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sexta-feira, 24 de março de 2023

A "crise" da habitação e o... betão.

Desde muito novo me pergunto, até hoje sem encontrar resposta convincente, porquê as casas em Portugal - desde o pós IIGMundial - são todas feitas em betão?

Esta pergunta-me surgiu-me após imagens devastadoras de um ciclone que tinha atingido, na década de 1960, a Florida e a Luisiana ns EUA. O trilho deixado pelo ciclone tropical era de catástofre. Onde havia casas parecia ter havido guerra, arrasando as habitações até ao solo. Todas em madeira...

Porque não construirão os habitantes da Florida e da Luisiana casas em betão e evitam esta destruição?

Anos se seguiram com mais destruições regulares provocadas por ciclones e, os habitantes atingidos reconstruiam as suas habitações em... madeira. E hoje ainda, continuam...

Tentei encontrar a razão. E creio que o consegui. O preço por m2 de uma casa em madeira é aproximadamente 1/4 do preço da área equivalente, em betão.*

Tendo os EUA a maior economia do mundo, porquê a sua população se contenta com moradias baratas mas, em Portugal que, em 2020, era a 48ª economia mundial, num espaço geográfico sem ciclones e clima ameno, todos têm de habitar casas em betão?

Porquê o estado português, não estuda e implementa o mesmo cojunto de apoios a quem pecisa de casa rapidamente, com base em custos muito mais baixos? Não apenas as casas em madeira, mas também casas em contentores adaptados...**

Se está em causa ajudar famílias sem casa, devem ser estudadas soluções económicas. Ou será que em nome destas famílias se pretende de facto ajudar a quem vive da construção em betão e que, por debaixo da mesa, "ajuda" decisores a viver melhor?

Se a dificuldade está nos transportes para os grandes centros urbanos, a resposta estará na extensão da rede de metro, por superfície - como é feito em muitas economias avançadas - para tornar mais rápido e fácil o acesso a aglomerados populacionais mais distantes.

O estado não pode estar refém, sempre, do interesse dos mesmos lobbies. 

Há uma população a governar! Para tal foram feitas eleições, tidas como democráticas.

E, que eu recorde, ninguém elegeu governantes para satisfazer, principalmente, lobbies do betão.


https://www.google.com/search?q=casa+de+madeira+pr%C3%A9-fabricada+pre%C3%A7os&authuser=1&sxsrf=AJOqlzXmtRk31UxW32Hpn7HD2sQvA7qtsg%3A1679596346206&ei=OpscZJf5C5yfkdUPkvOCmAs&oq=prefabricado+madeira+contentores+4+quartos&gs_lcp=Cgxnd3Mtd2l6LXNlcnAQARgFMgoIABBHENYEELADMgoIABBHENYEELADMgoIABBHENYEELADMgoIABBHENYEELADMgoIABBHENYEELADMgoIABBHENYEELADMgoIABBHENYEELADMgoIABBHENYEELADSgQIQRgAUABYAGDkN2gBcAF4AIABAIgBAJIBAJgBAMgBCMABAQ&sclient=gws-wiz-serp


**  https://www.idealista.pt/news/imobiliario/habitacao/2022/08/05/53282-casas-em-contentores-versatilidade-e-rapidez-de-execucao



domingo, 19 de março de 2023

Ciência política...

 

    A quase todos nós foi ensinado ser ciência uma tese, aceite após ter sido colocada a hipótese e esta ser submetida a experiência conclusiva. Ou seja, a nada se poderá chamar ciência sem que antes tenha sido submetida a prova completa e fundamentada.

    De algum tempo a esta parte, tem sido comum ouvir apelidar de ciência a meras hipóteses, algumas roçando o absurdo, sem qualquer experiência conclusiva particularmente em domínios sobre economia, comportamento humano ou dele dependentes.

    A mais risível definição de ciência que ouvi até há poucos anos, foi a de comunismo "científico" muito em voga em Portugal, nos anos que se seguiram ao 25-04-1974. 

    Pessoas palavrosas mas com dificuldade em pensar, ecoavam de forma altisonante o dito por uma internacional intoxicante a qual, à semelhança dos liberais económicos actuais, tentavam à época dar o poder global a pequenos e ultraprivilegiados grupos, não tendo o mínimo de consideração pela liberdade política e económica da quase totalidade dos indivíduos.

    A população, a prazo, entenderá que os esquemas ambiciosos de grupos que por outras formas em outros tempos, tentaram limitar as pessoas, condicionando o seu pensamento com utopias, os seus movimentos com fronteiras internas e externas, posse plena dos seus bens e mesmo, conduzindo filhos e netos para guerras cujo proveito era, e é, exclusivamente de quem para lá os enviou e amigos.

    Estes grupos não podem ser admitidos, muito menos, em sistemas que se querem democráticos, por mais científicos que se afirmem...

    O sistema de eleições legislativas a duas voltas, é o mais indicado para os nossos impostos, o orçamento do estado, não ter de pagar a pessoas para quem, ser deputado, é apenas uma forma de melhorar o seu estatuto social. Este sistema eleitoral evita governos minoritários com risco de queda anual, alianças pós-eleitorais com chantagem regular das minorias sobre a maioria logo, desperdício de esforços financeiros e consequente contorno de reformas estruturantes que desagradem a minorias.

