É do conhecimento geral que "salvar" a Tap implicou uma injeção de 3.200.000.000 €, há alguns meses atrás.
Há cerca de um mês, inaugurou-se um hospital público em Sintra, com construção iniciada há oito anos o qual, segundo vários media, custou 82.000.000 €.
Facilmente se conclui que salvar a Tap custou aos portugueses 39 novos hospitais...
E se esta é importante para manter ativas vários pequenos negócios privados, sem dúvida 39 hospitais seriam inestimáveis para manter vivas e saudáveis milhares de pessoas que pagam, descontando durante toda a vida, para terem assistência médica e tal parece ser caro...
A desculpa oficial de que "não há médicos" é de um cinismo atroz:
Eles existem mas imigram - frequentemente - para o UK para a Alemanha e para hospitais privados nacionais, sem que qualquer destas entidades pague a formação desses clínicos suportada pelos impostos dos portugueses sem qualquer alternativa pecuniária equivalente.
O governo português poderia, se estivesse empenhado, do mesmo modo, recrutar médicos da Europa de leste, América do Sul, Cuba ou África.
Mas não o faz, provavelmente para não prejudicar interesses privados da saúde que, obviamente, lucram com o deficiente funcionamento do SNS e com o recrutamento gratuito de jovens médicos sem pagarem a formação.
Nunca entenderei porque jovens licenciados em medicina, não pagam aos impostos dos portugueses - por exemplo com empréstimo bancário, facilmente amortizável face aos elevados vencimentos que irão auferir - o montante investido na sua formação e do qual não irão ter qualquer contrapartida.
Ser eleito pelos votos dos portugueses para estar no governo a proteger interesses de negócios privados, à custa dos impostos pagos pelos próprios portugueses, parece-me de um cinismo imperdoável digno do período medieval.
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