A China irá, em breve, ser ultrapassada pela Índia no total dos seus cidadãos. Não porque a Índia tenha feito alguma coisa nesse sentido. Apenas a China entrou em patamar demográfico o que, se compararmos ao sucedido a Ocidente, é sintoma de um futuro próximo com decrescente populacional acentuado, pela redução da taxa natalidade versus aumento da esperança de vida, sem imigração expectável.
Apesar do governo chinês ter abolido a sua regra "um só filho por casal" que vigorou entre 1980 e 2015, e actualmente, desde 2021, permitir 3 filhos por casal, nos últimos cinco anos a população chinesa continuou a diminuir.
A China começou a sentir o "preço" de educar - e não apenas criar - filhos, as mães terem acesso ao controlo da natalidade e a esperança de vida aumentar. E o que acontece agora à China, acontecerá com a Índia na justa medida que as famílias indianas assumam a necessidade de educar filhos, ter maior acesso a medicamentos e tratamento hospitalar.
Ou seja, sofrerão o mesmo "mal" social do Ocidente capitalista, que retoricamente detestam, mas que se torna inevitável à medida que aos povos seja possibilitada a escolha entre educação ou ignorância, saúde ou doença, vida ou morte.
O mundo terá, segundo a ONU, cerca de 2100 um máximo de 11.000 milhões de humanos e a partir de então, entrará em patamar e depois decrescerá.
Ficará assim atenuada, a prazo, a poluição no planeta. Menos humanos, menor poluição, maior disponibilidade de recursos naturais.
O mundo terá razão para acreditar nas previsões da ONU: Baseiam-se nas certezas fornecidas por descobertas científicas e no tradicional comportamento humano.
Aposto que todos aqueles que agora vociferam contra as "alterações climáticas", poluição e delapidação de recursos naturais - mas que nunca emitiram um só som contra a sobrepopulação do planeta - caso por cá continuassem em 2150, gritariam: "Vencemos, vencemos"...
Como se qualquer cura passasse por debelar sintomas de doença. Mas é o que temos, insistentemente, ouvido...