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sábado, 25 de junho de 2022

O sinistro ataque mediático ao SNS.

Todos recordamos o esforço publicitário da CUF, por exemplo, para garantir que durante os dois anos de pandemia, era seguro frequentar os seus hospitais. Durante dois anos, por vezes várias com poucos minutos de separação, o anúncio repetia-se até à náusea.

A actual campanha dos media sob a forma de notícia, repete-se de forma desabrida, contra o SNS. Porque fecham urgências de obstetrícia, ginecologia, porque não há médicos bastantes... Mas nem uma palavra sobre as razões de tal acontecer.

Qualquer jornalismo isento procuraria o porquê. Mas não este. Ao procurar o porquê, sabe de antemão que encontrará a responsabilidade das escandalosas notícias que propaga em quem lhes paga, faustosamente, a publicidade que garante as principescas remunerações aos papagaios dos media.

Para se avaliar como seria fácil falar verdade sobre o SNS, deixo abaixo alguns links sobre aquilo que os media nada dizem. 

Verdades inconvenientes a quem lhes paga chorudos pacotes publicitários?

Um dia se fará a estória da "democrática" impunidade mediática. Deixo o meu contributo.


https://www.jornaldenegocios.pt/economia/saude/detalhe/mapa-portugal-e-o-pais-da-ue-com-mais-medicos-em-medicina-geral-por-habitante

https://ordemdosmedicos.pt/racio-de-medicos-por-1000-habitantes-em-portugal-subiu-74-em-20-anos/

https://www.indexmundi.com/g/r.aspx?v=2226&l=pt


 




segunda-feira, 20 de junho de 2022

Pela separação absoluta de pessoal: Ou hospital público ou hospital privado!

 É hoje suficientemente claro que o sistema privado cresceu e implementou-se subtraindo meios humanos a quem os tinha formado e treinado.

Baseou o seu crescimento na melhor retribuição a funcionários públicos hospitalares de onde eram, e são, originários os profissionais que aí trabalham. 

Não se desenvolveu pelas suas superiores infra-estruturas, organização ou formação de meios humanos. Apenas pela regular subtracção, possibilitando duplo emprego a estes e, claro, provocando falta de pessoal no sector público hospitalar.

Mas pior: Basta ouvir um qualquer médico para, imediatamente, nos apercebermos que, em caso de doença própria e grave, o primeiro recurso a procurar pelo familiar é um hospital público. Porquê? Porque qualquer hospital privado tem apenas resposta para sectores lucrativos. 

Todos sabemos que o investimento em equipamentos de recurso, dispendiosos para avaliar e/ou atenuar doenças súbitas menos comuns não se encontram nos hospitais privados.

Sabemos que vivemos numa sociedade aberta ao capital global privado. É bem-vindo, desde que não prejudique o esforço público estabelecido durante décadas. O capital privado não pode sabotá-lo, como forma fácil da sua afirmação.

Quem trabalha para o estado português não pode trabalhar para quem, na prática, o prejudica.

Pessoal de operação hospitalar tem de decidir: 

Ou exclusivamente público ou exclusivamente privado! 

Os impostos portugueses que financiaram a formação de pessoal hospitalar não foram pensados para financiar os objectivos - certamente lucrativos - do sistema privado.

Não pode haver qualquer tipo de acumulação de actividade profissional pública com privada e vice-versa. Há que optar!


sexta-feira, 17 de junho de 2022

Já considerou?

 Já considerou que:

            1 - Ninguém escolhe o seu local de nascimento?

            2 - Os pais que tem?

            3 - O país onde nasce?

            4 - A cor da sua pele?

            5 - A língua que falará?

            6 - A religião que aprenderá?

            7 - A escola que frequentará?

Porque julgarão uns que são superiores a outros, se são todos consequência do acaso do nascimento?



quarta-feira, 8 de junho de 2022

Em defesa da Democracia.


Numa breve passagem pelo mapa político do mundo, ressalta a fraca implantação democrática global.

Apenas 1, em 8 biliões de humanos vive numa Democracia funcional, sendo alguns sistemas democráticos fracos, muito mais semelhantes a ditaduras.

Um sistema nacional verdadeiramente democrático tem de assentar em 4 pilares independentes: Chefe de Estado, Governo, Parlamento e Sistema Judiciário.

Cada um destes poderes depende de sufrágio popular universal directo, em urna, realizado regularmente em intervalos de 4, 5 ou 6 anos. (Em urna, porque se informatizado, poderá ser pirateado e adulterado o seu resultado, sem haver forma de o detectar...).

Cada um deles deverá ter o seu âmbito de actuação bem definido e, em casos conflituantes, caberá ao Chefe de Estado estabelecer a melhor solução para o assunto.

Portugal apenas tem apenas 2 sufrágios populares directos em urna: Chefe de Estado e Parlamento. Os outros 2 órgãos de soberania, são designados indirectamente pela simples vontade do Primeiro-ministro um,  e o outro, resulta da soma de 17 nomes por parcelas: loby da justiça 7, o Parlamento 7, o Chefe de Estado 2 e o Presidente, eleito pelo plenário do STJ 1.

