quarta-feira, 8 de outubro de 2025

A vitória do mais energúmeno terror !

Queiramos ou não, a lógica terrorista venceu.

Compensa - de facto - ter comportamentos desumanos, repugnantes e selvagens em política.

O século XII raptando e chantageando cidadãos do século XXI, venceu...!

Muitos mais actos terroristas em nome de Allah, subsidiados e perpetrados por teocracias e monarquias medievais irão acontecer, porque vencem...

Lapidação, misogenia e homofobia continuarão a ser  causas próximas para hostilizarem os sistemas onde vivemos e que agora se curvam, em nome de crianças de hoje mas indubitáveis terroristas no futuro, em nome de Allah, claro.

Esperemos que as mentes sensíveis de hoje, tenham corpos mais robustos para suportar sevícias em nome de uma lei que hoje dizem desconhecer porém, os condenará e mutilará amanhã, talvez aplicada pelas mesmas crianças que tanta pena hoje lhes motivou...



English:

Like it or not, terrorist logic has won.

It pays to have inhumane, repugnant, and savage behavior in politics.

The 12th-century kidnapping and blackmailing of 20th-century citizens has won...!

Many more terrorist acts in the name of Allah, subsidized and perpetrated by medieval theocracies and monarchies, will occur. It pays...

Stoning, misogyny, and homophobia will continue to be the proximate causes of the distant, bloodthirsty systems to which the West has bowed.

In the name of children today, undoubtedly terrorists of tomorrow, in the name of Allah, of course.

Let us hope that today's sensitive minds have more robust bodies to endure abuse in the name of the law they claim to know nothing about, but which will condemn and mutilate them tomorrow, who knows, applied by children who deserves so much sorrow for them now...





segunda-feira, 6 de outubro de 2025

O tempo e a lei.

​Embora os fundamentos venham da Antiguidade, a estrutura e os princípios orientadores da maioria dos quadros penais ocidentais vigentes, surgiram principalmente a partir da segunda metade do Século XVIII, consolidando-se no Século XIX.


Face aos castigos medievais - ainda comuns em demasiados países - as lógicas iluministas moderaram alguns e eliminaram outros castigos então e hoje ainda, considerados repugnantes como a pena de morte.

Esta é uma área com dados estatísticos importantes e, frequentemente, com debates intensos nos EUA.

​As principais diferenças estatísticas observadas entre os estados dos EUA que têm a pena de morte e os que a aboliram estão relacionadas às taxas de homicídio e à aplicação real da pena.

​A principal diferença estatística observada é a seguinte:

Estados sem Pena de Morte: 

De acordo com dados do FBI (Bureau Federal de Investigação) e análises estatísticas, os estados que não têm a pena capital geralmente apresentam taxas de homicídio mais baixas do que os estados que a aplicam.

Estados com Pena de Morte: 

O índice de homicídio nesses estados tem sido, em média, significativamente maior (em algumas análises, de 48% a 101% maior) do que nos estados que aboliram a pena de morte.

​Essa estatística sugere, para muitos especialistas, que a pena de morte não serve como um fator de dissuasão (desencorajamento) único ou mais forte do que a prisão perpétua.

As taxas de homicídio aumentam e diminuem de forma semelhante em ambos os grupos de estados, o que leva à conclusão de que outros fatores – como demografia, desemprego, investimento em policiamento, promotores e prisões – tendem a influenciar mais a criminalidade violenta do que a existência ou não da pena capital.

​Embora a pena de morte seja legal em muitos estados, a sua aplicação real é limitada e desigual.

Concentração de Execuções: 

A grande maioria das execuções nos EUA ocorre em um pequeno número de estados, sendo o Texas historicamente o líder, seguido por outros estados da antiga Confederação (Sul dos EUA).

Abolição e Raridade: 

Alguns que mantêm a pena capital, raramente a aplicam ou sentenciam alguém à morte. 

No total, cerca de 15 estados e o Distrito de Colúmbia a aboliram, e mesmo entre os que a mantêm, muitos raramente a executam.

Sentenças Alternativas: 

O aumento da opção de prisão perpétua sem direito à liberdade condicional tem levado a uma redução no número de sentenças de morte nos últimos anos, pois oferece às famílias das vítimas uma condenação definitiva sem os longos anos de apelação judicial típicos dos casos de pena capital.

