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quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Democracia!

Afinal o que é Democracia?
Em que tipo de terreno o sistema político eleito regularmente pelo Povo assenta os seus pilares?

As eleições regulares reflectem a expressão política da vontade popular?
Porquê os deputados não são individualmente eleitos por distrito, concelho ou grupo de concelhos, antes de serem obrigatoriamente nomeados para a lista nacional?
Acaso os deputados deverão maior obediência aos dirigentes dos seus partidos do que a quem os elegeu?
Porquê a insuficiência de metas, de prazos e de quantificações financeiras incluídas num programa eleitoral, não são legalmente puníveis?

Será porque quem faz as leis, se sente com o privilégio de não ter de cumprir promessas que livremente faz, saindo sem penalidades da situação que criou?

Quem se aproveita da visível  insuficiência eleitoral para conseguir dobrar, adiar, adulterar a vontade popular livremente expressa?

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Iliteracia financeira.

Portugal encontra-se muito mal classificado em termos de literacia financeira.*

De facto, os poderes tentam sempre por facilidade ou por estratégia, operar num léxico próprio que alguns dominam perfeitamente mas, todos os restantes ignoram quase por completo.

Estes códigos verbais tornam o exercício do poder mais distante, porque incompreensível.

A não preparação de estudantes a partir de idades jovens com os conceitos dominantes dessas terminologias, que lhes irão ser úteis em muitas áreas da suas vidas é, mais uma, falha do nosso processo educativo.

Em política, deve ser encontrada forma de comunicar o essencial das decisões financeiras aos cidadãos eleitores com simplicidade e recurso a exemplos da vida comum, para melhor entendimento.

Foi ontem que ouvi, finalmente, de António Costa a principal razão pela qual, sistematicamente, negou a reivindicação do lobby dos professores de aumento salarial:

- O país, graças a uma governação financeira que aplaudo, conseguiu nos últimos anos - sem covid - superavits.

Os docentes veem em tal, razão para serem aumentados e desenvolvem uma luta em várias frentes, há anos...

- Perante mais uma acusação de uma deputada ao governo pelo facto, António Costa, respondeu: 

Superavits são ocasionais. 

Aumentos de funcionários são permanentes!

O dinheiro dos super avit deve ser utilizado para fazer face a despesas ocasionais, como pagar a dívida pública ou criar almofadas para os tempos difíceis que se avizinham: guerras, aumentos de petróleo, escassez de qualquer produto básico por aumento de preço...

Nada garante que no próximo ano continuasse a existir um superavit porém, teria de estar garantido o pagamento do aumento dos professores, caso o governo agora cedesse!

E então, onde se encontraria dinheiro para pagar esses aumentos? Em cortes noutros sectores como saúde ou segurança?

Tal como eu, milhares de portugueses nunca teriam considerado tal.

A. Costa tardou em clarificá-lo. 

Um erro político, que poderá repetir-se.

Há que falar com os eleitores regularmente sobre as situações candentes e evitar que elas por incompreensão, ganhem fôlego devido ao desconhecimento mediático ou popular.


*https://reward.pt/portugal-sobe-no-ranking-de-literacia-financeira-da-uniao-europeia/