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segunda-feira, 27 de março de 2023

Bancos, juros e... inadimplência.

Hoje aprendi mais uma palavra do léxico bancário. Inadimplência. Que eu conhecia como calote aos bancos...

O aumento dos juros parece provocar alguns inconvenientes aos bancos com os quais, regularmente, lidamos: 

1 - Aumento dos custos de captação, por terem de pagar mais a quem lhes coloca dinheiro: clientes e mercado financeiro. 

2 - Aumento do risco de inadimplência, os clientes podem não conseguir pagar. 

3 - Menor procura de empréstimos, por os juros serem mais caros. 

4 - Aumento de concorrência na procura de clientes. 

5 - Aumento de investimento em títulos de renda fixa, que se manterão, apesar do aumento dos juros.

Tudo isto nos bancos com os quais normalmente lidamos

Porém, os bancos de investimento, apenas ganham com a subida dos juros por não terem balcões, não lidarem com o público. 

O seu negócio é, principalmente, a dívida dos estados. E estes, sempre pagam. À custa de sacrifícios da população mas, pagam.

Será interessante verificar que todos os estados do mundo têm dívida pública, seja interna e/ou ao FMI (Fundo Monetário Internacional) e/ou ao Banco Mundial (BM) e/ou a bancos e instituições financeiras privadas.

Pensando melhor: As instituições financeiras, apenas com as dívidas dos estados - normalmente de várias dezenas ou milhares de milhão de euros - enriquecem fortemente, quando o mercado internacional de juros sobe, sem correrem os riscos dos bancos com quem normalmente lidamos, pelas razões acima descritas.

Não será por acaso que os presidentes do Banco Central Europeu (BCE) e do Federal Reserve System (FED), estão sempre a ver tensões inflacionárias algures para, claro, subirem juros em bloco e, teoricamente, reduzir a inflação. A prazo, claro.

Adivinhem quem tem o controlo da política dos estados by the balls...