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segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Luís Montenegro.

Será difícil ser político. Em Portugal, também.

Pensemos no que deve ser um político: Alguém com enorme vontade, espírito de sacrifício e capacidade para lutar por causas positivas para o conjunto dos cidadãos do seu país.

 A estas qualidades básicas, acrescerá a disponibilidade pessoal e familiar para perder noites, fins-de-semana e férias, anos seguidos, não remunerados, em trabalho partidário. Ter empatia para formar grupo de apoio no interior do partido e ainda, muita paciência para resistir airosamente ao assédio mediático.

 Luís Montenegro, no seu passado, nunca provou vontade de lutar por  objectivos positivos locais ou nacionais para os portugueses. 

 Publicamente ficou conhecido por, inesperadamente, ter sido designado líder  parlamentar pelo pior primeiro-ministro(PM) desde Abril de 1974. Um PM que cortou ordenados e pensões, subsídios de férias e Natal, feriados, impostos aumentaram enormemente, ajudou que a dívida externa do país alcançasse máximos históricos, privatizou ao desbarato empresas lucrativas onde o estado português tinha interesses: EDP e Portugal Telecom foram exemplos e, preparava-se para privatizar transportes públicos quando a Geringonça lhe partiu o "machado liberal".

 Montenegro foi o apoiante máximo desta política na Assembleia da República. Nunca se distanciou ou criticou.

 Montenegro quer agora ser PM.

 Por lhe ser impossível retractar-se politicamente, tenta desgastar o partido político que nos cinco anos posteriores recuperou a economia, terminou o déficit nacional crónico, conseguiu o primeiro superavit  em 50 anos da República Portuguesa, repôs remunerações cortadas e feriados, obrigando agora Montenegro a cavalgar "casos pessoais" - com os quais o Governo vai, desnecessariamente , alimentando uma imprensa "livre" porém faminta de temas com potencial para chocar a opinião pública, como sejam as nomeações de familiares de governantes para a governação - sem mostrar qualquer  interesse  no desempenho económico do país, este sim, a primeira  causa de preocupação para um candidato a PM.

 Montenegro não diz uma palavra sobre a economia nacional. Nunca refere uma crítica geral ao desempenho financeiro do Governo. Nunca menciona COMO faria mais ou melhor. Apenas repete ataques mediáticos à consanguinidade ou afinidade.

 Que alternativas para a economia, finanças, saúde, educação, habitação...?

 Será este o tipo de político em que alguém, um dia, votará?


 

2 comentários:

  1. Seria bom que os eleitores portugueses abrissem os olhos e não entendessem a política como clubes de futebol, em que cada um defende o seu partido sem discernimento, irracionalmente.

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