Repetem o que ouvem a seus pais, avós e, sobretudo, aos media.
De facto, os media não sabem - porque não investigam por não lhes dar rendimento - como é a vida no interior de um partido, as lógicas internas ou o "caminho das pedras" que percorrem durante os períodos de Oposição.
As dificuldades financeiras, os vencimentos baixos dos funcionários, as reuniões e deslocações regulares - com despesas pagas do bolso dos militantes, não pelo partido - os fins-de-semana, serões e boa parte das férias sem a família e com pouco dinheiro...
Aos media será mais fácil, rápido e rentável, corromper quem detém informação privilegiada para conseguir paragonas sobre... a corrupção dos outros.
E nunca são incomodados, porque não se questionam ou ostracizam a si próprios, os políticos temem a imagem que os media montam sobre si e, a entidade reguladora - composta por gente com afinidades mediáticas - prima por uma ineficácia confrangedora.
O relativo poder da maioria de militantes, em Democracia, é compensação temporária por anos de entrega, sacrifício mesmo, em nome de princípios em que muitos, até acreditam.
Outros há, por serem toupeiras de sistemas ou amigos de dirigentes afirmando-se como independentes, pretendem - defendendo ocultos interesses exteriores - de um só golpe, num só momento, beneficiar tanto ou mais do que quem ao longo de muitos anos se dedicou à causa.
Aparecem mesmo como ministros, sem serem eleitos, sem que alguém pergunte por que critério ou simplesmente, porquê foram estes os nomeados pelo PM?
Que Democracia é esta onde qualquer desconhecido da política pode ser, instantaneamente, ministro?
Sem ser eleito, sem ter contributo público reconhecido, sem nunca ter sido visto ou ser votado num partido?
E de nada os acusa a consciência... nem aos media!
A visão da vida parece reduzir-se apenas à fornecida pela janela mediática...
As pessoas já não pensam, apenas olham...
Receio pelo futuro...