Como exemplo dos riscos da nomeação do Governo apenas pelo Primeiro-ministro aponto os casos conhecidos de Manuel Pinho ou de Paulo Núncio. 

No caso dos arranjos entre políticos para nomeação do topo do poder judiciário, parecem-me óbvias as alegadas doçura e eternização procedimental, quando crimes envolvendo políticos ficam ao abrigo de um sistema judiciário, por eles nomeado...

Em 2019 eram considerados democracias funcionais - não perfeitas - no mundo: Austrália, Canadá, Chile, Coreia do Sul, Israel, Japão, Taiwan UE, UK, Uruguai e USA.*

As restantes democracias sul-americanas e as africanas são consideradas deficientes e o resto do mundo autocracias, moderadas ou fortes.

Se dúvidas existissem, a qualidade de vida nas democracias funcionais é, globalmente, a melhor. Possibilitando aos seus cidadãos níveis de bem-estar e sensação de liberdade únicos no universo.

A prova estará no constante assédio migratório que ocorre desde a universal disseminação do telemóvel.

Daqui, a base da visão da minha política global:

Todas as democracias funcionais têm de se unir para demonstrar a sua mais-valia humana, vencendo propagandas internas autocráticas ou xenófobas, justificativas de guerras, massacres e destruição, assassinando jovens a quem é ordenado combater e desmoronando o futuro dos sobreviventes.

Porém, nunca colocando em causa o bem-estar e fortuna dos mandantes dessas tragédias.

As insuficiências apontadas às democracias funcionais por opositores, regra geral, sem compararem o muito que elas oferecem aos seus cidadãos, face ao quase nada facultado por outros sistemas é, no mínimo, faccioso, injusto e mal intencionado!


*https://www.poder360.com.br/internacional/estudo-mostra-onda-de-retrocesso-em-democracias-pelo-mundo/




terça-feira, 31 de maio de 2022

O salário mínimo.

O 25/04/74 trouxe ao país o salário mínimo (s.m.) obrigatório.

Será um valor tido como indispensável para sobrevivência digna de quem trabalha. 

De então até hoje, o s. m. transformou-se numa bitola para avaliar a maior ou menor qualidade de qualquer outro salário. 

(Excepto, claro, do salário máximo. Que não existe! Que sobe ao sabor da fantasia dos esquemas inventados por uma massa dirigente que o autodefine e justifica. Um país onde dirigentes empresariais apenas vêem o céu, como limite salarial. Os governantes, talvez pensando nos seus "amanhãs que cantam", "esquecem" moralizar hoje, o desplante dos que lhes vão trilhando caminho... ).

São conhecidos fortes movimentos reivindicativos em vários países da UE por melhoria dos respectivos salários mínimos. Por exemplo, em França, onde o s.m. é superior a 1.500€, trabalhadores conhecidos como "gilet jaunes" encontram-se em luta, há muitos meses e todos os fins-de-semana se manifestam fortemente.

Sabendo-se que os custos básicos são semelhantes em Lisboa e em Paris, o que motivará tão fortemente os "gilet jaunes"?

Um estudo comparativo sobre o preço dos bens não tão essenciais poderá ser a resposta: comprar ou alugar uma casa, o preço de um café, de uma cerveja, de uma refeição em restaurante, de um par de sapatos... Todos, em média, com preços superiores a 50% aos praticados em Portugal.

O problema que se depara aos salários mínimos mais elevados na Europa, não residirá tanto no custo dos produtos básicos (a nível de supermercado) mas, no custo dos produtos intermédios* lá, muito mais difíceis de alcançar do que cá, rasgando qualquer sonho de melhoria de qualidade de produtos consumidos a curto/médio prazo.


*https://www.expatistan.com/pt/custo-de-vida/pais/franca?currency=USD




quinta-feira, 26 de maio de 2022

Paz para a Ucrânia!

 

Que Putin é um assassino ninguém duvida. Desde adversários políticos a ex-cúmplices todos tentou assassinar com o veneno criado pela KGB, o Novichok.

Que Zelensky é um patriota, também me parece óbvio. Em nome de uma Ucrânia livre já tombaram milhares de ucranianos sob o seu comando, numa resistência historicamente heróica.

Mas o patriota Zelensky e o assassino Putin TEM DE encontrar um entendimento a curto prazo. Nem os sonhos imperialistas de Putin, nem o patriotismo absoluto de Zelensky podem perdurar, por mais que tal agrade aos vendedores de armamento.

É a fome e a economia global que já o impõem.

Já perderam a vida centenas de crianças, cidades arrasadas, vidas destruídas. 

É necessário encontrar rapidamente uma Paz aceitável por ambas as partes.

Para tal, para Putin, há que satisfazer o antigo desejo de todos os impérios (quando não existiam aviões ou mísseis...): Estabelecer territórios-tampão após as suas fronteiras territoriais e acesso ao Mar Morto. Para Zelensky assegurar a definição e segurança da fronteira russo-ucraniana, garantir a Paz.

