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domingo, 26 de março de 2023

Os impostos portugueses pagam estudos superiores à Alemanha!

Mais um pensamento, inspirado no ministro da saúde, me ocorreu:

Quem leu o meu post de 5 de Dezembro passado, certamente recordará que o sr. ministro Pizarro considera "não resolver qualquer problema" os estudantes de medicina que decidam ir exercer a sua actividade no estrangeiro após a graduação, serem obrigados a pagar a diferença entre o que individualmente já pagaram em propinas e o custo per capita, do valor total do respectico curso.

Ou seja, um médico recém licenciado pelo esforço em impostos dos portugueses, fica imediatamente livre para ir exercer actividade na Alemanha ou em qualquer outro estado o qual, não dispendeu nem dispenderá, um só cêntimo na formação desse técnico...

Mais grave ainda, o mesmo se passará com qualquer outro curso superior obtido em Portugal! Mas o silêncio do ministro da educação também parece admitir semelhante falta de preocupação com o assunto.

Ou seja, assistimos por um lado a greves para aumentos salariais, às quais o Orçamento não contempla mas, por outro, a um completo laxismo sobre formas óbvias de poupar dinheiro e até, de uma certa atitude sobranceira de novo riquismo sobre o tema.

Quantas mais situações de "não resolver qualquer problema", haverá por aí? 

A que será devido o silêncio sindical e mediático conducente a de um debate público, sobre o assunto?

Se pensarmos que o valor médio de um curso de medicina rondará 400.000€*, porque só se fará barulho com o caso da Tap? 


https://www.publico.pt/2015/08/12/opiniao/opiniao/o-custo-de-formar-um-medico-1704673





segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Manuel Pizzarro.

 Depois de Adalberto Campos Fernandes e Marta Temido, António Costa apresenta Manuel Pizarro como Ministro da Saúde.

 Digo apresenta, porque sendo M. Pizarro um homem do Porto, poucos ou nenhuns em Lisboa conheceriam as suas ideias para governar a saúde. Pizarro deixou-me, e creio que aos media também, uma boa primeira impressão.

 Médico interno, candidato à Câmara Municipal do Porto, parece ser curriculum vitae suficiente  para exercer o cargo para o qual foi nomeado.

     (Quero aqui deixar claro que, para um Órgão de Soberania Democrática, o Governo deveria, também, ser alvo de sufrágio eleitoral direto e universal. Se vos parece difícil, contactem-me e poderei vos apresentar a minha alternativa... ).

 Hoje, porém, assista a uma entrevista de M. Pizarro na qual ele refere "não resolve problema nenhum, obrigar os médicos a prestar um período de trabalho obrigatório ao Serviço Nacional de Saúde..."

 Ora bem, M. Pizarro: Sabes certamente que a formação de 1 (um) médico custa, aos impostos dos portugueses, entre 300 e 500.000 €, conforme seja licenciatura ou especialidade. Se te é indiferente que, logo após a conclusão de qualquer dos graus académicos, os titulares vão trabalhar para a privada ou para o estrangeiro SERÁ UM ENTENDIMENTO APENAS TEU, pois nunca o tema foi referendado pelos portugueses, que são quem, efectivamente, paga.

  Um dos indicadores de distanciamento dos governantes aos governados é a indiferença para com quem lhes confia dinheiro para administrar. E, se a ti é indiferente que quem utiliza os impostos para conseguir títulos e empregos nada deva a quem os pagou, nem sequer um contributo para o seu bem estar, salvo melhor opinião, a mim parece-me estarmos perante um caso de usura, ou aproveitamento, ou crime embora, coberto pela administração.

 Não tens o direito, moral já se vê, de decidir oferecer títulos académicos que eu e mais dez milhões suportámos financeiramente, na concreta expectativa de os titulados retribuírem o esforço despendido. 

 As tuas palavras são-me particularmente dolorosas, tanto mais eu sei que há mais de vinte anos o ministério a que agora preside, limitando a acção de todos os ministérios restantes , rompe sistematicamente o tecto orçamental que inicialmente lhe foi atribuído.

 Desconhecendo as motivações da tua opinião sobre o assunto, peço-te que a revejas rapidamente. Eu, e certamente 99% dos contribuintes agradecemos, por acreditarmos que o SNS precisa dos médicos cuja formação pagou e que o valor dessas formações para servir particulares e estrangeiros, certamente ajudarão a resolver problemas a outros ministérios.




 





segunda-feira, 16 de maio de 2022

Portugueses pagam formação de técnicos a países ricos.

Este é apenas mais um indicador de indiferença, dos governos em que nós regularmente votamos, para com os impostos que pagamos.

De há muito, sabemos que a Força Aérea Portuguesa foi o caminho gratuito - e até remunerado - para preparar pilotos de combate que, uns anos depois de o estado ter gasto centenas de milhar de euros nas suas formações, desvinculavam-se graciosamente e, vão ingressar nos quadros de pilotagem da Tap.

Sabemos que, diariamente, abandonam o país técnicos - que seriam de grande utilidade em Portugal -  pagos pelos impostos dos portugueses, para auferirem de melhores vencimentos em países mais ricos. 

A questão é: Se esses técnicos pretendem emigrar, têm de compensar o elevado custo que os impostos dos portugueses pagaram pela sua formação, da qual não vão usufruir.

Não fará qualquer sentido cidadãos de países pobres, pagarem a formação de técnicos que irão exercer a profissão em países ricos não gastando estes, qualquer verba nessa formação. 

Se pretendem partir, paguem cá POR COMPLETO o diferencial dos custos entre impostos pagos pelos cidadãos e as propinas pagas pelos potenciais emigrantes. Se não possuem verba para tal, solicitem-na ao país de destino ou à banca.

Serem cúmplices a depauperar o limitado orçamento português é que não!

Aguardo, como pagante de violentos impostos em Portugal, uma legislação que moralize este óbvio escândalo.