    Em política, científico é o resultado da experiência que a História nos ensina sobre a passagem de certas pessoas e grupos pelo poder. 

    Há que separar, filtrando, quem quer de facto, o bem de todos de quem quer, principalmente, o seu! Qual o histórico das filosofias políticas adoptadas por pessoas e grupos ao serviço dos povos. 

    Para que os grandes males da História se não repitam. 

    Ainda que a designação dos grupos que os provocaram seja outra.




    

sexta-feira, 17 de março de 2023

Follow the money...

Em todas, ou quase, as investigações criminais as polícias têm um antigo lema: Follow the money...

É tido como principal móbil do crime, o dinheiro. De facto bastará que atentemos nos casos de crime conhecidos e, confirmaremos que o vil metal é quase sempre o seu motivo.

Nas décadas que se seguiram à de 70 do século passado, a Banca ostentava lucros de centenas milhões e biliões, consoante a dimensão dos seus componentes. Da loucura à vertigem, considerando o aumento dos lucros desígnio imparável da Banca, provocaram um memorável crash financeiro.

Até 2020, em consequência das asneiras que tinham produzido, a inflação esteve historicamente baixa e, claro, os lucros da Banca também.

Mas qual o melhor dos mundos para estes senhores: Este, ou o das épocas gloriosas dos finais do último século?

Com a desculpa da guerra na Ucrânia e do fim da covid19, vá de catalisarem os seus amigos empreiteiros de construção civil a, por todo o mundo ocidental, provocarem um aumento generalizado do preço das casas sob a forma de venda ou arrendamento, arrastando o Ocidente para mais uma subida da inflação durante a qual, os lucros da banca voltam aos bons velhos tempos das centenas de milhões ou bilões, como observamos.

Basta ver quem ganha, estúpida e imerecidamente, com o crime...

Follow the money...

Qual será o castigo, para este crime aparentemente difuso, mas com óbvios mandantes?



segunda-feira, 13 de março de 2023

Pedófilos...

Obviamente a prática de pedofilia é um crime.

Obviamente deve ser proibida a sua prática.

Obviamente deve merecer o mais alto repúdio qualquer ação pedófila, particularmente, se praticada por quem a todos devia defender e apoiar, designadamente o clero.

Mas...

Será que um indivíduo é pedófilo por opção? Ou será que desde sempre se sentiu  atraído por crianças?

Qual a efectiva responsabilidade de um pedófilo quando responde ao seu impulso sexual?

Na minha opinião só pode ser culpabilizado por desconhecimento da existência de tratamento* e medicação inibidora** da sua libido, não a querer tomar ou por não ter poder financeiro para a adquirir.

E aqui passo a responsabilidade criminal toda para o aparelho de estado!

Porque não apoia, não controla, não se impõe, enfim, não gere este problema? 

Limita-se a encará-lo como crime, colocar - de tempos a tempos - alguns pedófilos na prisão e deixa andar uma situação que o estado bem podia tentar atenuar.

A prisão não evita que qualquer pedófilo volte a praticar o "crime" de pedofilia só por ter sido preso...

O estado pode e deve, tentar travar esta sexualidade. Há meios para isso! 

Tem de haver leis obrigando os pedófilos conhecidos a inibirem a sua actividade e só depois, se estes o negarem, considerarem a limitação de liberdade.


*https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/dist%C3%BArbios-de-sa%C3%BAde-mental/parafilias-e-transtornos-paraf%C3%ADlicos/pedofilia

**https://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/06/pedofilos-descrevem-efeito-de-medicamentos-antilibido.html


domingo, 5 de março de 2023

Um Paraíso na Terra

 Aqui está um paradigma digno de um teórico activo: Um Paraíso na Terra!

Alguém com grandes possibilidades de entrar na política, atrair apoios, chegar ao Poder e, uma vez lá, converter o Paraíso prometido em Inferno vivido, onde ele, rapidamente se transforma em Diabo.

Rico, claro. Mas Diabo.

Quando os políticos portugueses são acusados de corruptos, tenho um pensamento reflexo: "Então, e os outros?" 

De facto, não existe nenhum governo nos cerca de duzentos países do mundo, que não possa ser acusado de corrupção parcial ou total. Claro que a banalização deste crime, não o torna normal ou, muito menos, inevitável ou sequer aceitável. 

Porém, compete-nos a todos EVITAR a corrupção entre nós, e claro, entre políticos.

Até hoje, só um instrumento será capaz de fazer temer potenciais corruptos: o polígrafo.

Para alcançar qualquer lugar de decisão, um candidato deve ser sujeito a teste por este equipamento. E, a partir da tomada de posse, fa-lo-á anualmente ou sempre que motivos fortes suspeitos surjam, como sejam documento(s), denúncia fundamentada ou outra igualmente preocupante.

