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segunda-feira, 20 de junho de 2022

Pela separação absoluta de pessoal: Ou hospital público ou hospital privado!

 É hoje suficientemente claro que o sistema privado cresceu e implementou-se subtraindo meios humanos a quem os tinha formado e treinado.

Baseou o seu crescimento na melhor retribuição a funcionários públicos hospitalares de onde eram, e são, originários os profissionais que aí trabalham. 

Não se desenvolveu pelas suas superiores infra-estruturas, organização ou formação de meios humanos. Apenas pela regular subtracção, possibilitando duplo emprego a estes e, claro, provocando falta de pessoal no sector público hospitalar.

Mas pior: Basta ouvir um qualquer médico para, imediatamente, nos apercebermos que, em caso de doença própria e grave, o primeiro recurso a procurar pelo familiar é um hospital público. Porquê? Porque qualquer hospital privado tem apenas resposta para sectores lucrativos. 

Todos sabemos que o investimento em equipamentos de recurso, dispendiosos para avaliar e/ou atenuar doenças súbitas menos comuns não se encontram nos hospitais privados.

Sabemos que vivemos numa sociedade aberta ao capital global privado. É bem-vindo, desde que não prejudique o esforço público estabelecido durante décadas. O capital privado não pode sabotá-lo, como forma fácil da sua afirmação.

Quem trabalha para o estado português não pode trabalhar para quem, na prática, o prejudica.

Pessoal de operação hospitalar tem de decidir: 

Ou exclusivamente público ou exclusivamente privado! 

Os impostos portugueses que financiaram a formação de pessoal hospitalar não foram pensados para financiar os objectivos - certamente lucrativos - do sistema privado.

Não pode haver qualquer tipo de acumulação de actividade profissional pública com privada e vice-versa. Há que optar!