​Em resumo, as estatísticas mais notáveis são: os estados sem a pena de morte tendem a ter taxas de homicídio mais baixas e que, nos estados que a mantêm, a aplicação da penalidade é muito concentrada e desigual.


English:

Although the foundations date back to antiquity, the structure and guiding principles of most current Western penal frameworks emerged primarily from the second half of the 18th century, consolidating in the 19th century.

In light of medieval punishments, enlightenment thinking moderated some and eliminated others then and still today considered repugnant, such as the death penalty.

This is an area with important statistical data and often heated debate in the US.

The main statistical differences observed between US states that have the death penalty and those that have abolished it, are related to homicide rates and the actual application of the penalty.

The main statistical difference observed is as follows:

States without the Death Penalty:

According to FBI data and statistical analyses, states that do not have the death penalty generally have lower homicide rates than states that do.

States with the Death Penalty:

The homicide rate in these states has been, on average, significantly higher (in some analyses, 48% to 101% higher) than in states that have abolished the death penalty.

This statistic suggests, to many experts, that the death penalty does not serve as a unique or stronger deterrent than life imprisonment.

Homicide rates rise and fall similarly in both groups of states, leading to the conclusion that other factors—such as demographics, unemployment, investment in policing, prosecutors, and prisons—tend to influence violent crime more than the existence or absence of the death penalty.

In summary, the most notable statistics are that states without the death penalty tend to have lower homicide rates, and that in states that retain it, application of the penalty is highly concentrated and uneven.





sábado, 4 de outubro de 2025

308 municípios.

O número de 308 concelhos (ou municípios) em Portugal é, acima de tudo, o resultado de um longo processo histórico, consolidado no século XIX após as reformas liberais, e que se manteve relativamente estável desde então.

Não existe um único "racional" matemático ou geográfico moderno que justifique este número exato, mas sim uma combinação de fatores históricos, políticos e culturais que o mantiveram ao longo do tempo.

Fatores que Justificam o Número Atual de Concelhos:

Herança Histórica e Estabilidade Pós-Liberal
O número atual (308) é um resquício da grande reforma administrativa levada a cabo pelo Liberalismo no século XIX.

Reforma de Passos Manuel (1836): 
Esta reforma, que se seguiu à de Mouzinho da Silveira, reduziu drasticamente o número de concelhos (que eram mais de 800) para cerca de 351, com o objetivo de criar circunscrições municipais maiores e mais viáveis.

Consolidação: Após esta redução inicial, o mapa municipal sofreu poucas alterações significativas. O número oscilou entre o mínimo de 268 (em 1853) e o máximo de 351, fixando-se progressivamente num patamar próximo ao atual, por força da estabilidade política e da resistência local a novas extinções.

A Importância da Autarquia Local:
Os concelhos (municípios) são a principal autarquia local em Portugal, consagrada na Constituição (art. 235º), e representam o nível de administração mais próximo do cidadão.

Proximidade e Identidade: 
A manutenção de 308 municípios reflete a forte identidade local e o enraizamento histórico da população. A extinção de um concelho é frequentemente vista como a perda de autonomia e de identidade da comunidade.

Descentralização: 
O município é o instrumento primário da descentralização do Estado, com órgãos próprios (Câmara e Assembleia Municipal) que visam a promoção dos interesses próprios das populações respetivas.

Dimensão Geográfica e Populacional (Contexto Europeu):
Embora 308 possa parecer muito para a dimensão de Portugal, na comparação europeia, os municípios portugueses são, em média, relativamente grandes.

População: 
O município português médio tem cerca de 34 mil habitantes, muito acima da média da União Europeia (cerca de 5 mil habitantes por município). Portugal ocupa a 7.ª posição na UE em termos de número de habitantes por município.
 
Território: A área média de um município português (cerca de 300\km²) é seis vezes maior do que a média territorial na UE (cerca de 52\km²).
Isto sugere que, ao contrário de outros países europeus que fizeram grandes fusões municipais nas últimas décadas para ganhar escala, Portugal já possui municípios com uma dimensão considerável, o que diminuiu a pressão para reformas mais radicais.

