terça-feira, 11 de fevereiro de 2025
Banksters...
sexta-feira, 17 de março de 2023
Follow the money...
Em todas, ou quase, as investigações criminais as polícias têm um antigo lema: Follow the money...
É tido como principal móbil do crime, o dinheiro. De facto bastará que atentemos nos casos de crime conhecidos e, confirmaremos que o vil metal é quase sempre o seu motivo.
Nas décadas que se seguiram à de 70 do século passado, a Banca ostentava lucros de centenas milhões e biliões, consoante a dimensão dos seus componentes. Da loucura à vertigem, considerando o aumento dos lucros desígnio imparável da Banca, provocaram um memorável crash financeiro.
Até 2020, em consequência das asneiras que tinham produzido, a inflação esteve historicamente baixa e, claro, os lucros da Banca também.
Mas qual o melhor dos mundos para estes senhores: Este, ou o das épocas gloriosas dos finais do último século?
Com a desculpa da guerra na Ucrânia e do fim da covid19, vá de catalisarem os seus amigos empreiteiros de construção civil a, por todo o mundo ocidental, provocarem um aumento generalizado do preço das casas sob a forma de venda ou arrendamento, arrastando o Ocidente para mais uma subida da inflação durante a qual, os lucros da banca voltam aos bons velhos tempos das centenas de milhões ou bilões, como observamos.
Basta ver quem ganha, estúpida e imerecidamente, com o crime...
Follow the money...
Qual será o castigo, para este crime aparentemente difuso, mas com óbvios mandantes?
domingo, 31 de julho de 2022
O BCE apoia a inflação na UE?
Já nos meus blogs de 9 e 11 de Março referi o "fenómeno da inflação", sua real dimensão inicial e o seu desmedido aproveitamento pela banca e comércio. Ou seja, quer banqueiros quer comerciantes são quem mais ganha quando a inflação dispara.
Quase toda a restante sociedade, perde.
Numa sociedade onde quem mais lucra, é quem adquire maiores vantagens, estes sectores são quem propaga e justifica o fantasma inflacionário com desculpas esfarrapadas.
Que se passou nos últimos 20 anos de baixa inflação e mesmo deflação? Os lucros declarados dos bancos foram historicamente baixos e o comércio enfrentava, quase exclusivamente, a concorrência. Para quem não depende do negócio financeiro mas, da produção efectiva do seu trabalho, a vida económica - excepto em 2008, motivada também por histórica vigarice da finança internacional - o seu dia-a-dia, era estável.
Veja-se hoje os aumentos dos lucros da banca e o aumento de preços no comércio. Compare-se com a alegada causa dos aumentos dos combustíveis. Lendo o meu post de 11 de Março, creio que ficará claro o aproveitamento oportunístico do aumento de preços.
O preço da prestação da casa aumenta? O da alimentação também? Os juros das dívidas - a pública também - sobem?
Não importa. Os donos disto tudo enriquecem. Enquanto os ordenados de quem produz perde, os de quem especula aumentam. E quem teria métodos de controlo para o evitar, pouco ou nada faz.
O BCE é claramente conivente com esta triste situação na UE. As recentes declarações do ministro alemão das finanças*, são bem um merecido açoite naquele organismo da UE.
*https://eco.sapo.pt/2022/07/01/alemanha-regressa-a-austeridade-em-2023-e-fala-em-sinal-para-bce/
domingo, 10 de abril de 2022
Fundos comunitários
Portugal recebe fundos comunitários - inicialmente a fundo perdido - desde um período anterior à sua data de entrada para a Comunidade Económica Europeia (CEE) em 01/01/1986, com as ajudas de pré-adesão.
Desde então, rondam 10 milhões de euros diários o valor destes apoios totalizando, até agora, cerca de 131.000 milhões de euros.
Se inicialmente, face ao enorme atraso do país, comparativamente às médias europeias esse dinheiro era necessário e fáceis os objectivos da sua alocação, já a partir do final do milénio começaram a conjugar-se duas dificuldades:
1 - Infra-estruturas como auto-estradas, portos, aeroportos, electrificação, distribuição de água, saneamento, gás... estavam em valores próximos e mesmo, superiores às médias comunitárias e,
Porém os fundos de coesão continuavam a chegar. Havia que “aproveitá-los”...
E este aproveitamento obrigava à participação nacional, média, de 25% em cada projecto de investimento. Não havendo disponibilidade no PIDDAC onde se resolveria o “problema”?
Na banca, claro!
E vá de constituir dívida aos bancos para “aproveitamento” do dinheiro de Bruxelas... e realizar obra pública para ganhar eleições...
Entre 2002 e 2016 a dívida pública portuguesa passa de cerca de 60% para 138% do PIB.
A infra-estruturação, agora de necessidade muitas vezes duvidosa, assume a forma de engenharia financeira, nomeadamente Parcerias Público-Privadas (PPPs) onde os governos comprometem o Estado a pagar amortizações e juros leoninos - com os valores guardados em segredo para quem paga esses juros, o contribuinte - aos privados, pela efectivação das obras, sem qualquer intervenção da Comissão Europeia na avaliação da sua necessidade e limitação desses abusos.
(Será aqui de estranhar também que planos apresentados a Bruxelas, tenham tido duas e três versões sucessivas, dilatadas e aumentadas no tempo e o patrocinador dos fundos tenha aceitado...)
As justificações nacionais para a exponenciação da dívida foi: Evitar o desemprego, principalmente em empresas de construção civil e tirar partido da entrada em avalancha de fundos comunitários, o que seria oportunidade única na história do país.
A estas justificações veio se juntar a da necessidade de resposta à crise financeira de 2008, sendo necessário manter a economia “quente” - e também o ano eleitoral de 2009 com três sufrágios - para evitar uma crise que viria a ocorrer pouco depois com a entrada em Portugal de um forte empréstimo financeiro do Fundo Monetário Internacional (FMI), BCE (Banco Central Europeu) e Comissão Europeia em 2011, indicando fiscais próprios para provocarem e controlarem alterações económicas e financeiras internas sem, no entanto, terem registado resultados macroeconómicos positivos até 2015.
Serão de notar as duas grandes falhas da Comissão Europeia neste processo: A primeira, já referida, de parco controlo dos planeamentos. As outras, não suportar o entendimento inicial para enfrentar crise, o de colocar dinheiro nas economias nacionais para tentar minimizar os efeitos previsíveis e, balizar e conjugar a forma tal como era feito pelos governos nacionais.