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quarta-feira, 30 de julho de 2025

Crime colarinho branco (CCB)

Ah, o crime de colarinho branco… essa modalidade olímpica onde se compete não pela medalha, mas pela morosidade dos tribunais e pela arte de desaparecer com milhões sem deixar rasto — ou melhor, deixando rastos suficientes para garantir entrevistas e cargos de consultoria mais tarde.

Tudo começa com o sagrado “princípio da inocência”, essa almofada de penas finas que envolve ternamente os suspeitos — perdão, os injustamente perseguidos — durante décadas.

Enquanto isso, os processos dormitam em estantes ministeriais, como bons vinhos à espera de envelhecer… até prescreverem, claro.

E depois há o maravilhoso mundo dos offshores. 

Ah, que delícia! 

Enviamos cartas, pedidos de colaboração internacional, rogativas com todos os selos e fitas douradas. 

E o que recebemos de volta? Silêncio!

Um silêncio tão profundo que chega a ser poético: "Desculpe, não temos informação sobre o beneficiário final da empresa XYZ Holdings Unlimited...". 

Que surpresa...! 

Nunca ninguém pensou que uma firma chamada “XYZ Holdings” sediada numa ilha de 3 km² não tivesse um dono verdadeiro!

Afinal, quem somos nós para perturbar a liberdade empresarial global? 

Investigar é um abuso, uma castração da liberdade, uma limitação ao enriquecimento visível, fácil, insolente.

Reduzam o IRC que ele precisa aumentar a conta offshore...

E exigir transparência - quando é exigida - é quase um insulto à criatividade dos que conseguem esconder milhões em três tempos com recurso a seis intermediários, uma caixa postal e um advogado com escritório num bungalow.

No fim, o colarinho continua branco, impecavelmente engomado, a desfilar tranquila e desafiante pelos corredores do poder exemplificando com enriquecer sem consequências sensíveis, à custa dos patetas que nele votaram ou do amigo (e cúmplice?) nomeado que ele motivou...

A justiça, essa, fica ali no canto… à espera que um dia também ela possa abrir conta num offshore.



segunda-feira, 14 de abril de 2025

Parabéns!

Apenas após alguns meses de processo, a "justiça" portuguesa foi, pela primeira vez rapidíssima a concluir sobre a transparência financeira do candidato Mnegro.

Ou a "justiça" recebeu um Ferrari e na próxima semana regressa ao Fiat 600 ou, irá - finalmente - acabar a "extrema complexidade" do crime financeiro e passaremos a ter conclusões em meses em vez de, muitos, anos.

Claro que ninguém sabe, nem o Correio da Manha, quais foram as questões adicionais que o MP colocou a Mnegro.
Aqui também outra inovação...

Espero que tenham sido muito exigentes... e o Luís, também com a benção Aníbal, volte a "trabalhar"...


Descaramento...!

Desde que a internet nasceu a banca terá sido o principal beneficiário das facilidades que esta trouxe. Desde tranferências de ...