Sem os avanços desta, a minha vida desde os 6 anos de idade teria sido outra. Provavelmente em cadeira de rodas.
Digo isto, para o texto não ser tomado como escrito por alguém desconhecedor, indiferente ou contrário aos benefícios da investigação médica, no que a seguir afirmo:
As sociedades europeias evoluíram muito desde o fim da última grande guerra (1939-1945) nos sistemas de combate à doença ditos, de saúde.
A questão será: o que se entende por combate à doença?
Por exemplo, um parto normal será uma doença que necessita ser combatida?
Desde os primórdios da humanidade que existem partos!
Milhares de gerações tiveram os seus bebés em casa, com apoio de uma "parteira", pessoa sem habilitações socialmente reconhecidas porém, com grande experiência nesses actos.
Claro que nascer num ambiente dedicado expressamente para o efeito, assegurará um maior número de nados-vivos.
Mas... a que custos para a sociedade?
Qual o custo para termos dos melhores índices do mundo, neste sector?
O pessoal de enfermagem, que desde sempre realizou diversas operações relativas à pró-natalidade e natalidade porque está agora - com grau de licenciatura, tal como o de muitos médicos - administrativamente inibido de praticar o acto de parto simples, bem como o de qualquer pequena cirurgia?
É latente e constante o ambiente de tensão nos hospitais públicos, pelo poder que o loby dos médicos exclusivamente aufere de efectuar partos nos hospitais públicos - ao qual parece ser indiferente nos "hospitais" privados - provocando inquietude na população menos esclarecida, se uma parturiente num hospital público não tem, obrigatoriamente, um médico a assisti-la apesar de o parto não ser de risco.
É uma "guerra" de manutenção do poder dos médicos pela qual, se propagandeiam receios irreais com custos pesados, desnecessários e bem reais.