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quarta-feira, 25 de outubro de 2023

22% do pib português desviado para offshore


Passado um longo período de tempo vejo, graças a uma entidade internacional, os media nacionais referirem os offshore.

O tema escandaloso, claro, é que 22% do pib português estará, escondido e isento de impostos, colocado em offshore.

Ou seja tendo sido o pib nacional em 2021 de 253,7 biliões de $, 55,8 biliões de $ ou seja, cerca de 52.600 milhões de euros, fugiram ao fisco.

Ao não pagar impostos este montante não contribuiu para saúde, educação, habitação... do país onde foi roubado.
Os governos ao faltar dinheiro ou aumentam impostos ou a dívida.

Ou seja, a facilidade com que se passa divisas para offshore, beneficia os bancos e todo o sorvedouro não produtivo que vive da finança. 

Aqui, ou em qualquer país do mundo, digno desse nome.

Outras entidades internacionais estimam que 1/3 do pib mundial estará distribuído por 75* dos 205 países do globo, considerados  offshore.

Porque será que a ONU, em 1992, estabelece rapidamente uma convenção-quadro sobre alterações climáticas mas continua cega, surda e muda sobre os, óbvios,  roubos colocados em offshore?

Será que protege a fuga ao fisco, traficantes ou bancos?

https://www.dadosmundiais.com/paraisos-fiscais.php
*

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Marques, Mentes II?

 

É recente condição necessária, para ser Presidente da República em Portugal, passar 10 anos em programas televisivos semanais, no prime-time de canais abertos. 

Marcelo Rebelo de Sousa fê-lo, Marques Mendes (MM) copia-o. Sem pejo, vergonha ou, sequer, inovação. 

Eu tinha de MM razoável impressão. Até ler "Os facilitadores" de Gustavo Sampaio. Cito de memória mas, cerca da página 49 deste livro, o autor põe a claro os elos de amizade, os negócios e a influência de MM, em "casos" como o do Funchal "de Alberto João & genro". 

MM nunca o desmentiu...! E essas ligações e cumplicidades são, para mim, no mínimo, preocupantes para um futuro candidato a PR.

Mas MM repete agora com alguma insistência, insídia e pitada de veneno político, a estória injectada pela extrema-direita nacional de o nosso país, estar a ser ultrapassado na UE por países recém-aderentes em pib per capita Pib/C.

Transformou o Pib num campeonato, a ver quem está à frente de quem...

E, como dizia António Aleixo num dos seus poemas "Uma mentira para ser segura e atingir profundidade, tem de ter à mistura qualquer coisa de verdade". A "qualquer coisa de verdade" é que há de facto alguns países que nos últimos anos, crescendo mais, obtiveram melhores Pib/C.

Porém o que, sinuosamente MM omite é o que são esses países: A Estónia, a Letónia e Lituânia por exemplo, aderiram à UE em 2004. Quando qualquer pequeno país adere à UE o seu Pib tende a aumentar significativamente pois os apoios financeiros da UE provocam um forte impulso económico com natural reflexo no Pib. 

Foi assim em Portugal após 1986 até 2000, registou crescimentos históricos do PIB logo, do Pib/C.

Porém, é fácil constatar a entrada em patamar de crescimento nesses países, após os primeiros 10 a 15 anos da adesão à UE.

Os três estados do Báltico, em conjunto, têm cerca de 6,3 milhões de habitantes. Os volumes financeiros da UE são divididos por cerca de 2 milhões de pessoas em cada estado, o que mais faz disparar o Pib/C.

Outros países como a Bulgária, a Rep. Checa, a Hungria, a Polónia ou a Roménia, não usam o Euro. Têm moeda própria. Algumas, valendo 1/4 do Euro. O que, mais ainda, potencia aumentos desse indicador.

O que mais me incomoda no argumentário sistemático deste senhor, é a comparação Portugal(Pt)/República Checa (RChc).

Para quem não saiba, a RChc não usa o euro mas, a coroa checa que tem um valor 24 vezes inferior ao euro. Isto implica que os, aproximadamente, 135.000 milhões de euros que Pt recebeu, desde 1986, da UE impactaram no PIB nacional cerca de 6 vezes menos do que os 32.850 mil milhões € (x24) significaram para a RChec desde 2004.

