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sábado, 21 de junho de 2025

O ImediaTISMO, como inimigo da reflexão...!


Desde há muitos anos, somos constantemente invadidos por uma pressão incessante proveniente dos media, que nos apresenta o acontecimento do dia de forma imediata, chocante, atraente e, muitas vezes, sensacionalista. 

Essa narrativa diária busca captar nossa atenção de maneira rápida e universal, tornando-se quase uma obrigação de acompanhar o que os media consideram o tema mais relevante do momento.

A cada dia, um novo título bombástico surge, justificando a compra do jornal, a visualização de um vídeo ou o clique em uma notícia. 

Essa estratégia publicitária, muitas vezes bem orquestrada, consegue apagar quase por completo a nossa atenção para análises mais profundas, reflexões críticas ou discussões que possam enriquecer nossa compreensão do que realmente está acontecendo. 

Ao invés, somos levados a consumir uma enxurrada de informações superficiais, que se apagam tão rapidamente quanto surgem, deixando para trás uma sensação de urgência e de novidade constante.

Esse ciclo de notícias torna-se um verdadeiro carrossel mediático, monopolizando as conversas em família, entre colegas e amigos, os quais também estão, simultaneamente, sendo bombardeados pelo mesmo tema. 

Deste modo, a discussão coletiva reduz-se a uma repetição de manchetes, sem espaço para reflexão ou análise aprofundada.

Diante desse cenário, torna-se cada vez mais raro encontrar momentos de análise crítica, de pensamento detalhado e de reflexão profunda. 

A discussão que vai além do sensacionalismo, que busca enquadrar os acontecimentos em um contexto histórico e social mais amplo, é cada vez mais escassa. 

Essa reflexão, livre de interesses comerciais ou publicitários, é fundamental para que possamos compreender verdadeiramente os fenómenos verdadeiramente importantes que nos cercam, em vez de sermos apenas consumidores passivos de notícias efémeras e superficiais sem consciência profunda do presente e incapazes de projectar qualquer futuro.

Torna-se assim rara a análise, o pensamento detalhado, profundo, a discussão enquadradora, liberta de interesses publicitários e moldada apenas pelo pensamento reflexivo e enquadramento histórico.

Sem dúvida, o verdadeiro conhecimento só pode ser obtido num bom livro!





sexta-feira, 11 de novembro de 2022

Publicidade gratuita para venda do livro de Carlos Costa.

Recordo quando o Marçalo Grilo publicou um livro, apareceu nos jornais uma frase digna do autor. Afirmava Grilo que, enquanto ministro da educação, sempre que ia ao Parlamento defender o Orçamento de Estado, se sentia a "dar pérolas a porcos".

Como, certamente, bom cristão que é, o autor não ignoraria que no Novo Testamento, Livro de Mateus, capítulo 7, versículo 6, consta: " Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, para que não suceda que eles as pisem com os pés e que, voltando-se contra vós, vos dilacerem."

Estaria então Grilo a chamar porcos aos deputados? A insultá-los gratuitamente? A ser eloquente relativamente à sua pessoa?

No meu entender, não. Grilo estaria a promover a sua escrita. Possivelmente porque a venda do seu ensaio sem polémica, seria insignificante.

Agora é a vez, do não menos religioso, Carlos Costa. Homem intimamente ligado à universidade católica, director-geral do BCP com responsabilidades nas sociedades offshore, criadas pelo banco para comprar acções próprias deste.

Agora, vem esta exemplar personagem criticar António Costa por "dar uma palavra" em favor de Isabel dos Santos a qual, longe de ser "flor que se cheire", apoiou várias empresas portuguesas na sequência da crise financeira de 2008. Porquê? Para vender um livro que, sem esta "pimenta" como publicidade gratuita, passaria despercebido nas livrarias.

Engraçado será reparar, com centenas de livros que entretanto se publicaram, apenas se apoiam em polémica de dimensão, os assinados por "figuras de bem", religiosas, que não hesitam na provocação rasteira com toque de má língua, para melhorarem os seus "parcos" rendimentos.

Típico deste seres...

Descaramento...!

Desde que a internet nasceu a banca terá sido o principal beneficiário das facilidades que esta trouxe. Desde tranferências de ...