Portugal vive uma crise silenciosa mas profunda: a da deseducação cívica. Os curricula continuam presos a modelos do século XX, alheios às exigências do mundo atual, onde a desinformação, a corrupção e o populismo avançam sobre o terreno fértil da ignorância política e ética.
É tempo de agir. Urge introduzir, com peso real (mínimo 5 horas semanais), disciplinas que preparem os jovens para serem cidadãos plenos.
Falo de Democracia e outros sistemas políticos contemporâneos, para que compreendam o valor e os riscos do regime que habitam.
Falo de Transparência, Ética e Solidariedade demonstradas em toda a legislação, para que saibam reconhecer e exigir integridade institucional. Falo de Interpretação única da lei, para que a justiça deixe de ser uma lotaria hermenêutica.
E de Promessas eleitorais acompanhadas de metas físicas e financeiras, para que a política se aproxime da responsabilidade contratual.
Estas não são utopias — são necessidades urgentes. Sem cidadãos educados, a democracia não é sustentável. Continuaremos a ser governados por slogans, dominados por interesses e conduzidos, sem saber, rumo a uma nova servidão.
Educar, agora, é resistir.
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