O Debate sobre a Racionalização do Mapa:
Apesar da estabilidade, o número de concelhos é frequentemente alvo de debate. 
O argumento a favor da sua redução baseia-se na grande disparidade entre municípios.

Disparidade Extrema: 
Alguns municípios como Lisboa, Sintra e Vila Nova de Gaia têm mais de 300 mil habitantes, enquanto 15% do total (cerca de 49) têm menos de 5 mil habitantes.

Viabilidade Financeira e de Gestão: 
Os concelhos muito pequenos e com pouca população enfrentam, por vezes, maiores dificuldades na gestão dos serviços públicos e no aproveitamento de economias de escala.
Contudo, qualquer tentativa de alterar este número esbarra na resistência política e social, mantendo-se 308 concelhos como o mapa administrativo oficial de Portugal.

Será difícil entender com os transportes, telecomunicações, auto-estradas actuais, continue o OE a alimentar 308 estruturas administrativas, na sua esmagadora maioria, impossíveis de suportar pelo valor colectado aos impostos locais...

Qual a lógica de manter inalterável uma decisão do século XIX?


O número de vereadores numa Câmara Municipal em Portugal não tem um valor fixo, mas sim um intervalo que depende do número de eleitores do respetivo município.
O número mínimo e máximo, excluindo as situações especiais de Lisboa e Porto (que têm 16 e 12 vereadores, respetivamente), seguem a seguinte regra:
 - Mínimo: 4 vereadores nos municípios com 10.000 ou menos eleitores.
  - Máximo: 10 vereadores nos municípios com 100.000 ou mais eleitores.

Estrutura por Número de Eleitores
A constituição da Câmara Municipal (que inclui o Presidente e os restantes Vereadores) é definida pela seguinte tabela:

Número de Eleitores, Número de Vereadores 
10.000 ou menos eleitores, 4
Mais de 10.000 e até 50.000
eleitores 6
Mais de 50.000 e menos de 100.000 eleitores 8.
100.000 ou mais eleitores 10.

Nota: Em Lisboa e Porto, o número de vereadores é de 16 e 12, respetivamente.

O Presidente da Câmara é sempre o primeiro candidato da lista mais votada, e os restantes membros do executivo são os vereadores.
Ou seja, no mínimo, 308 x 5 (Pr+Verd.) = 1.540 cargos locais...



English

The number of 308 municipalities in Portugal is, above all, the result of a long historical process, consolidated in the 19th century after the liberal reforms, and which has remained relatively stable since then.

There is no single modern mathematical or geographical "rationale" that justifies this exact number, but rather a combination of historical, political, and cultural factors that have maintained it over time.

Factors that Justify the Current Number of Municipalities:

Historical Heritage and Post-Liberal Stability

The current number (308) is a remnant of the major administrative reform carried out by Liberalism in the 19th century.

Passos Manuel Reform (1836):

This reform, which followed that of Mouzinho da Silveira, drastically reduced the number of municipalities (which were over 800) to approximately 351, with the aim of creating larger and more viable municipal districts.

Consolidation: After this initial reduction, the municipal map underwent few significant changes. The number fluctuated between a minimum of 268 (in 1853) and a maximum of 351, gradually settling at a level close to the current one, due to political stability and local resistance to further abolitions.

The Importance of Local Government:

Municipalities are the main local government in Portugal, enshrined in the Constitution (art. 235), and represent the level of administration closest to the citizen.

Proximity and Identity:

The maintenance of 308 municipalities reflects the strong local identity and the historical roots of the population. The abolition of a municipality is often seen as a loss of autonomy and community identity.

Decentralization:

The municipality is the primary instrument of state decentralization, with its own bodies (Council and City Council) that aim to promote the interests of their respective populations.

Geographic and Population Size (European Context):

Although 308 may seem large for Portugal's size, in a European comparison, Portuguese municipalities are, on average, relatively large:

Population:

The average Portuguese municipality has around 34.000 inhabitants, well above the European Union average (around 5.000 inhabitants per municipality). Portugal ranks 7th in the EU in terms of population per municipality.

