Pesquisar neste blogue

Mostrar mensagens com a etiqueta estrangeiro. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta estrangeiro. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Manuel Pizzarro.

 Depois de Adalberto Campos Fernandes e Marta Temido, António Costa apresenta Manuel Pizarro como Ministro da Saúde.

 Digo apresenta, porque sendo M. Pizarro um homem do Porto, poucos ou nenhuns em Lisboa conheceriam as suas ideias para governar a saúde. Pizarro deixou-me, e creio que aos media também, uma boa primeira impressão.

 Médico interno, candidato à Câmara Municipal do Porto, parece ser curriculum vitae suficiente  para exercer o cargo para o qual foi nomeado.

     (Quero aqui deixar claro que, para um Órgão de Soberania Democrática, o Governo deveria, também, ser alvo de sufrágio eleitoral direto e universal. Se vos parece difícil, contactem-me e poderei vos apresentar a minha alternativa... ).

 Hoje, porém, assista a uma entrevista de M. Pizarro na qual ele refere "não resolve problema nenhum, obrigar os médicos a prestar um período de trabalho obrigatório ao Serviço Nacional de Saúde..."

 Ora bem, M. Pizarro: Sabes certamente que a formação de 1 (um) médico custa, aos impostos dos portugueses, entre 300 e 500.000 €, conforme seja licenciatura ou especialidade. Se te é indiferente que, logo após a conclusão de qualquer dos graus académicos, os titulares vão trabalhar para a privada ou para o estrangeiro SERÁ UM ENTENDIMENTO APENAS TEU, pois nunca o tema foi referendado pelos portugueses, que são quem, efectivamente, paga.

  Um dos indicadores de distanciamento dos governantes aos governados é a indiferença para com quem lhes confia dinheiro para administrar. E, se a ti é indiferente que quem utiliza os impostos para conseguir títulos e empregos nada deva a quem os pagou, nem sequer um contributo para o seu bem estar, salvo melhor opinião, a mim parece-me estarmos perante um caso de usura, ou aproveitamento, ou crime embora, coberto pela administração.

 Não tens o direito, moral já se vê, de decidir oferecer títulos académicos que eu e mais dez milhões suportámos financeiramente, na concreta expectativa de os titulados retribuírem o esforço despendido. 

 As tuas palavras são-me particularmente dolorosas, tanto mais eu sei que há mais de vinte anos o ministério a que agora preside, limitando a acção de todos os ministérios restantes , rompe sistematicamente o tecto orçamental que inicialmente lhe foi atribuído.

 Desconhecendo as motivações da tua opinião sobre o assunto, peço-te que a revejas rapidamente. Eu, e certamente 99% dos contribuintes agradecemos, por acreditarmos que o SNS precisa dos médicos cuja formação pagou e que o valor dessas formações para servir particulares e estrangeiros, certamente ajudarão a resolver problemas a outros ministérios.