parte do Kremlin.

Acusações e Alegações
Várias investigações apontam para a existência de contatos entre líderes separatistas catalães e emissários russos antes e durante o referendo de 2017. 

As principais alegações incluem:

 * Ofertas de apoio militar e financeiro: Um dos pontos mais discutidos é a suposta oferta de um grupo russo a líderes catalães, incluindo o ex-presidente Carles Puigdemont.

Essa proposta incluiria o envio de 10 mil soldados e uma quantia significativa de dinheiro para ajudar no processo de independência. 
Em troca, a Rússia supostamente queria que a Catalunha se tornasse um "paraíso de criptomoedas" para o país. Embora um juiz espanhol tenha confirmado a existência da oferta, ele também indicou que a proposta foi recusada por Puigdemont.

 * Campanhas de desinformação: 

Relatórios de inteligência de vários países, incluindo a Espanha e os EUA, sugerem que a Rússia usou suas redes de desinformação e "bots" nas redes sociais para amplificar a crise na Catalunha, promovendo a divisão e desestabilizando o país. 
O objetivo seria enfraquecer a União Europeia, à qual a Espanha pertence.

 * Ligações com o crime organizado: 

Há também alegações de que grupos do crime organizado russo com laços com o Kremlin teriam subornado políticos catalães e financiado o movimento separatista.

A Posição da Rússia e as Investigações
Oficialmente, o governo russo, sob a liderança de Putin, sempre declarou que a questão da Catalunha é um assunto interno da Espanha e que a Rússia respeita a integridade territorial do país. 

Putin classificou as acusações de interferência como "absurdas" e parte de uma campanha ocidental para culpar a Rússia por problemas internos de outros países.

No entanto, as investigações judiciais na Espanha continuaram por anos. 

Em março de 2025, o Supremo Tribunal Espanhol decidiu arquivar a investigação de alta traição contra Carles Puigdemont relacionada à suposta interferência russa, alegando que não havia provas suficientes para prosseguir com o caso. 

Apesar do arquivamento, as alegações e suspeitas sobre as conexões entre o movimento separatista e o Kremlin ainda persistem.

Em resumo, a interferência de Putin na independência da Catalunha não é uma realidade comprovada e oficialmente reconhecida, mas sim uma série de alegações, suspeitas e investigações que, embora tenham sido arquivadas judicialmente em alguns casos, continuam a alimentar debates e a levantar preocupações sobre as táticas russas para desestabilizar países ocidentais.

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Trump ❤️ Putin.


Em relação às afirmações de Donald Trump sobre a adoção de medidas contra o presidente russo Vladimir Putin, é importante notar que as suas declarações e ações têm sido objeto de um escrutínio considerável. 

Durante o seu mandato, as críticas centraram-se frequentemente na sua postura diplomática, que muitos consideraram conciliatória em relação à Rússia, em contraste com a abordagem mais dura de administrações anteriores.

Vários analistas e políticos apontaram para um padrão em que Trump, por vezes, fez declarações públicas que pareciam desafiar Putin ou criticar as ações da Rússia, mas que não foram seguidas por medidas concretas ou foram atenuadas por outras declarações ou políticas. 
Um exemplo frequentemente citado é a sua resposta à interferência russa nas eleições de 2016, que foi uma fonte de controvérsia. 

Apesar das conclusões dos serviços de inteligência dos EUA, Trump expressou publicamente dúvidas sobre o papel da Rússia, o que foi visto por muitos como um enfraquecimento da resposta dos EUA.

Outros momentos notáveis incluem a sua posição em relação à anexação da Crimeia pela Rússia e o envenenamento de Sergei e Yulia Skripal no Reino Unido. 
Nesses casos, a sua retórica foi muitas vezes vista como menos incisiva do que a de outros líderes mundiais, e as sanções impostas à Rússia foram, em grande medida, uma continuação de políticas já existentes, em vez de novas e drásticas ações.
O padrão de "retórica versus ação" em relação à Rússia e a Putin é um tema complexo.

Trump defendeu as suas políticas, afirmando que a sua abordagem visava melhorar as relações entre os dois países. 

No entanto, os seus críticos argumentam que as suas palavras muitas vezes não se traduziram em ações fortes, e em alguns casos, as suas declarações públicas pareciam minar a política externa dos EUA.

sábado, 30 de agosto de 2025

O veneno - teorizado - do populismo




O Paradoxo da Riqueza e a Invenção de Culpados.

Ah, que tempos dourados aqueles do pós-guerra! 

Os "Trinta Gloriosos", onde a riqueza parecia brotar das árvores ao ritmo das fábricas a cuspir televisões, carros e frigoríficos.