Territory: The average area of ​​a Portuguese municipality (around 300 km²) is six times larger than the EU average (around 52 km²).

This suggests that, unlike other European countries that have undergone large municipal mergers in recent decades to gain scale, Portugal already has municipalities of considerable size, which has reduced the pressure for more radical reforms.

The Debate on Rationalizing the Map:

Despite stability, the number of councils is often the subject of debate.

The argument in favor of reducing it is based on the significant disparity between municipalities.

Extreme Disparity:

Some municipalities, such as Lisbon, Sintra, and Vila Nova de Gaia, have over 300,000 inhabitants, while 15% of the total (approximately 49) have less than 5,000 inhabitants.

Financial and Managerial Viability:

Very small municipalities with small populations sometimes face greater difficulties in managing public services and taking advantage of economies of scale.

However, any attempt to change this number encounters political and social resistance, maintaining the 308 municipalities.

It will be difficult to understand how, with current transportation, telecommunications systems and highways, the State Budget continues to support 308 administrative structures, the overwhelming majority of which are impossible to support due to the amount collected in local taxes...

What is the logic behind maintaining a 19th-century decision unchanged?

The number of councilors on a city council in Portugal is not fixed, but rather a range that depends on the number of voters in the respective municipality.

The minimum and maximum numbers, excluding the special situations of Lisbon and Porto (which have 16 and 12 councilors, respectively), follow the following rule:

* Minimum: 4 councilors in municipalities with 10,000 or fewer voters.

* Maximum: 10 councilors in municipalities with 100,000 or more voters.

Structure by Number of Voters

The composition of the City Council (which includes the Mayor and other Councilors) is defined by the following table:

Number of Voters, Number of Councilors

10,000 or fewer voters, 4.

More than 10,000 and up to 50,000 voters, 6

More than 50,000 and less than 100,000 voters, 8.

100,000 or more voters, 10.

Note: In Lisbon and Porto, the number of councilors is 16 and 12, respectively.

The Mayor is always the first candidate of the most voted slate, and the remaining members of the executive committee are councilors.

In other words, at least 308 x 5 (Pr+Verd.) = 1.540 local positions...







terça-feira, 30 de setembro de 2025

Descaramento...!

Desde que a internet nasceu a banca terá sido o principal beneficiário das facilidades que esta trouxe.

Desde tranferências de valores instantâneas para qualquer ponto do mundo ou locais, consultas e provável ocultação de capital em paraísos fiscais, jogar em qualquer bolsa, dispensar milhões de funcionários,  taxar - com a indiferença dos governos - contas por manutenção (do software, penso).

Apesar destas facilidades todas, a banca tem passado e quer continuar a passar, perdas de valores sob a sua responsabilidade, para os depositantes.

Ou seja, tal como após a crise de 2007/8 a banca quer compensar agora a sua incontinente avidez penalizando os seus depositantes.
E que fazem os governos em quem NÓS e NÃO os bancos votámos por segurança, honestidade e transparência na sociedade?

Absolutamente NADA!

O descaramento anti-democrático da banca é absoluto e soberano!



English

​Since the internet was born, the banking sector has been the main beneficiary of the conveniences it brought.

​From instant transfers of funds to any part of the world, to locals, consultations, and the probable concealment of capital in tax havens, playing on any stock market, dispensing with millions of employees, and taxing - with the indifference of governments - accounts for maintenance (of the software, I think).

​Despite all these conveniences, the banking sector has been passing, and wants to continue to pass, losses of value for which it is responsible onto depositors.

​In other words, just as after the 2007/8 crisis, the banking sector now wants to compensate for its insatiable greed by penalizing its depositors.

​And what are the governments doing—the ones that WE, and not the banks, voted for security, honesty, and transparency in society?

​Absolutely NOTHING!

​The banking sector's anti-democratic audacity is absolute and sovereign!"





domingo, 28 de setembro de 2025

As táticas, vencedoras, do terror!


Crime de sangue é crime de sangue, independentemente do local onde é cometido, e deve ser severamente condenado e punido.

Foi sem qualquer temor a esta premissa que, em 7 de outubro de 2023 um grupo terrorista, sem farda, atacou uma democracia, assassinando mais de mil civis — incluindo jovens — e raptando duzentas e cinquenta pessoas, entre elas bebés de colo. 

