Já nos meus blogs de 9 e 11 de Março referi o "fenómeno da inflação", sua real dimensão inicial e o seu desmedido aproveitamento pela banca e comércio. Ou seja, quer banqueiros quer comerciantes são quem mais ganha quando a inflação dispara.
Quase toda a restante sociedade, perde.
Numa sociedade onde quem mais lucra, é quem adquire maiores vantagens, estes sectores são quem propaga e justifica o fantasma inflacionário com desculpas esfarrapadas.
Que se passou nos últimos 20 anos de baixa inflação e mesmo deflação? Os lucros declarados dos bancos foram historicamente baixos e o comércio enfrentava, quase exclusivamente, a concorrência. Para quem não depende do negócio financeiro mas, da produção efectiva do seu trabalho, a vida económica - excepto em 2008, motivada também por histórica vigarice da finança internacional - o seu dia-a-dia, era estável.
Veja-se hoje os aumentos dos lucros da banca e o aumento de preços no comércio. Compare-se com a alegada causa dos aumentos dos combustíveis. Lendo o meu post de 11 de Março, creio que ficará claro o aproveitamento oportunístico do aumento de preços.
O preço da prestação da casa aumenta? O da alimentação também? Os juros das dívidas - a pública também - sobem?
Não importa. Os donos disto tudo enriquecem. Enquanto os ordenados de quem produz perde, os de quem especula aumentam. E quem teria métodos de controlo para o evitar, pouco ou nada faz.
O BCE é claramente conivente com esta triste situação na UE. As recentes declarações do ministro alemão das finanças*, são bem um merecido açoite naquele organismo da UE.
*https://eco.sapo.pt/2022/07/01/alemanha-regressa-a-austeridade-em-2023-e-fala-em-sinal-para-bce/
A humanidade não progredirá enquanto os que trabalham e produzem ganharem menos que os especuladores.
ResponderEliminarQuem trabalha DEVE exigir TRANSPARÊNCIA aos números da inflação que os especuladores argumentam sofrer. Porque não têm, obrigatoriamente, na NET o seu Relatório e Contas anual?
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