segunda-feira, 28 de julho de 2025

O país do Dunning-Kruger

Os US parecem merecer o epitáfio de DK land (Terra de Dunning-Kruger).
Mas porquê Dunning-Kruger (DK)?
O efeito de DK é uma deriva de percepção comum a pessoas com poucos conhecimentos numa área específica, garantem certezas, enquanto os verdadeiros especialistas nessa matéria mostram dificuldades em as afirmarem como tal.

Basicamente, pessoas que sabem pouco sobre um assunto tendem a afirmar que sabem muito, e pessoas que sabem muito sobre esse mesmo tema tendem a achar saberem menos do que realmente sabem. 

As certezas dos 70 milhões eleitores de Trump serão vítimas de ignorância política inflamada porém, capazes de matar - como já o fizeram - por ele.

Já aqueles que votaram Kamala, percebem bem que política é mais do que ditos jocosos, acusações inconsequentes ou negócios pessoais no poder...

Infelizmente, os atingidos pelo Dunning-Kruger estão espalhados pelo mundo e são cada vez mais...







sábado, 26 de julho de 2025

Imigrantes e saúde


Não só em Portugal como em toda a Europa, algumas doenças que  ao longo dos anos os europeus foram erradicando, surgem de novo.

É natural, porque nas origens da imigração que a Europa atualmente acolhe, essas doenças são endémicas por  nesses países, os sistemas de saúde serem frágeis ou inexistentes.

A questão que me espanta é: os governos, tão preocupados estão na quantidade de imigrantes que os países acolhem mas, desinteressam-se pela saúde dos mesmos no caso, da vacinação básica.

Qualquer pedido de permanência na Europa só deve ser autorizado após a existência de um boletim de saúde com vacinação actualizada, em nome do requerente.





quinta-feira, 24 de julho de 2025

Futebol


Recordo — com saudade e sem ironia — os tempos em que o SLB e o FCP conquistavam a Europa.

As equipas mantinham os jogadores durante anos, como quem cultiva uma vinha: com tempo, paciência e amor à camisola.

Os adeptos iam ao estádio, compravam bilhetes e, imagine-se, sustentavam os clubes com a sua paixão.

Hoje é outro o campeonato. Literalmente.
Mais de trinta anos depois, os títulos europeus são lendas contadas aos netos.

Os jogos? Estão todos na TV, embrulhados em horas de programas onde ex-jogadores viram filósofos, os canais perseguem autocarros como se fossem carruagens reais e onde se discute, com ar sério, quantas vezes um lateral pisca o olho antes de cruzar.

Os grandes protagonistas? 

Já não são os craques. São os intermediários!

Vendem sonhos, compram ilusões e levam comissões.

Muitas...!

Têm carteiras cheias, clubes com dívidas e uma fé inabalável: a de que a torneira, da alienação, nunca secará...

Há emblemas que trocam de equipa como quem troca ilusões: Uma nova a cada semana.

O dinheiro corre veloz, muitas vezes em direção a sítios onde o sol brilha mais... e os impostos menos.

Gosto de futebol. Ainda.
Do jogo, da bola, do grito espontâneo.

Agora, apaixonar-me por este circo financeiro? 

Obrigado, mas passo. 

Prefiro um jogo entre amigos. Sem VAR...
















domingo, 20 de julho de 2025

Todos comentam...



Toda a gente comenta...
Mas poucos condenam devidamente Ricardo Leão.

Leão é culpado! Não por deitar barracas abaixo mas, POR TER DEIXADO CONSTRUÍ-LAS.

A fiscalização da C.M. Loures deve responder pela omissão, cumplicidade e desleixo na fiscalização dos terrenos do Talude, nos quais deveria saber não ser permitida qualquer construção.

A solução do problema:

Os cerca de mil pedidos de habitação social que Loures, e em muitas outras regiões do litoral do país também têm, parecem ter solução rápida, económica e eficaz.

Claro que não agrada ao loby da construção civil  que, aparentemente, dirige as intenções de investimento governativo e autárquico para habitação. 
Principalmente por isso, temo pela sua pacífica e lógica aceitação.

Existem, em Portugal, casas - vivenda - pré-fabricada, T3, à venda por menos de 40.000€. 

Um terreno público e transportes fáceis, permitiriam à maioria das famílias uma vida e habitação dignas, por custos mínimos, muito distantes das atuais.

A garantia de pagamento da renda ao município seria dada pela entidade patronal do inquilino - suportada por seguro colectivo - através de desconto direto no salário deste, até atingir o total agora pago pelo município, incluindo juros de lei, até ao momento em que totalizasse o custo da casa.

Porque não acontece? 

Provavelmente porque a venda de um apartamento T3 nos arredores de qualquer centro urbano, ainda que de construção "social" custará, no mínimo, 200.000€ à câmara que o adjudicar.

-Adivinhem quem ganha brutalmente com isto? 

-O que obrigará as câmaras a nunca considerarem pré-fabricados?

-Porquê o programa eleitoral de qualquer força política concorrente às autarquias, nunca apresenta o montante de verbas previstas para investimento em habitação social?









sábado, 19 de julho de 2025

TAP versus SNS

 


É do conhecimento geral que "salvar" a Tap implicou uma injeção de 3.200.000.000 €, há alguns meses atrás.

