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sexta-feira, 4 de agosto de 2023

As dívidas externas dos países

O mundo conta com 205 países  dos quais 191 têm dívida pública externa.
O Liechtenstein, o Brunei e o Niuê comunicaram dívida zero recentemente, e os restantes nada comunicaram.

A questão que ressalta é: 
Se, praticamente  todos devem, devem a quem?

Se a dívida fosse mútua - entre países - a soma algébrica dos valores das dívidas, estaria próximo de zero. Porém... longe disso!

Se a dívida fosse a bancos centrais como o BCE ou a FED (Federal Reserve Board, EUA) e estes fossem maioritariamente públicos, então as dependências provocadas pelas dívidas externas dos países poderiam considerar-se pouco preocupantes. 

Porém, a pesquisa sobre quem detém indirectamente, através da banca comercial, uma parte substancial da massa monetária dos bancos centrais mostra-se muito difícil.

A transparência aqui, também, é um conceito esquecido e, aparentemente, incómodo. O relatório e contas do banco central alemão, 2022, por exemplo, com 580 páginas em lado nenhum discrimina a que entidades, valor e condições em que são facultados, os empréstimos a quem fornece capital em "tier" 1...

Em resumo: A finança aparenta não puxar pela economia, a dívida dos países parece ser consumida em investimentos não virtuosos - os economicamente úteis estarão concentrados em algumas economias asiáticas - enquanto a Oeste, a estagnação económica parece continuar a ser regra.

O mundo está refém do pagamento de juros à finança e a economia de cada país parece incapaz de pagar a actual dívida, que vai  aumentando, principalmente por efeito sistemático cumulativo desses mesmos juros.


(É necessário duplo click, para abrir os sites abaixo.)







segunda-feira, 17 de abril de 2023

Dívida pública portuguesa.

 

Hoje ouvi o Fernando Medina expôr a política financeira do governo, face às alterações circunstanciais dos últimos tempos: Desde a evolução da guerra, pandemia, inflação... foi-me claro o objectivo exposto:

Prioridade à redução da dívida pública (DP)!

E porquê? Porque se assim não fosse, este ano pagaríamos juros sobre mais 6.000 milhões (6 biliões) da dívida do que no ano passado.

Sem esmiuçar os roubos de 9.000 milhões de euros em 2006 do BPN - amigos do Cavaco, de 5.000 milhões do BES e dos 36 milhões atribuídos ao Sócrates e afins, tenho de recordar o valor da dívida pública em 2011, quando o Sócrates acaba de governar, 2015 quando "a bomba atómica da direita" Pedro Passos Coelho, deixa o governo e a previsão da percentagem da DP para 2023 hoje apresentada:

Dívida Pública Portuguesa 2010 - 100,2%; 2015 - 131,2%; 2023 - 107,5%.

Tenho para mim, atendendo ao valor do pib português em 2022, 205,7 biliões de euros, uma redução dos previstos 110,5% (226,27B) para 107,5% (220,09B), menos 3%, nos poupará umas largas centenas de milhões de euros em juros...

Num país de casos, casinhos, mexericos e outras minudências mediáticas diárias e constantes, esta resposta do governo mostra que entre governar e falar há uma diferença monumental, sendo que a governação se sustenta em números e a mediatização no éter dos sons.

Das aves canoras que vendem publicidade, diria eu...




 

segunda-feira, 27 de março de 2023

Bancos, juros e... inadimplência.

Hoje aprendi mais uma palavra do léxico bancário. Inadimplência. Que eu conhecia como calote aos bancos...

O aumento dos juros parece provocar alguns inconvenientes aos bancos com os quais, regularmente, lidamos: 

1 - Aumento dos custos de captação, por terem de pagar mais a quem lhes coloca dinheiro: clientes e mercado financeiro. 

2 - Aumento do risco de inadimplência, os clientes podem não conseguir pagar. 

3 - Menor procura de empréstimos, por os juros serem mais caros. 

4 - Aumento de concorrência na procura de clientes. 

5 - Aumento de investimento em títulos de renda fixa, que se manterão, apesar do aumento dos juros.

Tudo isto nos bancos com os quais normalmente lidamos

Porém, os bancos de investimento, apenas ganham com a subida dos juros por não terem balcões, não lidarem com o público. 

O seu negócio é, principalmente, a dívida dos estados. E estes, sempre pagam. À custa de sacrifícios da população mas, pagam.

Será interessante verificar que todos os estados do mundo têm dívida pública, seja interna e/ou ao FMI (Fundo Monetário Internacional) e/ou ao Banco Mundial (BM) e/ou a bancos e instituições financeiras privadas.

Pensando melhor: As instituições financeiras, apenas com as dívidas dos estados - normalmente de várias dezenas ou milhares de milhão de euros - enriquecem fortemente, quando o mercado internacional de juros sobe, sem correrem os riscos dos bancos com quem normalmente lidamos, pelas razões acima descritas.

Não será por acaso que os presidentes do Banco Central Europeu (BCE) e do Federal Reserve System (FED), estão sempre a ver tensões inflacionárias algures para, claro, subirem juros em bloco e, teoricamente, reduzir a inflação. A prazo, claro.

Adivinhem quem tem o controlo da política dos estados by the balls...





segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Luís Montenegro.

Será difícil ser político. Em Portugal, também.

Pensemos no que deve ser um político: Alguém com enorme vontade, espírito de sacrifício e capacidade para lutar por causas positivas para o conjunto dos cidadãos do seu país.

 A estas qualidades básicas, acrescerá a disponibilidade pessoal e familiar para perder noites, fins-de-semana e férias, anos seguidos, não remunerados, em trabalho partidário. Ter empatia para formar grupo de apoio no interior do partido e ainda, muita paciência para resistir airosamente ao assédio mediático.

 Luís Montenegro, no seu passado, nunca provou vontade de lutar por  objectivos positivos locais ou nacionais para os portugueses. 

 Publicamente ficou conhecido por, inesperadamente, ter sido designado líder  parlamentar pelo pior primeiro-ministro(PM) desde Abril de 1974. Um PM que cortou ordenados e pensões, subsídios de férias e Natal, feriados, impostos aumentaram enormemente, ajudou que a dívida externa do país alcançasse máximos históricos, privatizou ao desbarato empresas lucrativas onde o estado português tinha interesses: EDP e Portugal Telecom foram exemplos e, preparava-se para privatizar transportes públicos quando a Geringonça lhe partiu o "machado liberal".

 Montenegro foi o apoiante máximo desta política na Assembleia da República. Nunca se distanciou ou criticou.

 Montenegro quer agora ser PM.

 Por lhe ser impossível retractar-se politicamente, tenta desgastar o partido político que nos cinco anos posteriores recuperou a economia, terminou o déficit nacional crónico, conseguiu o primeiro superavit  em 50 anos da República Portuguesa, repôs remunerações cortadas e feriados, obrigando agora Montenegro a cavalgar "casos pessoais" - com os quais o Governo vai, desnecessariamente , alimentando uma imprensa "livre" porém faminta de temas com potencial para chocar a opinião pública, como sejam as nomeações de familiares de governantes para a governação - sem mostrar qualquer  interesse  no desempenho económico do país, este sim, a primeira  causa de preocupação para um candidato a PM.

 Montenegro não diz uma palavra sobre a economia nacional. Nunca refere uma crítica geral ao desempenho financeiro do Governo. Nunca menciona COMO faria mais ou melhor. Apenas repete ataques mediáticos à consanguinidade ou afinidade.

 Que alternativas para a economia, finanças, saúde, educação, habitação...?

 Será este o tipo de político em que alguém, um dia, votará?