Estes desejos poderão ser satisfeitos se:

1 - Zelensky entender e aceitar que a Ucrânia sem administrar o Donbass, continua a ser Ucrânia.

2 - Putin concordar em considerar o Donbass e a Crimeia como zonas intermédias, zonas ucranianas desmilitarizadas sob administração russa, até novo acordo entre as partes. (Alternativa: A Rússia compra à Ucrânia a região do Donbass, a Crimeia e a língua litoral de território que une as duas regiões.)

3 - Os portos de Kherson e Odessa são parte integrante e com continuidade territorial à Ucrânia.

Caso Zelensky insista em se continuar a se armar até impor uma derrota necessariamente humilhante a Putin, terá de enfrentar a responsabilidade do sacrifício da sua população, do futuro dela e o da economia ucraniana.

Caso Putin continue a agredir a Ucrânia arrisca a derrota, a consequente perda de poder, a revolta interna e o isolamento internacional da Rússia por muitos anos.


Todos os conflitos da História terminaram com a Paz!

O prolongamento desnecessário de conflitos foi um sacrifício medieval imposto às populações por tiranos, invariavelmente ricos e poderosos porém, incapazes de dirigir os seus povos no caminho do desenvolvimento e aceitação mútua.

Nem mais uma criança assassinada em nome da insanidade de Putin*!

Ou da de Zelensky**!


A fortuna de Putin:

*https://veja.abril.com.br/coluna/radar-economico/homem-mais-rico-do-mundo-o-misterio-em-torno-da-fortuna-de-putin/       

O offshore de Zelensky:

**https://www.occrp.org/en/the-pandora-papers/pandora-papers-reveal-offshore-holdings-of-ukrainian-president-and-his-inner-circle




sábado, 21 de maio de 2022

Civilizado não é amedrontado!

 

A grande maioria, melhor, a quase totalidade de nós fomos educados para falar baixo em público, respeitar os mais velhos, o próximo...

Entre a minoria à qual não ensinaram ou rejeitou aprender estes conceitos básicos de vida em sociedade, estão os que tiram partido da sua pobre atitude social para, perante a alheia "limitação" educacional , tirar proveito disso.

Entre eles, os (as) que estacionam em segunda fila, as (os) que provocam engarrafamento na rua porque estão a entregar os filhos no colégio, os (as) que passam à frente da fila "só para fazer uma perguntinha..."

Alguém educado, não tem de ser passivo! Não é irritar-se em silêncio e deixar "espertos" levarem a sua avante. É, antes, levantar a voz e envergonhar publicamente o autor da incivilidade. 

Talvez da próxima, esta pessoa pense duas vezes, antes de voltar a minorar terceiros. Enquanto o incivilizado conseguir o que pretende pelo triunfo da sua marginalidade, não irá parar e tenderá a agravá-la.

A polícia de rua é, normalmente, inútil nestas situações. Como sabemos, só flagrantes delitos consubstanciando crime, merecem a atenção de agentes da autoridade... A grosseria, a má-criação, a falta de civismo são, na prática, intocáveis.

Mas pior. Este tipo de gente atropelando uns e outros, consegue ir longe na sociedade e mesmo na política. 

Demasiados são os casos conhecidos de indivíduos - sem visão paradigmática, política global estratégica ou meros planos parcelares para objectivos que alegam vir a conseguir - treparem rapidamente a lugares de decisão máxima. 

Regra geral, assumem um papel desafiador, exibindo voz emotiva e forte, dizendo ser capazes de resolver rapidamente o que o eleitorado menos esclarecido pensa ser fácil e possível embora, políticos conhecedores desses assuntos saberem ser demorado e difícil.

São exemplos, em Democracia: Trump, Bolsonaro, Cameron ou Boris Johnson. De ambições ávidas, foram triunfando pela indiferença da maioria e pela ignorante cumplicidade de outros.

Recorrem a argumentação básica, inspirada em insatisfação e receios publicitados pelos media, por intuírem ser esse o caminho mais rápido e fácil para obterem votos necessários para atingir o poder. 

Uma vez lá, nada conseguem...! 

O prometido muro a dividir o México dos EUA, a redução do crime no Brasil, a chantagem sobre a UE e as datas sistematicamente adiadas para o Brexit, são exemplos da incapacidade de cumprir promessas por estes indivíduos. Falham também em atitudes públicas expectáveis, exigíveis e dignas de políticos e em cumprir aspectos práticos da governação.

Como diria Edmund Burke: "Para triunfo do mal, basta a indiferença dos bons".

E é por esse comportamento envergonhado, silencioso, indiferente e submisso das maiorias com sensibilidade positiva, que grandes civilizações do passado soçobraram, permitindo a entrada de novos poderes regra geral trauliteiros, vazios de ideias e visão de futuro. 

Seguiram-se 1.000 anos de Idade Média!...

Democracia ganha-se todos os dias. Actuar para manter a sua dinâmica, a sua mais-valia, a superior qualidade de vida dos seus cidadãos, é tarefa diária.


De todos!