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segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Mudam os tempos, mas o amor à liberdade mantém-se!


Após 1945 seguiram-se, no Ocidente alargado, "30 anos de ouro".
Graças ao "Plano Marshall", as completamente destruídas economias do Japão e Alemanha, conquistariam, 20 anos pós 1945, o 3° e 2° lugares no ranking mundial.
Nunca na História um país vencedor, terá apoiado a este nível economias vencidas, mantendo-lhes a independência política.

Nos "30 anos de ouro" no Ocidente alargado proliferaram as democracias.

Com elas, todo o tipo de eletrodomésticos, automóveis e aviões nascem e aperfeiçoam-se.
Os EUA colocam o 1° homem na Lua, a 400.000km.
Nascem serviços de saúde e educação quase gratuitos, pensão de aposentação, compra de andares em propriedade horizontal, fins de semana com dois dias, em vez de um como até então, férias de 30 dias, pagas...

A vida melhorava diariamente e o futuro seria risonho.

Cerca de 1975 porém, os estados democráticos sofrem sofrem dois choques petrolíferos e começam a sentir dificuldade em manter e/ou aumentar o "status quo" social conseguido até aí.
Neste ano é eleita no UK Margaret Thatcher e, 6 anos depois, Ronald Regan nos EUA.

Qualquer deles adopta a política económica liberal advogada pela chamada "escola de Chicago", onde pontifica o Nobel de 1976 Milton Friedman*.

Este, defende a privatização quase total das funções dos estados, nem tanto para os libertar dos encargos assumidos mas, por os considerar altamente nocivos nos preços dos serviços que prestam.

Já na altura, em entrevista, M.Friedman refere que apenas as economias de Macau e H.Kong se aproximavam do seu ideal (nunca mencionando que estas economias dependiam quase completamente do jogo e já então eram, como hoje, paraísos fiscais).

Porém, com base nestas lógicas, Thatcher e Regan desenvolvem um processo de desmembramento económico dos seus estados. 

Por esta altura, os primeiros computadores aparecem no mercado e, cerca de dez anos depois, a robotização da indústria inicia uma acumulação de capital, ímpar na História, onde um mínimo de indivíduos consegue um valor em bens igual ao do resto da humanidade.

Pior: O humano desenvolveu recentemente um processamento de informação tão rápido e eficaz, a Inteligência Artificial, que resolve em horas, o que um grupo de humanos especializado levaria anos a conseguir.


Pensamento, tanto quanto possível, independente: 

A continuidade da espetacularidade das conquistas dos sistemas democráticos entre 45 e 75 entrou em patamar económico.

As democracias mantêm sobretudo o património da máxima liberdade social possível, estudando as melhores soluções para saídas sociais úteis, face aos atuais constrangimentos de base digital, altamente favoráveis à acumulação de gigantescas fortunas e aumento do desemprego.


Faça duplo click abaixo:

*https://jacobin.com.br/2023/09/economistas-neoliberais-como-milton-friedman-aplaudiram-a-ditadura-de-augusto-pinochet/






domingo, 8 de maio de 2022

Os 30 anos de ouro.

  

É assim que são conhecidos na história da economia os 30 anos pós II Guerra Mundial.

Entre 1945 e 1975 as economias da Europa e dos EUA conhecerem desenvolvimentos únicos em toda a sua História. Mas não só! Foram também anos especialmente marcantes para o Japão que, conjuntamente com a Alemanha, assumiram lugares cimeiros passando de potências física e psicologicamente arrasadas, a terceira e segunda posição na economia global.

Este período dourado vincou, na mente de quem o viveu, a imagem de um mundo melhor que crescia a olhos vistos. A pujança do crescimento era tal, que parecia não ter fim. Sociedades saídas de duas guerras mundiais, uma pandemia, uma banca rôta e ideologias políticas nascentes, encontravam agora na segunda metade do século XX, uma prosperidade nunca antes vista na História da humanidade.

E foram também 30 anos de Paz, tão valiosa quanto rara. 

As gerações nascidas após 1975 - note-se, depois de 1974 - começam a sentir as primeiras dificuldades em continuar a sentir ritmo do desenvolvimento, semelhante até ao então conseguido. 

E, como sempre, em política surgem oportunistas, analistas cirúrgicos do que foi mal feito porém, convenientemente alheios ao muito conseguido, geralmente, profetizando mudanças "para melhor" sem explicarem como, quantificaram valores e sacrifícios ou apontarem para quando... 

Na circunstância, destacou-se um economista que - espantosamente - seria em 1976, laureado com o prémio Nobel. Milton Friedman assegurou que o mal do crescimento das economias se encontrava nas despesas sociais dos estados. 

Despesa dos mesmos estados que tinham transformado um passado limitado, com guerras, recessão e ignorância massiva, num presente repleto de expectativas e futuros risonhos, hoje ainda usufruídos.

Quando numa entrevista, questionam Friedman sobre quais as regiões com modelos de governação semelhantes aos que advogava como não despesistas, o economista não tem qualquer pejo em apontar Macau e Hong Kong, à época colónias europeias, com regulamentação estatal mínima, sem qualquer despesa social - educação, saúde, habitação, aposentação, defesa - vivendo como economias offshore e colhendo receitas significativas do jogo. 

(Para dar uma ideia da dimensão destas receitas em Macau, cerca de 32,43mM€. Em Hong Kong, cerca de 34mM€, 2019).

Apesar do ataque frontal ao que, historicamente, de melhor tinha sido conseguido pelas economias europeia e americana e sem apontar qualquer solução alternativa credível Friedman, desde então, é tido como guru económico para a extrema-direita e de todos os que vêem no desenvolvimento da humanidade, um incómodo às suas ambições feudalistas empresariais.


A John Maynard Keynes* e George Marshall**, respectivamente estratega e executante do Plano Marshall, o meu reconhecimento pelos 30 anos de ouro!

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https://www.google.pt/search?q=john+maynard+keynes&authuser=1&sxsrf=ALiCzsZJAjS4cA4LcAkAH2vdSPRJ0gL9qQ%3A1651785836033&source=hp&ei=a0B0Yqq2PIv0a7TenrgE&iflsig=AJiK0e8AAAAAYnROfPMLs0svk62fwP_ALOewhY8c4y36&gs_ssp=eJzj4tDP1TewTM_LM2D0Es7Kz8hTyE2szEssSlHITq3MSy0GAJo_CoI&oq=john+may&gs_lcp=Cgdnd3Mtd2l6EAEYATIFCC4QgAQyBQguEIAEMgUIABCABDIFCAAQgAQyBQguEIAEMgUILhCABDIFCAAQgAQyBQgAEIAEMgUIABCABDIFCAAQgAQ6BwgjEOoCECc6CwguEIAEEMcBEKMCOggILhCABBDUAjoFCC4QywE6BwguEIAEEApQkQxY2SVg9UpoAXAAeACAAb8BiAHpBpIBAzUuM5gBAKABAbABCQ&sclient=gws-wiz


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https://www.google.com/search?gs_ssp=eJzj4tDP1TewNCnKMGD04k9PzS9KT1XITSwqzkjMyQEAbtQIzA&q=george+marshall&rlz=1C1JZAP_pt-PTPT730PT742&oq=george+mars&aqs=chrome.1.69i57j46i512j0i512l2j46i512j0i512l3j46i512.15586j0j4&sourceid=chrome&ie=UTF-8