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sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Adeus Isabel e obrigado.

     

As filas kilométricas formadas pelos súbditos da coroa inglesa são, em minha opinião, uma triste exibição de subdesenvolvimento.

    De facto, que fez Isabel II em toda a sua vida além de oferecer chá e simpatia, suportados pelos impostos dos ingleses? Terá sido a responsável pelos 70 anos de Paz na Europa? Terá sido a sua avançada idade responsável pela invasão russa à Ucrânia?

    Há no DNA humano uma deificação do poder que deve ser estudada, atenuada e mesmo, combatida. Se Isabel tivesse nascido nos subúrbios londrinos e agora falecido, formar-se-iam longas filas para venerar o seu féretro? Do ponto de vista humano onde está a diferença?

    Isabel foi apenas mais uma mulher que, por acaso, nasceu em berço de ouro, que sempre foi servida por quem não teve sorte semelhante e nunca, mas nunca, tomou uma decisão vital para o bem-estar dos britânicos.

    Só o histerismo mediático e a dimensão turística da monarquia britânica podem explicar o comportamento ímpar de um povo que gostamos de considerar evoluído, educado e do primeiro mundo.

    Espero que este triste exemplo não se repercuta para situações semelhantes, nos países vizinhos.

    Entendamos que as monarquias europeias actuais são adaptações darwinianas aos sistemas pré-democráticos que sentimentos de igualdade, liberdade e fraternidade lhes impuseram há 233 anos e sem os quais todos seríamos, hoje ainda, servos da gleba.