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quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Lógicas de poder.

Sou, sempre fui, contra a hipocrisia direitista dos "job for the boys". Se alguém dá "tachos" aos seus rapazes e raparigas é o PSD. E de que modo... Lembro o BPN...

É da lógica partidária colocar no poder aqueles que democraticamente o conquistam e, estes, os seus correligionários. É assim que o sistema democrático funciona em qualquer parte do mundo!

Ninguém nomeia para trabalhar consigo, entender o seu objetivo político,  debater estratégias, aplicar e defender tácticas ou cumprir as suas ordens, adversários políticos ainda que "muito competentes", como a Oposição gosta de alcunhar os seus apaniguados.

Mas, uma coisa é colocar os nossos correligionários, que conhecemos há muito tempo, que construíram oposições conosco, cujas capacidades de trabalho, intervenção e interpretação reconhecemos. 

Outra, será colocar em lugares de destaque oportunistas - arrivistas, carreiristas ou amizades recentes em lugares que não merecem, que não lutaram por eles, com passados ​​desconhecidos e regra geral ocultos - em tempos alcunhados de independentes .

Pior ainda, será termos feito uma carreira "ao colo" de uma figura de proa, ganhar a sua confiança, herdar o lugar por ele conquistado e depois, ter o mau senso de conduzir ao poder -  sem conhecer minimamente o tipo de pessoa e ignorando o seu passado - alguém, apenas porque é amiga do respectivo conjuge...

Isto é de um desplante agressivo, contundente com a interpretação generalizada da Democracia no poder, um abastardamento individual do sistema, em claro proveito próprio.

Neste sistema Democrático, no Governo, apenas o primeiro-ministro tem a legitimidade do voto!

Ele tem de mostrar que manda e acabar com o sentimento de impunidade a quem, na sua sombra, não mostra espírito de disciplina, dedicação e humildade para servir a causa em que, através dele, a maioria dos cidadãos depositou o seu futuro.

António Costa deve dar um murro na mesa e mostrar quem manda, não tendo de contemporizar a sua autoridade com ambições alheias, por melhor que as entenda e lhe sejam próximas.