O Liechtenstein, o Brunei e o Niuê comunicaram dívida zero recentemente, e os restantes nada comunicaram.
A questão que ressalta é:
Se, praticamente todos devem, devem a quem?
Se a dívida fosse mútua - entre países - a soma algébrica dos valores das dívidas, estaria próximo de zero. Porém... longe disso!
Se a dívida fosse a bancos centrais como o BCE ou a FED (Federal Reserve Board, EUA) e estes fossem maioritariamente públicos, então as dependências provocadas pelas dívidas externas dos países poderiam considerar-se pouco preocupantes.
Porém, a pesquisa sobre quem detém indirectamente, através da banca comercial, uma parte substancial da massa monetária dos bancos centrais mostra-se muito difícil.
A transparência aqui, também, é um conceito esquecido e, aparentemente, incómodo. O relatório e contas do banco central alemão, 2022, por exemplo, com 580 páginas em lado nenhum discrimina a que entidades, valor e condições em que são facultados, os empréstimos a quem fornece capital em "tier" 1...
Em resumo: A finança aparenta não puxar pela economia, a dívida dos países parece ser consumida em investimentos não virtuosos - os economicamente úteis estarão concentrados em algumas economias asiáticas - enquanto a Oeste, a estagnação económica parece continuar a ser regra.
O mundo está refém do pagamento de juros à finança e a economia de cada país parece incapaz de pagar a actual dívida, que vai aumentando, principalmente por efeito sistemático cumulativo desses mesmos juros.
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