Um verdadeiro paraíso materialista que, por mera coincidência, floresceu a par com a democracia, uma invenção aparentemente útil para garantir que todos pudessem sonhar em ter a sua máquina de lavar.

Depois, veio o inevitável. 

Quando a casa de cada um já estava atulhada de bens, a economia, em vez de continuar a subir como um foguete, estagnou. 
E eis que, num golpe de génio, o mercado resolveu fazer uma pausa. 

Mas a culpa, claro, não podia ser do mercado, essa entidade perfeita e infalível. 
Não, a culpa era dos governos!

Apareceu então um visionário chamado M. Friedman, que, com uma perspicácia notável, apontou o dedo aos "governos despesistas". 

Um "génio" que quando perguntado onde a sua teoria tinha sido aplicada, responde: "Os únicos territórios onde se pratica, aproximadamente, a minha teoria são Macau e Hong-Kong".
"Esqueceu" dizer que se tratavam de offshore, que viviam também do jogo.

"Governos despesistas", esses irresponsáveis que ousaram criar um sistema de apoio social, com coisas tão supérfluas como educação, saúde e aposentação, para uma população que, egoisticamente, se habituou a ter esses benefícios. 

Como é que os governos esperavam manter os serviços sem que as receitas fiscais subissem ao mesmo ritmo? 
Que audácia!

Com a "crise" instalada, e a necessidade de culpar alguém, os movimentos populistas surgiram em grande estilo. 

Promessas vazias, como sempre, mas com um repertório de bodes expiatórios que se foi atualizando: a culpa era da corrupção, depois da imigração, e até dos incêndios no verão. 

Tudo movimentos liderados por gente tão pura e altruísta, que nem um único interesse oculto se lhes vislumbra.

E por falar em teorias, a de Friedman é tão bem-sucedida que não existe um único exemplo prático que a sustente. 

Mesmo assim, a fé cega nela persiste. A "solução" para os problemas que essas teorias criaram foi, curiosamente, mais ditadura. 

Um regime que, ao contrário da democracia, que se permite falhar e corrigir, prefere simplesmente anular o debate e a dissidência.
 
Afinal, por que é que a democracia se permite ter falhas? 
É tão mais simples quando um ditador resolve tudo por si só, não é?










terça-feira, 26 de agosto de 2025

Fogo e Drones !

Após mais de 3 anos ouvindo diariamente falar de drones, acho incrível - embora entenda - como ninguém fale de drones para vigiar, detectar, monitorar e atacar fogos.

Particularmente se equipados com sensores infra vermelhos para detecção noturna de fogos e de movimentações potencialmente criminosas. 

Os drones vigiam e combatem o fogo usando diversas tecnologias, desde o monitoramento com câmeras térmicas de alta resolução, até ao lançamento de agentes extintores em áreas de difícil acesso. 

Além de detectar e monitorar o fogo em tempo real, os drones podem fornecer apoio logístico, iluminação e comunicação, assim como podem ser usados para apagar focos de incêndio através de bombas e mangueiras. 

Funções dos drones no combate a incêndios

     
Detecção e monitoramento

Equipados com câmeras de alta resolução e sensores térmicos, os drones podem detectar incêndios em fases iniciais, mesmo em áreas remotas ou de alto risco. 

Permitem monitorar a evolução do fogo, a direção e a intensidade da propagação, auxiliando na tomada de decisões e na implantação de recursos em tempo real.

Apoio aéreo e supressão do fogo 

Alguns drones são equipados com sistemas para transportar e lançar cargas extintoras, como bombas de água e agentes químicos. 

Podem alcançar e apagar o fogo em áreas de difícil acesso para as equipas de combate tradicionais, como prédios altos ou terrenos íngremes. 


     Logística e comunicação

Os drones podem ser usados como pontos de apoio para equipamentos de iluminação, comunicação, ou para transportar carga leve.

           Tomada de decisão 

Fornecem informações vitais, como o alcance do incêndio e a identificação de áreas de risco, permitindo que os comandantes de incidentes determinem onde devem alocar os recursos. 


   Vantagens do uso de drones

Segurança : 
Minimizam os riscos para os bombeiros em operações perigosas. 

Eficiência 
Aumentam a eficiência das operações de combate, permitindo respostas mais rápidas e eficazes.

Acesso a áreas remotas  
Permitem sobrevoar e analisar áreas de difícil acesso, como copas de árvores ou regiões com vegetação densa. 

Inovação e futuro 
A tecnologia de drones no combate a incêndios continua a evoluir.
A inteligência artificial e a integração de sensores avançados aumentarão a capacidade de análise e tomada de decisão em tempo real.


Descaramento...!

Desde que a internet nasceu a banca terá sido o principal beneficiário das facilidades que esta trouxe. Desde tranferências de ...