Estranho será porquê MM, se quer falar do tema Pib dentro da zona do Euro, não refere o do Luxemburgo, da Irlanda, dos Países Baixos ou de Malta. Que são  paraísos fiscais, infiltrados na UE! Que dão cobertura e escondem o crime fiscal praticado em países como Portugal os quais, ao longo dos anos, têm - apesar de pequenos, sem grandes recursos naturais e, alguns, periféricos - tentado fazer jogo limpo!

Se Marques Mendes não sabe do que está a falar, esteja calado, mude de assunto, fale do BPN onde uma quadrilha de alto nível do seu partido roubou 9.000 milhões de euros aos impostos nacionais.






segunda-feira, 17 de abril de 2023

Dívida pública portuguesa.

 

Hoje ouvi o Fernando Medina expôr a política financeira do governo, face às alterações circunstanciais dos últimos tempos: Desde a evolução da guerra, pandemia, inflação... foi-me claro o objectivo exposto:

Prioridade à redução da dívida pública (DP)!

E porquê? Porque se assim não fosse, este ano pagaríamos juros sobre mais 6.000 milhões (6 biliões) da dívida do que no ano passado.

Sem esmiuçar os roubos de 9.000 milhões de euros em 2006 do BPN - amigos do Cavaco, de 5.000 milhões do BES e dos 36 milhões atribuídos ao Sócrates e afins, tenho de recordar o valor da dívida pública em 2011, quando o Sócrates acaba de governar, 2015 quando "a bomba atómica da direita" Pedro Passos Coelho, deixa o governo e a previsão da percentagem da DP para 2023 hoje apresentada:

Dívida Pública Portuguesa 2010 - 100,2%; 2015 - 131,2%; 2023 - 107,5%.

Tenho para mim, atendendo ao valor do pib português em 2022, 205,7 biliões de euros, uma redução dos previstos 110,5% (226,27B) para 107,5% (220,09B), menos 3%, nos poupará umas largas centenas de milhões de euros em juros...

Num país de casos, casinhos, mexericos e outras minudências mediáticas diárias e constantes, esta resposta do governo mostra que entre governar e falar há uma diferença monumental, sendo que a governação se sustenta em números e a mediatização no éter dos sons.

Das aves canoras que vendem publicidade, diria eu...




 

domingo, 3 de julho de 2022

O ensino útil.

Ignoro se alguém conhece um plano das necessidades em licenciados, mestres e doutores para os próximos 10 anos. Eu, ignoro.

Admito mesmo que nunca, nenhum governo, o tenha feito.

Cada menina ou menino por volta dos seus quinze aninhos decide o seu futuro. Sem atender ao interesse do país, sem atender às suas reais capacidades - que desconhece - mas atendendo principalmente às palavras da família, das séries televisivas ou à opinião da colega de carteira junto a quem quer permanecer.

Aos governos, apenas interessa preservar a estabilidade social durante a legislatura. É-lhe, do ponto de vista político, indiferente o que se irá passar no país daí a 10, 20 ou 30 anos.

Daqui que planear quais os técnicos ÚTEIS ao país a mais de uma década lhes seja um exercício teoricamente interessante, mas inútil. 

Seria de aguardar uma revisão constitucional colmatasse esta falha temporal. Um órgão eleito, com poder, teria de manter um rumo institucional e operativo para o país uma vez decidido pelo Parlamento, qual seria. As alterações quadrienais de opções de fundo - muitas vezes provocadas pelo simples efeito de Oposição - apenas servem para atrasar, adiar, perder tempo e dinheiro.

E que se entenderá pela utilidade de um técnico no futuro? A forma mais ou menos produtiva como ele contribuirá virtuosamente para as exportações do país ou seja, a forma mais ou menos directa como contribui para o aumento das exportações.

Poderemos pensar que um advogado, um sociólogo, um psicólogo é sempre útil. Mas que intervenção terá nas exportações nacionais? Litiga, organiza, analisa? E daí, algum país no mundo quer adquirir tal serviço?

Um planeamento expansionista terá de incluir, no mínimo, 80% de graus superiores em áreas úteis (exportáveis). Se não houver esse cuidado, nunca o país poderá responder a desafios externos que lhe abram portas de exportação.

Porque hão-de os impostos nacionais, subsidiar graus superiores de educação que não ajudarão os portugueses a afirmarem-se como país mas, apenas satisfarão a vocação individual ou o interesse emigrante de quem o obtém? 

Os impostos dos nacionais portugueses apenas subsidiarão graus de educação superiores que lhes convenham pela sua utilidade ou complementaridade em termos de PIB. 

Todos os restantes, têm de ser da exclusiva responsabilidade financeira de quem os pretenda adquirir.