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quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Médicos...!


Devo muito à medicina! 
Sem os avanços desta, a minha vida desde os 6 anos de idade teria sido outra. Provavelmente em cadeira de rodas.
Digo isto, para o texto não ser tomado como escrito por alguém desconhecedor, indiferente ou contrário aos benefícios da investigação médica, no que a seguir afirmo:

As sociedades europeias evoluíram muito desde o fim da última grande guerra (1939-1945) nos sistemas de combate à doença ditos, de saúde.

A questão será: o que se entende por combate à doença?
Por exemplo, um parto normal será uma doença que necessita ser combatida? 

Desde os primórdios da humanidade que existem partos!

Milhares de gerações tiveram os seus bebés em casa, com apoio de uma "parteira", pessoa sem habilitações socialmente reconhecidas porém, com grande experiência nesses actos.

Claro que nascer num ambiente dedicado expressamente para o efeito, assegurará um maior número de nados-vivos.

Mas... a que custos para a sociedade? 
Qual o custo para termos dos melhores índices do mundo, neste sector?

O pessoal de enfermagem, que desde sempre realizou diversas operações relativas à pró-natalidade e natalidade porque está agora - com grau de licenciatura, tal como o de muitos médicos - administrativamente inibido de praticar o acto de parto simples, bem como o de qualquer pequena cirurgia?

É latente e constante o ambiente de tensão nos hospitais públicos, pelo poder que o loby dos médicos exclusivamente aufere de efectuar partos nos hospitais públicos - ao qual parece ser indiferente nos "hospitais" privados - provocando inquietude na população menos esclarecida, se uma parturiente num hospital público não tem, obrigatoriamente, um médico a assisti-la apesar de o parto não ser de risco.

É uma "guerra" de manutenção do poder dos médicos pela qual, se propagandeiam receios irreais com custos pesados, desnecessários e bem reais.











segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Manuel Pizzarro.

 Depois de Adalberto Campos Fernandes e Marta Temido, António Costa apresenta Manuel Pizarro como Ministro da Saúde.

 Digo apresenta, porque sendo M. Pizarro um homem do Porto, poucos ou nenhuns em Lisboa conheceriam as suas ideias para governar a saúde. Pizarro deixou-me, e creio que aos media também, uma boa primeira impressão.

 Médico interno, candidato à Câmara Municipal do Porto, parece ser curriculum vitae suficiente  para exercer o cargo para o qual foi nomeado.

     (Quero aqui deixar claro que, para um Órgão de Soberania Democrática, o Governo deveria, também, ser alvo de sufrágio eleitoral direto e universal. Se vos parece difícil, contactem-me e poderei vos apresentar a minha alternativa... ).

 Hoje, porém, assista a uma entrevista de M. Pizarro na qual ele refere "não resolve problema nenhum, obrigar os médicos a prestar um período de trabalho obrigatório ao Serviço Nacional de Saúde..."

 Ora bem, M. Pizarro: Sabes certamente que a formação de 1 (um) médico custa, aos impostos dos portugueses, entre 300 e 500.000 €, conforme seja licenciatura ou especialidade. Se te é indiferente que, logo após a conclusão de qualquer dos graus académicos, os titulares vão trabalhar para a privada ou para o estrangeiro SERÁ UM ENTENDIMENTO APENAS TEU, pois nunca o tema foi referendado pelos portugueses, que são quem, efectivamente, paga.

  Um dos indicadores de distanciamento dos governantes aos governados é a indiferença para com quem lhes confia dinheiro para administrar. E, se a ti é indiferente que quem utiliza os impostos para conseguir títulos e empregos nada deva a quem os pagou, nem sequer um contributo para o seu bem estar, salvo melhor opinião, a mim parece-me estarmos perante um caso de usura, ou aproveitamento, ou crime embora, coberto pela administração.

 Não tens o direito, moral já se vê, de decidir oferecer títulos académicos que eu e mais dez milhões suportámos financeiramente, na concreta expectativa de os titulados retribuírem o esforço despendido. 

 As tuas palavras são-me particularmente dolorosas, tanto mais eu sei que há mais de vinte anos o ministério a que agora preside, limitando a acção de todos os ministérios restantes , rompe sistematicamente o tecto orçamental que inicialmente lhe foi atribuído.

 Desconhecendo as motivações da tua opinião sobre o assunto, peço-te que a revejas rapidamente. Eu, e certamente 99% dos contribuintes agradecemos, por acreditarmos que o SNS precisa dos médicos cuja formação pagou e que o valor dessas formações para servir particulares e estrangeiros, certamente ajudarão a resolver problemas a outros ministérios.