Os atacantes fugiram e misturaram-se na população de onde surgiram.
A população de Gaza nunca os condenou, sempre os acoitou, nunca os denunciou aos media globais.

Não há, nos tão atentos media, nenhuma informação sobre o número de combatentes do Hamas caídos em combate. 
Só, palestinianos... civis...

A única solução militar possível, sem colocar em perigo irresponsável a vida dos militares, foi destruir todos os locais onde terroristas pudessem se esconder alvejando tropas regulares.

Acresce que estes terroristas, também com financiamento ocidental, se ocultavam numa vasta rede de cerca de 500 km de túneis por baixo de um território de apenas 365 km², com centros de comando escondidos sob hospitais, escolas e mesquitas. 

A elevada densidade populacional, semelhante à de Londres, impossibilitava um ataque convencional.

Atualmente, 23 meses depois, a narrativa mediática fala — sem provas — de genocídio, de fome entre a população acolhedora dos terroristas e destruição, esquecendo-se de quem iniciou o ataque, assassinou e raptou, provocando o conflito.

Perante esta realidade, que faria o leitor se fosse o primeiro-ministro do país atacado?

Só há agora desespero pelas crianças de Gaza? 
E pelos jovens e bebés de Israel mortos e raptados? 
Não interessam?

Qual a responsabilidade dos pais palestinianos pela situação em que colocaram os seus filhos?

Ou pensariam que Israel não faria nada, "amarrado" pelos media ocidentais e por leis da guerra as quais, os terroristas ignoram?

O ódio medieval à existência de um estado democrático, com cultura ocidental, que respeita as mulheres, os lgbts, produz ciência especialmente para a paz, dá emprego a milhares de muçulmanos... incomoda quem quer ser sultão do século XII no século XXI?





English

A bloody crime is a bloody crime, no matter where it is committed, and must be severely condemned and punished.

Without any respect for this premise, on October 7, 2023, a terrorist group, without uniforms, attacked a democracy, murdering more than a thousand civilians—including young people—and kidnapping two hundred people, including babies in arms.

The attackers fled and blended into the population from which they originated.

The people of Gaza never condemned them; they always welcomed them.

There is no information, even in the attentive media, about the number of Hamas fighters who fell in combat.

Only Palestinians, civilians...

The only possible military solution, without irresponsibly endangering the lives of military personnel, was to destroy all places where terrorists could hide by targeting regular troops.

Furthermore, these terrorists, also with Western funding, were hiding in a vast network of approximately 500 km of tunnels under a territory of only 365 km², with command centers hidden beneath hospitals, schools, and mosques.

The high population density, similar to that of London, made a conventional attack impossible.

Today, 23 months later, the narrative in certain newspapers speaks—without evidence—of genocide, starvation of the host population, and destruction, forgetting who initiated the attack, murdered, and kidnapped, provoking conflict.

Faced with this reality, what would the reader do if they were the prime minister of the attacked country?

Is there now only despair for the children of Gaza?

And for the young people and babies in Israel who were killed and kidnapped?

Are they not interested?

What is the responsibility of Palestinian parents for the situation they placed their children in?

Or would they think Israel would do nothing, "tied down" by the Western media?

Does medieval hatred of the existence of a democratic state, with Western culture, that respects women, LGBT people, produces science specifically for peace, provides employment to thousands of Muslims... bother anyone who wants to be a 12th-century sultan?


quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Ensinar!

​O atual ministro da educação parece ter sido moldado por uma educação que privilegiou a obediência, possivelmente por ter testemunhado consequências de quem desobedece. 

No entanto, a obediência humana tem limites, como a recusa à violência ou uso de substâncias perigosas.

​O ministro, aparentemente, aprendeu a obedecer ao sistema. É possível que ninguém lhe tenha mostrado que a mudança é não apenas inevitável mas essencial, especialmente nos dias de hoje.

Como Charles Darwin observou, "Não é o mais forte da espécie que sobrevive, nem o mais inteligente. É aquele que melhor se adapta à mudança."

