Sinceramente, desconheço o passado - certamente excelente - profissional e político da nova chefe de bancada do Partido Comunista Português. Deste modo, serão ainda mais difíceis de antever as causas que lhe são mais próximas, as rotinas mais comuns ou as aspirações que mais a podem movimentar.
Também não interessará muito, pois o PCP não é - nunca foi - um somatório do pensamento individual dos seus militantes mas sim, um eco da conveniente oratória do chefe máximo - português ou não - para cada uma das suas individualidades militantes as quais, a repetem com ar sério e reverência dogmática perante quem paciente, inadvertida ou divertidamente os ouve.
Incluindo-me nestes últimos, gostaria de perguntar à deputada Paula Santos se o seu apego à causa da Paz começou ontem, quando os restantes 224 dos 230 deputados da Assembleia da República convidaram Zelensky para aí discursar via teleconferência ou, se terá tido início quando Putin - sem motivo conhecido - decide invadir a pátria de Zelensky...
A minha experiência da vida espicaça-me, faz-me ir mais além, e diz-me:
Será que o PCP, pela boca de P. Santos, estará a dizer aos portugueses que Putin é um pacifista e Zelensky um provocador de guerras, mortes, destruição?
Ou, será que o PCP considera que a insensibilidade de quem o escuta e nele vota, infinita?
Ou, será que Putin à semelhança da URSS, que ele agora quer recuperar, continuou e continua a financeiramente subsidiar a ilógica das diatribes insultuosas às quais o PCP dá dimensão mediática em Portugal?