quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024
Macaco, a vedeta.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2023
A estratégia antidemocrática dos media.
Há cerca de duas semanas, diariamente, o Correio da Manha (CM) lança um escândalo no Governo.
Primeira página e ecos corrosivos em tudo o que é media. Aliás, os media nunca falam de política governativa mas só nos podres dos seus executantes...
Divulgar, comentar, sugerir, comparar, inferir... Nem pensar. Isso não é jornalismo. Jornalismo será, apenas, vender veneno. Veneno e publicidade é o que os leitores gostam, consomem e merecem.
Claro estará, tudo de irregular ou criminoso praticado por eleitos ou indivíduos por eles designados, deve vir a público mas por investigação do Ministério Público e posterior julgamento.
Os media, nos sistemas democráticos, dirigem a liberdade de imprensa para os esgotos da libertinagem, perseguição e comercialização típica das sociedades comerciais privadas, que o são, com um objectivo exclusivo: lucro.
Duas questões:
- A corrupção só começou agora? Onde estavam os media nos últimos 50 anos?
ou
- A corrupção sempre existiu e aos donos (accionistas) dos media não interessava o seu conhecimento?
A opinião pública está mais alerta agora? Mas quem a alerta? Não são os media, na medida em que isso lhes interessa ou seja, lhes dá dinheiro legal e, quem sabe, dinheiro por debaixo da mesa?
Porquê os escândalos propaladíssimos nos corredores políticos e jornalísticos, antes de serem conhecidos pela opinião pública, no BPN, BES, BCP, Banif que custaram aos nossos impostos mais de 20.000 milhões de euros, só mereceram intervenção jornalística após entrada em acção do MP?
Mas os escândalos da Alexandra Reis, do Miguel Pinho, do Miguel Alves... que, no conjunto, não atingem 1 milhão de euros, são alvos de perseguição diária, telejornais, comentários aventureiros e especulativos de colegas jornalistas... enfim, um festim de matilha.
Esta corrosão sitemática, em quê ajuda o sistema democrático?
Acaso os media, com a sua conveniente interpretação de liberdade de imprensa, ajudam a estabilizar, moralizar ou credibilizar a Democracia?
Porque não fazem eles campanha pela submissão obrigatória anual de políticos eleitos e nomeados, a um polígrafo digital?
De que tem eles medo? Que submetam ao polígrafo também jornalistas?
E eu a pensar que quem divulgava mentiras eram só as, novas, redes sociais...
sexta-feira, 18 de novembro de 2022
Catar.
É espantosa a forma rastejante como os media rasteiram os ditos das entidades que, sistematicamente, assediam com provocações e microfones, como se a razão máxima de existência mediática fora provocar palavras com que, ardilosamente, produzem palha para alimentar polémicas diárias.
Nenhum media, durante os anos em que se soube da, espantosa, decisão da FIFA em realizar o campeonato do mundo de futebol de 2022 no Catar, se pronunciou contra a possibilidade da selecção nacional de futebol estar presente num país onde se não respeitam os direitos humanos.
Porém, com o apuramento conseguido e a selecção a caminho eis que, cavalgando miseravelmente uma afirmação casual do PR, provocam o rebentamento do "escândalo". As primeiras figuras do estado deslocam-se ao Catar em apoio à sua selecção de futebol.
Acaso se o PR, como habitualmente em visitas de estado, fretasse um avião para voo presidencial - pago pelos nossos impostos - e o enchesse de jornalistas para o acompanhar, continuaríamos a verificar este espontâneo, raro e intenso manifesto mediático contra o desrespeito aos direitos humanos no Catar?
Como certamente 99% dos portugueses, considero ataques aos direitos humanos em qualquer parte do mundo, uma violência à NOSSA civilização no século XXI. Percebo no entanto que nesse mesmo mundo, existem civilizações que não evoluem ao ritmo - que considero muito rápido - da civilização ocidental.
A leste da Europa, a sul da América e a sueste da Ásia é fácil encontramos civilizações que, face ao ritmo da ocidental, exibem um atraso de 50 ou mais anos, em África, no Médio Oriente ou na restante Ásia é fácil constatar atrasos de 100 ou muitos mais anos.
Porquê agora e só o Catar? Porque vende publicidade aos media?
Já agora: Aquando da queda de Mohammad Reza Pahlavi, então Xá da Pérsia (ou Irão), todo os jornais e tvs ocidentais o consideravam um bandido, um ditador, um tirano. O Xá caiu. Veio de Paris, a "santa" figura de Ruhollah Khomeini, que instalou uma ditadura teocrática xiita no Irão, mandava matar em cada semana milhares de cidadãos e, hoje ainda, mata mulheres por questões de véu a cobrir mais ou menos cabelos, enquanto fornece drones a ditaduras amigas...
Pahlavi seria um criminoso. Mas as relações dele com o ocidente (EU + EUA) eram as melhores. Os media ocidentais, contudo, foram os grandes arautos para fim do seu regime.
E que ganhou o mundo com isso? Que conquistaram os iranianos? Que ganhou o Irão? Que ganhou a Paz global?
Pahlavi seria um bandido. Mas estava ao lado do Ocidente. Como está agora o Irão? Melhor? E o mundo ao seu redor? E os seus cidadãos, há 60 dias nas ruas?
Qual a responsabilidade da "liberdade de imprensa" à época da revolução iraniana, que conduziu Khomeini ao poder?
Quando num mundo que se quer solidário e em Paz, uma civilização dista muitos anos de outras, a ruptura, e todos os inconvenientes dela decorrentes, incluindo a guerra, são inevitáveis.
Espero que os media e a sua, democrática, liberdade de imprensa não o esqueçam!