Eu, que toda a vida trabalhei, nunca roubei, nunca trafiquei, nunca - por acaso, claro - entrei num tribunal, sou marginalizado pelos media.
Um bandido, chefe de claque, traficante, aparentemente em conluio com "gente de bem", é a estrela dos media:
Reportagens em direto várias vezes ao dia, assédio aos advogados dos arguidos, roteiro e hora de transferências de local, tentativas de entrevista, fotos à discrição, notícias nos telejornais e admiram-se de quê?
De um tipo honesto optar por ser bandido?
Quais as vantagens sociais de se lutar por ser honesto?
Nem medalhas o PR lhe dá.
Mas vigaristas, bem engravatados, fazem fila para as receber...
As Democracias têm de EDUCAR os media. Estes não podem ser empresas como quaisquer outras, de capital maioritário privado e acionistas desconhecidos, ao sabor dos venenos convenientes.
A lei que regula os media tem de obrigar a equilibrar o negativo com o positivo em todos os setores sociais, sob pena de pesadas multas.
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