Anteontem, pela primeira vez, ouvi Vítor Bento ser entrevistado por forma a permitir-lhe abranger em palavras simples, algum do seu pensamento económico e social.
Fiquei admirado por encontrar muito mais sintonia com as suas palavras do que a que esperava.
E desconcertou-me completamente, quando faz um inesperado périplo sobre os apelidados independentes políticos.
Ao contrário de Cavaco Silva, que reivindicou a sua amizade, Vítor Bento, afirmou serem os independentes e, citando de memória "...espectadores políticos, inclinando-se para o vencedor das eleições..."
Nunca alguém tinha sido tão directo, sintético e verdadeiro sobre indivíduos que pouco ou nada se empenhando na causa pública, dela muito esperam e têm recebido. Recebem a conveniente chancela de "independente" e são na realidade amigos, família ou simples conhecidos, daqueles que assumem poder pela simples designação do único governante directamente eleito: o Primeiro-Ministro.
Mas V. Bento, também reconheceu aos políticos puros, o direito de exercerem as funções governativas para as quais foram nomeados. Tal é legal - embora, quanto a mim, de constitucionalidade duvidosa - e é a forma actual mais próxima de o povo ver as suas aspirações, maioritariamente, representadas.
Gostei do que ouvi!
Sem comentários:
Enviar um comentário