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sexta-feira, 8 de abril de 2022

Em defesa do gestores políticos.


Anteontem, pela primeira vez, ouvi Vítor Bento ser entrevistado por forma a permitir-lhe abranger em palavras simples, algum do seu pensamento económico e social.

Fiquei admirado por encontrar muito mais sintonia com as suas palavras do que a que esperava. 
E desconcertou-me completamente, quando faz um inesperado périplo sobre os apelidados independentes políticos. 
Ao contrário de Cavaco Silva, que reivindicou a sua amizade, Vítor Bento, afirmou serem os independentes e, citando de memória "...espectadores políticos, inclinando-se para o vencedor das eleições..."

Nunca alguém tinha sido tão directo, sintético e verdadeiro sobre indivíduos que pouco ou nada se empenhando na causa pública, dela muito esperam e têm recebido. Recebem a conveniente chancela de "independente" e são na realidade amigos, família ou simples conhecidos, daqueles que assumem poder pela simples designação do único governante directamente eleito: o Primeiro-Ministro.

Mas V. Bento, também reconheceu aos políticos puros, o direito de exercerem as funções governativas para as quais foram nomeados. Tal é legal - embora, quanto a mim, de constitucionalidade duvidosa - e é a forma actual mais próxima de o povo ver as suas aspirações, maioritariamente, representadas.

Gostei do que ouvi!