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terça-feira, 26 de abril de 2022

Prémios de gestão.


Entre as diatribes que os tempos - e legislação conveniente/omissa -  foram aceitando às administrações das empresas - além de irresponsabilidades sociais, fiscais, saúde empresarial - destaco os "prémios" milionários às gestões e, em alguns casos, valores bem menores a colaboradores da empresa.

Os "prémios" são cenouras financeiras - definidos, espantosamente, pelas gestões para si mesmas - que objectivam valores anuais de desempenho, igualmente por elas próprias definidos, regra geral fáceis de atingir, mas que, obviamente, garantirão aumento de dividendos aos accionistas (donos) da empresa.

A questão a colocar será: Se esses valores eram atingíveis, não seria DEVER da administração consegui-los, sem atribuir a si mesma remunerações extra?

Não será dever de qualquer trabalhador dar sempre o melhor contributo no desempenho das funções? Porque receberão então administrações e alguns trabalhadores por ela escolhidos, compensações laterais para cumprimento dessa obrigação? 

Qual é o papel regulador do estado sobre vencimentos e alcavalas de administrações de empresas, por exemplo, em comparação com o que faz ao salário mínimo?

Se há, e bem, controlo sobre o salário mínimo nacional, porque o mesmo não acontece sobre os salários máximos?

Porque não haverá indexação entre valores extremos salariais numa mesma empresa?