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sexta-feira, 29 de julho de 2022

Só temos mais um minuto...

     

    Esta, a expressão mais repetida pelos pivots de tv, depois de terem interrompido longa e repetidamente um convidado, com afirmações e comentários que me espantam pelo desconhecimento, agressividade e desconsideração que, não raramente, encerram.

    De facto, ao aceitar um convite para aparecer e tentar expor por escassos minutos a sua opinião num canal de tv, o cidadão até aí anónimo, vai encarar além do sentido olhar de várias centenas de milhar de espectadores, o agressivo à-vontade de um profissional, que diariamente faz da áspera inquirição, a sua profissão.

    Voltando à frase que dá título a este post, é típico acabar a conversa com um convidado, alegando o pivot: "não temos mais tempo"...

    Mas não têm mais tempo, porquê? 

    Há conversas que até estão a ter interesse em se alongar...

    "Não temos mais tempo", porque precisamos dele para a publicidade que nos paga os principescos ordenados que recebemos.

    Assim, não temos mais tempo para, por exemplo, falar sobre a guerra na Ucrânia porque o Power Ear, a Minisom, a Audição Activa, o Vibrolex, o Calcitrim, a Telepizza, a Prosegur e outras igualmente importantes, têm prioridade "informativa" sobra a guerra, isto, várias vezes ao dia...

    Será possível que a Ucrânia e os sucessivos comentários sobre ela, apenas sirvam para atrair olhares dos distraídos para a "prioritária" publicidade que se segue?





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