sexta-feira, 4 de agosto de 2023
As dívidas externas dos países
segunda-feira, 17 de abril de 2023
Dívida pública portuguesa.
Hoje ouvi o Fernando Medina expôr a política financeira do governo, face às alterações circunstanciais dos últimos tempos: Desde a evolução da guerra, pandemia, inflação... foi-me claro o objectivo exposto:
Prioridade à redução da dívida pública (DP)!
E porquê? Porque se assim não fosse, este ano pagaríamos juros sobre mais 6.000 milhões (6 biliões) da dívida do que no ano passado.
Sem esmiuçar os roubos de 9.000 milhões de euros em 2006 do BPN - amigos do Cavaco, de 5.000 milhões do BES e dos 36 milhões atribuídos ao Sócrates e afins, tenho de recordar o valor da dívida pública em 2011, quando o Sócrates acaba de governar, 2015 quando "a bomba atómica da direita" Pedro Passos Coelho, deixa o governo e a previsão da percentagem da DP para 2023 hoje apresentada:
Dívida Pública Portuguesa 2010 - 100,2%; 2015 - 131,2%; 2023 - 107,5%.
Tenho para mim, atendendo ao valor do pib português em 2022, 205,7 biliões de euros, uma redução dos previstos 110,5% (226,27B) para 107,5% (220,09B), menos 3%, nos poupará umas largas centenas de milhões de euros em juros...
Num país de casos, casinhos, mexericos e outras minudências mediáticas diárias e constantes, esta resposta do governo mostra que entre governar e falar há uma diferença monumental, sendo que a governação se sustenta em números e a mediatização no éter dos sons.
Das aves canoras que vendem publicidade, diria eu...
segunda-feira, 27 de março de 2023
Bancos, juros e... inadimplência.
Hoje aprendi mais uma palavra do léxico bancário. Inadimplência. Que eu conhecia como calote aos bancos...
O aumento dos juros parece provocar alguns inconvenientes aos bancos com os quais, regularmente, lidamos:
1 - Aumento dos custos de captação, por terem de pagar mais a quem lhes coloca dinheiro: clientes e mercado financeiro.
2 - Aumento do risco de inadimplência, os clientes podem não conseguir pagar.
3 - Menor procura de empréstimos, por os juros serem mais caros.
4 - Aumento de concorrência na procura de clientes.
5 - Aumento de investimento em títulos de renda fixa, que se manterão, apesar do aumento dos juros.
Tudo isto nos bancos com os quais normalmente lidamos.
Porém, os bancos de investimento, apenas ganham com a subida dos juros por não terem balcões, não lidarem com o público.
O seu negócio é, principalmente, a dívida dos estados. E estes, sempre pagam. À custa de sacrifícios da população mas, pagam.
Será interessante verificar que todos os estados do mundo têm dívida pública, seja interna e/ou ao FMI (Fundo Monetário Internacional) e/ou ao Banco Mundial (BM) e/ou a bancos e instituições financeiras privadas.
Pensando melhor: As instituições financeiras, apenas com as dívidas dos estados - normalmente de várias dezenas ou milhares de milhão de euros - enriquecem fortemente, quando o mercado internacional de juros sobe, sem correrem os riscos dos bancos com quem normalmente lidamos, pelas razões acima descritas.
Não será por acaso que os presidentes do Banco Central Europeu (BCE) e do Federal Reserve System (FED), estão sempre a ver tensões inflacionárias algures para, claro, subirem juros em bloco e, teoricamente, reduzir a inflação. A prazo, claro.
Adivinhem quem tem o controlo da política dos estados by the balls...
segunda-feira, 5 de dezembro de 2022
Luís Montenegro.
Será difícil ser político. Em Portugal, também.
Pensemos no que deve ser um político: Alguém com enorme vontade, espírito de sacrifício e capacidade para lutar por causas positivas para o conjunto dos cidadãos do seu país.
A estas qualidades básicas, acrescerá a disponibilidade pessoal e familiar para perder noites, fins-de-semana e férias, anos seguidos, não remunerados, em trabalho partidário. Ter empatia para formar grupo de apoio no interior do partido e ainda, muita paciência para resistir airosamente ao assédio mediático.
Luís Montenegro, no seu passado, nunca provou vontade de lutar por objectivos positivos locais ou nacionais para os portugueses.
Publicamente ficou conhecido por, inesperadamente, ter sido designado líder parlamentar pelo pior primeiro-ministro(PM) desde Abril de 1974. Um PM que cortou ordenados e pensões, subsídios de férias e Natal, feriados, impostos aumentaram enormemente, ajudou que a dívida externa do país alcançasse máximos históricos, privatizou ao desbarato empresas lucrativas onde o estado português tinha interesses: EDP e Portugal Telecom foram exemplos e, preparava-se para privatizar transportes públicos quando a Geringonça lhe partiu o "machado liberal".
Montenegro foi o apoiante máximo desta política na Assembleia da República. Nunca se distanciou ou criticou.
Montenegro quer agora ser PM.
Por lhe ser impossível retractar-se politicamente, tenta desgastar o partido político que nos cinco anos posteriores recuperou a economia, terminou o déficit nacional crónico, conseguiu o primeiro superavit em 50 anos da República Portuguesa, repôs remunerações cortadas e feriados, obrigando agora Montenegro a cavalgar "casos pessoais" - com os quais o Governo vai, desnecessariamente , alimentando uma imprensa "livre" porém faminta de temas com potencial para chocar a opinião pública, como sejam as nomeações de familiares de governantes para a governação - sem mostrar qualquer interesse no desempenho económico do país, este sim, a primeira causa de preocupação para um candidato a PM.
Montenegro não diz uma palavra sobre a economia nacional. Nunca refere uma crítica geral ao desempenho financeiro do Governo. Nunca menciona COMO faria mais ou melhor. Apenas repete ataques mediáticos à consanguinidade ou afinidade.
Que alternativas para a economia, finanças, saúde, educação, habitação...?
Será este o tipo de político em que alguém, um dia, votará?