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sábado, 12 de julho de 2025

Sobranceria: Um crime social.


É uma introspecção que, apenas há pouco me assolou, uma inquietação silenciosa que se instala na mente como uma semente que busca germinar.

Tem a ver com a soberba plurigeracional, essa herança quase invisível que muitos de nós, talvez inconscientemente, carregamos.

Quem nasce numa família com meios alargados de subsistência, com o privilégio de uma vida confortável e sem grandes preocupações materiais, tende a julgar a realidade pelo seu próprio patamar, pela sua lente particular.

A realidade, porém, apresenta-se em infinitas nuances, em um espectro complexo de experiências e desafios.

Nunca tomamos consciência, muitas vezes, das enormes dificuldades impostas pela vida a quem nasceu num meio carenciado. 

Um meio onde a escassez se instala como uma sombra constante, onde todo o tipo de dificuldades sistemáticas – a falta de acesso à educação, à saúde, à alimentação adequada – diariamente condicionam a formação da sua personalidade, a sua aprendizagem, o seu desenvolvimento físico e emocional.

É um ciclo vicioso que, muitas vezes, se perpetua de geração em geração, criando uma profunda desigualdade e perpetuando injustiças sociais. 

A falta de oportunidades gera a falta de perspectiva, que por sua vez, reforça a sensação de impotência e a dificuldade em romper o ciclo de pobreza, tendendo, os mais fracos, para a marginaldade violenta.

A introspecção leva-me a questionar o meu próprio lugar neste cenário. 

Até que ponto a minha própria realidade, moldada por privilégios, me cega para as difíceis realidades de outros? 

Até que ponto contribuo, mesmo que indirectamente, para a manutenção deste sistema injusto?

Estas são perguntas que exigem respostas honestas e um olhar crítico sobre a nossa posição na sociedade. 

A consciência da soberba plurigeracional será o primeiro passo para a construção de um mundo mais justo e igualitário, onde todos tenham a oportunidade de florescer, independentemente das suas origens.


domingo, 26 de março de 2023

Os impostos portugueses pagam estudos superiores à Alemanha!

Mais um pensamento, inspirado no ministro da saúde, me ocorreu:

Quem leu o meu post de 5 de Dezembro passado, certamente recordará que o sr. ministro Pizarro considera "não resolver qualquer problema" os estudantes de medicina que decidam ir exercer a sua actividade no estrangeiro após a graduação, serem obrigados a pagar a diferença entre o que individualmente já pagaram em propinas e o custo per capita, do valor total do respectico curso.

Ou seja, um médico recém licenciado pelo esforço em impostos dos portugueses, fica imediatamente livre para ir exercer actividade na Alemanha ou em qualquer outro estado o qual, não dispendeu nem dispenderá, um só cêntimo na formação desse técnico...

Mais grave ainda, o mesmo se passará com qualquer outro curso superior obtido em Portugal! Mas o silêncio do ministro da educação também parece admitir semelhante falta de preocupação com o assunto.

Ou seja, assistimos por um lado a greves para aumentos salariais, às quais o Orçamento não contempla mas, por outro, a um completo laxismo sobre formas óbvias de poupar dinheiro e até, de uma certa atitude sobranceira de novo riquismo sobre o tema.

Quantas mais situações de "não resolver qualquer problema", haverá por aí? 

A que será devido o silêncio sindical e mediático conducente a de um debate público, sobre o assunto?

Se pensarmos que o valor médio de um curso de medicina rondará 400.000€*, porque só se fará barulho com o caso da Tap? 


https://www.publico.pt/2015/08/12/opiniao/opiniao/o-custo-de-formar-um-medico-1704673





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Desde que a internet nasceu a banca terá sido o principal beneficiário das facilidades que esta trouxe. Desde tranferências de ...