Tal como a todos nós, no nosso dia-a-dia, são aplicados controladores - câmaras de vídeo, impressões digitais, leitores oculares, alcoolímetros, radares... - escapa-me a razão porque um detector electrónico não é ainda aplicado a cargos de decisão, especialmente os ocupados por políticos eleitos ou designados e financeiros - sem excepção - responsáveis pela gestão de valores superiores a 100 milhões de euros.

Certamente qualquer político ou financeiro poderá prejudicar, sozinho, a sociedade, mais seriamente do que a quase totalidade de nós, ainda que associado em grupo...



sexta-feira, 3 de março de 2023

Sobrepopulação mundial.

 A China irá, em breve, ser ultrapassada pela Índia no total dos seus cidadãos. Não porque a Índia tenha feito alguma coisa nesse sentido. Apenas a China entrou em patamar demográfico o que, se compararmos ao sucedido a Ocidente, é sintoma de um futuro próximo com decrescente populacional acentuado, pela redução da taxa natalidade versus aumento da esperança de vida, sem imigração expectável.

Apesar do governo chinês ter abolido a sua regra "um só filho por casal" que vigorou entre 1980 e 2015, e actualmente, desde 2021, permitir 3 filhos por casal, nos últimos cinco anos a população chinesa continuou a diminuir.

A China começou a sentir o "preço" de educar - e não apenas criar - filhos, as mães terem acesso ao controlo da natalidade e a esperança de vida aumentar. E o que acontece agora à China, acontecerá com a Índia na justa medida que as famílias indianas assumam a necessidade de educar filhos, ter maior acesso a medicamentos e tratamento hospitalar.

Ou seja, sofrerão o mesmo "mal" social do Ocidente capitalista, que retoricamente detestam, mas que se torna inevitável à medida que aos povos seja possibilitada a escolha entre educação ou ignorância, saúde ou doença, vida ou morte.  

O mundo terá, segundo a ONU, cerca de 2100 um máximo de 11.000 milhões de humanos e a partir de então, entrará em patamar e depois decrescerá.

Ficará assim atenuada, a prazo, a poluição no planeta. Menos humanos, menor poluição, maior disponibilidade de recursos naturais.

O mundo terá razão para acreditar nas previsões da ONU: Baseiam-se nas certezas fornecidas por descobertas científicas e no tradicional comportamento humano.

Aposto que todos aqueles que agora vociferam contra as "alterações climáticas", poluição e delapidação de recursos naturais - mas que nunca emitiram um só som contra a sobrepopulação do planeta - caso por cá continuassem em 2150, gritariam: "Vencemos, vencemos"... 

Como se qualquer cura passasse por debelar sintomas de doença. Mas é o que temos, insistentemente, ouvido...


sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

A estratégia antidemocrática dos media.

Há cerca de duas semanas, diariamente, o Correio da Manha (CM) lança um escândalo no Governo.

Primeira página e ecos corrosivos em tudo o que é media. Aliás, os media nunca falam de política governativa mas só nos podres dos seus executantes... 

Divulgar, comentar, sugerir, comparar, inferir... Nem pensar. Isso não é jornalismo. Jornalismo será, apenas, vender veneno. Veneno e publicidade é o que os leitores gostam, consomem e merecem.

Claro estará, tudo de irregular ou criminoso praticado por eleitos ou indivíduos por eles designados, deve vir a público mas por investigação do Ministério Público e posterior julgamento.

Os media, nos sistemas democráticos, dirigem a liberdade de imprensa para os esgotos da libertinagem, perseguição e comercialização típica das sociedades comerciais privadas, que o são, com um objectivo exclusivo: lucro.

Duas questões: 

- A corrupção só começou agora? Onde estavam os media nos últimos 50 anos? 

ou

- A corrupção sempre existiu e aos donos (accionistas) dos media não interessava o seu conhecimento?

A opinião pública está mais alerta agora? Mas quem a alerta? Não são os media, na medida em que isso lhes interessa ou seja, lhes dá dinheiro legal e, quem sabe, dinheiro por debaixo da mesa?

Porquê os escândalos propaladíssimos nos corredores políticos e jornalísticos, antes de serem conhecidos pela opinião pública, no BPN, BES, BCP, Banif que custaram aos nossos impostos mais de 20.000 milhões de euros, só mereceram intervenção jornalística após entrada em acção do MP?

Mas os escândalos da Alexandra Reis, do Miguel Pinho, do Miguel Alves... que, no conjunto, não atingem 1 milhão de euros, são alvos de perseguição diária, telejornais, comentários aventureiros e especulativos de colegas jornalistas... enfim, um festim de matilha.

Esta corrosão sitemática, em quê ajuda o sistema democrático?

Acaso os media, com a sua conveniente interpretação de liberdade de imprensa, ajudam a estabilizar, moralizar ou credibilizar a Democracia?

Porque não fazem eles campanha pela submissão obrigatória anual de políticos eleitos e nomeados, a um polígrafo digital?

De que tem eles medo? Que submetam ao polígrafo também jornalistas?

E eu a pensar que quem divulgava mentiras eram só as, novas, redes sociais...