Há cerca de um mês, inaugurou-se um hospital público em Sintra, com construção iniciada há oito anos o qual, segundo vários media, custou 82.000.000 €.

Facilmente se conclui que salvar a Tap custou aos portugueses 39 novos hospitais...

E se esta é importante para manter ativas vários pequenos negócios privados, sem dúvida 39 hospitais seriam inestimáveis para manter vivas e saudáveis milhares de pessoas que pagam, descontando durante toda a vida, para terem assistência médica e tal parece ser caro...


A desculpa oficial de que "não há médicos" é de um cinismo atroz:

Eles existem mas imigram - frequentemente - para o UK para a Alemanha e para hospitais privados nacionais, sem que qualquer destas entidades pague a formação desses clínicos suportada pelos impostos dos portugueses sem qualquer alternativa pecuniária equivalente.

O governo português poderia, se estivesse empenhado, do mesmo modo, recrutar médicos da Europa de leste, América do Sul, Cuba ou África. 

Mas não o faz, provavelmente para não prejudicar interesses privados da saúde que, obviamente, lucram com o deficiente funcionamento do SNS e com o recrutamento gratuito de jovens médicos sem pagarem a formação.

Nunca entenderei porque jovens licenciados em medicina, não pagam aos impostos dos portugueses - por exemplo com empréstimo bancário, facilmente amortizável face aos elevados vencimentos que irão auferir - o montante investido na sua formação e do qual não irão ter qualquer contrapartida.


Ser eleito pelos votos dos portugueses para estar no governo a proteger interesses de negócios privados, à custa dos impostos pagos pelos próprios portugueses, parece-me de um cinismo imperdoável digno do período medieval.






Pib da UE.

Em 2024, o pib da União Europeia (UE) foi de $19.423 biliões, €16.669 biliões.

Deste valor, 30% são destinados à Política Agrícola Comum.

Quando em 2035 e anos seguintes, a UE pagar à Nato 3,1% do seu pib anual, entregar-lhe-á €516.739 milhões por ano.

Os 1,9% para completar os 5%, acordados para 2035, serão em investimento militar interno, e montam a €316.711 milhões.

Dos €516.739 milhões calcula-se que 60%, 310.043 milhões, serão destinados a comprar aos US material bélico por não haver no mundo fornecedores dos mesmos tipos de equipamento de ponta em quantidade, qualidade e rapidez de entrega.
6 das 10 principais fábricas de material bélico do mundo pertencem aos US.

Este o "negócio" de Trump...

Pergunta-se agora onde serão cortadas as verbas que suportarão estes valores.

Aparentemente, na coesão (Fundos estrurais) e agricultura.

A Portugal - que apenas investe  dinheiro da Coesão desde finais do século passado, em 2024 investiu os 3.494 milhões oriundos da UE, que representaram - em média - 85% de todos os projectos, mais 15% de contrapartida nacional em empréstimos bancários, €524 milhões, estes aumentando a dívida externa.

Também receberemos menos da (PAC), 2.300 milhões de euros em 2024.

No total terá reflexo sobre os lucros da construção civil (o que implicará desemprego, principalmente imigrante), da banca e grandes agricultores, essencialmente.




quinta-feira, 17 de julho de 2025

A Divisão entre Ensinar e Educar: Um Debate Necessário



A Divisão entre Ensinar e Educar: Um Debate Necessário

Esta questão antiga, cara a muitos professores, merece uma análise cuidadosa. 

A ideia tradicional de que o professor ensina e a família educa é simplista e problemática.


O Papel do Professor: Os professores, que dedicam suas vidas às crianças, devem, sem dúvida, ensinar as matérias para as quais se prepararam. 

No entanto, ignorar o papel da educação na formação integral do aluno é um erro. 

A educação abrange valores, comportamentos e a formação do caráter, aspectos que transcendem a mera transmissão de conhecimento.


O Papel da Família: 

A responsabilidade da família na educação dos filhos é inegável.

Famílias com competências e recursos podem contribuir significativamente para o desenvolvimento integral da criança. 

Mas, e as famílias que não possuem tais recursos ou competências?


O Desafio da Disciplina: 

O clima libertário instalado em muitas escolas após 1974, aliado às dificuldades emocionais inerentes à adolescência, contribuiu para uma crise crónica de disciplina. 

Cinquenta anos depois, é imperativo que se encontre um equilíbrio entre a liberdade e a disciplina necessária ao aprendizado.


Soluções Propostas: 

A indisciplina escolar não é um problema homogéneo; possui focos específicos. 

Uma solução possível seria implementar um sistema de pontuação que contemple tanto o comportamento quanto o desempenho académico.

Uma caderneta social, além da caderneta académica, registrará comportamentos perturbadores, mas também ações cívicas positivas que possam compensar os comportamentos negativos.

Estas ações seriam definidas pelo conselho de disciplina, levando em conta as necessidades funcionais da escola e a dificuldade presumida da ação cívica.


Conclusão: A dicotomia entre ensinar e educar é artificial.

Professores e famílias devem trabalhar em conjunto, criando um ambiente propício à aprendizagem e ao desenvolvimento integral da criança. 

Um sistema de avaliação que contemple e premeie a dimensão social do comportamento contribui para uma educação mais completa e eficaz.


Descaramento...!

Desde que a internet nasceu a banca terá sido o principal beneficiário das facilidades que esta trouxe. Desde tranferências de ...