Acabo de ler um livro que aconselho: "Corruptíveis". De Brian Klaas, editora Bertrand. Se passar por uma livraria leia, pelo menos, o capítulo V.
Porque o aconselho? Porque ele nos dá entender como e porquê pessoas do tipo de Montenegro estão na política. Porquê ele foi líder parlamentear de Pedro Passos Coelho de má-memória, e porque hoje se não desmarca claramente do Chega. O tipo de político que esse senhor preenche está tipificado no livro.
Ele não se destacou pela sua gritante capacidade de humanismo, pela sua dedicação clara a uma ideia social, pela luta por um paradigma futuro... Ele apenas quer o poder!
O actual chefe do PSD nada diz sobre a actual redução da dívida pública que PPCoelho, com o seu apoio, deixou em 131% do pib. Menos ainda, refere o mérito da grande aposta deste governo na actividade turística, então perfeitamente ao alcance do seu partido que a não viu, não quis considerar e menos desenvolver.
Política para ele é mexerico diário, é alimentar suspeitas que diariamente envia para os media, como o "parecer" sobre a Tap. Como se um qualquer "parecer" fosse necessário ou pudesse contradizer um relatório da Inspecção Geral de Finanças fundamentado em mais de um mês de análise de documentação interna da Tap. Relatório, é o que fundamenta a inevitável decisão, logo no dia seguinte, de Medina.
O líder do PSD é apenas, mais um, advogado. Que vê na insinuação, na argumentação conveniente , no arrastamento das decisões, uma forma de - boa - vida.
Os factos são quem define um bom governo. As palavras do líder da oposição não são factos mas cortinas de fumo ampliadas pelos media, por dar a estes o ambiente de conflitualidade do qual, diariamente, se alimentam!