Pesquisar neste blogue

Mostrar mensagens com a etiqueta útil. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta útil. Mostrar todas as mensagens

domingo, 3 de julho de 2022

O ensino útil.

Ignoro se alguém conhece um plano das necessidades em licenciados, mestres e doutores para os próximos 10 anos. Eu, ignoro.

Admito mesmo que nunca, nenhum governo, o tenha feito.

Cada menina ou menino por volta dos seus quinze aninhos decide o seu futuro. Sem atender ao interesse do país, sem atender às suas reais capacidades - que desconhece - mas atendendo principalmente às palavras da família, das séries televisivas ou à opinião da colega de carteira junto a quem quer permanecer.

Aos governos, apenas interessa preservar a estabilidade social durante a legislatura. É-lhe, do ponto de vista político, indiferente o que se irá passar no país daí a 10, 20 ou 30 anos.

Daqui que planear quais os técnicos ÚTEIS ao país a mais de uma década lhes seja um exercício teoricamente interessante, mas inútil. 

Seria de aguardar uma revisão constitucional colmatasse esta falha temporal. Um órgão eleito, com poder, teria de manter um rumo institucional e operativo para o país uma vez decidido pelo Parlamento, qual seria. As alterações quadrienais de opções de fundo - muitas vezes provocadas pelo simples efeito de Oposição - apenas servem para atrasar, adiar, perder tempo e dinheiro.

E que se entenderá pela utilidade de um técnico no futuro? A forma mais ou menos produtiva como ele contribuirá virtuosamente para as exportações do país ou seja, a forma mais ou menos directa como contribui para o aumento das exportações.

Poderemos pensar que um advogado, um sociólogo, um psicólogo é sempre útil. Mas que intervenção terá nas exportações nacionais? Litiga, organiza, analisa? E daí, algum país no mundo quer adquirir tal serviço?

Um planeamento expansionista terá de incluir, no mínimo, 80% de graus superiores em áreas úteis (exportáveis). Se não houver esse cuidado, nunca o país poderá responder a desafios externos que lhe abram portas de exportação.

Porque hão-de os impostos nacionais, subsidiar graus superiores de educação que não ajudarão os portugueses a afirmarem-se como país mas, apenas satisfarão a vocação individual ou o interesse emigrante de quem o obtém? 

Os impostos dos nacionais portugueses apenas subsidiarão graus de educação superiores que lhes convenham pela sua utilidade ou complementaridade em termos de PIB. 

Todos os restantes, têm de ser da exclusiva responsabilidade financeira de quem os pretenda adquirir.