A cada dia, um novo título bombástico surge, justificando a compra do jornal, a visualização de um vídeo ou o clique em uma notícia.
Essa estratégia publicitária, muitas vezes bem orquestrada, consegue apagar quase por completo a nossa atenção para análises mais profundas, reflexões críticas ou discussões que possam enriquecer nossa compreensão do que realmente está acontecendo.
Ao invés, somos levados a consumir uma enxurrada de informações superficiais, que se apagam tão rapidamente quanto surgem, deixando para trás uma sensação de urgência e de novidade constante.
Esse ciclo de notícias torna-se um verdadeiro carrossel mediático, monopolizando as conversas em família, entre colegas e amigos, os quais também estão, simultaneamente, sendo bombardeados pelo mesmo tema.
Deste modo, a discussão coletiva reduz-se a uma repetição de manchetes, sem espaço para reflexão ou análise aprofundada.
Diante desse cenário, torna-se cada vez mais raro encontrar momentos de análise crítica, de pensamento detalhado e de reflexão profunda.
A discussão que vai além do sensacionalismo, que busca enquadrar os acontecimentos em um contexto histórico e social mais amplo, é cada vez mais escassa.
Essa reflexão, livre de interesses comerciais ou publicitários, é fundamental para que possamos compreender verdadeiramente os fenómenos verdadeiramente importantes que nos cercam, em vez de sermos apenas consumidores passivos de notícias efémeras e superficiais sem consciência profunda do presente e incapazes de projectar qualquer futuro.
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