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segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Portugal e Roménia

 Já referi o tema no post de 31 de Maio passado.

 As costumeiras aves canoras - certamente por falta de assunto - tentam escandalizar quem as escuta e manter as suas saborosas avenças, com a previsível "ultrapassagem" romena a Portugal.

 Sobre este tema, para além de referir que a Roménia não ter o euro como moeda, e 1 leu = 0,20 €, o que faz com que 1 milhão de euros na Roménia valha 5 milhões de leus com a respectiva dilatação do pib, com um salário mínimo de 458€, recorro a um artigo do insuspeito "Observador" sobre este tema:

 https://observador.pt/2021/02/05/portugal-esta-em-10-o-lugar-na-tabela-dos-salarios-minimos-da-ue-eurostat/

com mais de um ano de publicado.

 

terça-feira, 31 de maio de 2022

O salário mínimo.

O 25/04/74 trouxe ao país o salário mínimo (s.m.) obrigatório.

Será um valor tido como indispensável para sobrevivência digna de quem trabalha. 

De então até hoje, o s. m. transformou-se numa bitola para avaliar a maior ou menor qualidade de qualquer outro salário. 

(Excepto, claro, do salário máximo. Que não existe! Que sobe ao sabor da fantasia dos esquemas inventados por uma massa dirigente que o autodefine e justifica. Um país onde dirigentes empresariais apenas vêem o céu, como limite salarial. Os governantes, talvez pensando nos seus "amanhãs que cantam", "esquecem" moralizar hoje, o desplante dos que lhes vão trilhando caminho... ).

São conhecidos fortes movimentos reivindicativos em vários países da UE por melhoria dos respectivos salários mínimos. Por exemplo, em França, onde o s.m. é superior a 1.500€, trabalhadores conhecidos como "gilet jaunes" encontram-se em luta, há muitos meses e todos os fins-de-semana se manifestam fortemente.

Sabendo-se que os custos básicos são semelhantes em Lisboa e em Paris, o que motivará tão fortemente os "gilet jaunes"?

Um estudo comparativo sobre o preço dos bens não tão essenciais poderá ser a resposta: comprar ou alugar uma casa, o preço de um café, de uma cerveja, de uma refeição em restaurante, de um par de sapatos... Todos, em média, com preços superiores a 50% aos praticados em Portugal.

O problema que se depara aos salários mínimos mais elevados na Europa, não residirá tanto no custo dos produtos básicos (a nível de supermercado) mas, no custo dos produtos intermédios* lá, muito mais difíceis de alcançar do que cá, rasgando qualquer sonho de melhoria de qualidade de produtos consumidos a curto/médio prazo.


*https://www.expatistan.com/pt/custo-de-vida/pais/franca?currency=USD