​Ao invés de tentar anular grupos que se manifestam ou que causam desconforto, a missão de um governante deveria ser a de prestar apoio social para a mudança um dever que, ao que parece, não foi incutido no ministro. 

A educação para os jovens deve balancear a necessidade em estabelecer limites para defender  valores atuais, e a rebeldia necessária para combaterem, no futuro, quem lhes queira minimizar ou anular esses mesmos valores.

Por exemplo, defender o primado da lei. Como a claramente atacada pelo dr. Montenegro: 

O dec-lei 52/2019, de 31 de julho, é claro ao proibir que membros do governo e seus familiares próximos (até ao 2º grau) detenham mais de 10% de participações empresariais. 

E que faz o vestuto e deferente chefe do MP? 
Andará há vários meses a estudar como contornar a letra e o espírito da lei, através de conclusões de uma, tão interessante como secreta e útil, investigação preventiva...

Talvez concluindo que os alegados filhos do PM afinal, não são filhos dele...

E, para prevenir o quê?

Poderiam os jovens dos quais o sr ministro é responsável por educar, começar por questionar...


English

The current Minister of Education appears to have been shaped by an upbringing that prioritizes obedience, possibly because he has witnessed the consequences of disobedience.

However, human obedience has its limits, such as the refusal to engage in violence or the use of dangerous substances.

The minister, apparently, learned to obey the system. Perhaps no one has shown him that change is not only inevitable, but essential, especially today. As Charles Darwin observed, "It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent. It is the one best adapted to change."

Instead of suppressing groups that protest or cause discomfort, a government's mission should be to provide social assistance, a duty that, it seems, was not instilled in the minister.

Education for young people must balance the need to set limits to defend current values ​​with the rebelliousness necessary to combat, in the future, those who would steal those same values ​​from them.

For example, defending the rule of law, as clearly attacked by Dr. Montenegro:

Decree-Law 52/2019, of July 31, clearly prohibits government officials and their close family members (up to the second degree) from holding more than 10% of corporate shares.

And what does the handsome and friendly head of the Public Prosecutor's Office do?

For several months, he has been watching how the letter and spirit of the law are circumvented through the conclusions of a preventive investigation, as interesting as it is secret and useful...

To prevent what?

Could the young people, whom you are responsible for educating, question...



segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Imigrantes e habitação.

​A Crise da Habitação: Uma Perspetiva Histórica e Atual

​A crise habitacional em Portugal não é um problema recente. 

A geração anterior à minha, por exemplo, vivia quase exclusivamente em casas arrendadas, pagando rendas vitalícias a um senhorio. 

Nasci e cresci numa dessas casas, onde o meu avô pagava a renda religiosamente. 

Só quando o meu pai foi transferido para o Algarve é que conseguimos ter uma casa só para nós, alugada, mas nossa: para a minha mãe, o meu pai e eu.

​Naquela época, a ditadura já oferecia a possibilidade de as pessoas próximas ao regime pagarem rendas moderadas e, após 30 anos, tornarem-se proprietários da casa. 

A ideia de comprar um apartamento era uma novidade, e só ouvi falar disso, pela primeira vez, no Natal de 1964. A falta de conhecimento sobre como funcionaria, tanto legal como financeiramente, levantava imensas questões.

​Hoje, cerca de 70% das famílias portuguesas são proprietárias de habitação

No entanto, a minha geração e a anterior nunca pensaram em exigir que o Estado nos desse uma casa. A luta pela habitação era individual, não uma reivindicação coletiva.


Novos Desafios: Imigração e Turismo

​Hoje, a situação é mais complexa, agravada por dois fatores principais: a imigração e o turismo

Enquanto o turista resolve o seu problema de alojamento sem causar grande alarme, o imigrante necessita e, na minha opinião merece, encontrar condições de habitação dignas no país que o acolhe.

​É incompreensível que entidades públicas que gastam milhões em atividades ditas executivas sem a legitimidade da promessa eleitoral, sejam incapazes de alojar a mão de obra essencial para o país, especialmente no setor da construção civil. 

Esta mão de obra é a mesma que trabalha para os "grandes patrões", que por sua vez têm uma relação estreita com os partidos no poder.


O Pensamento Dominante e Possíveis Soluções

​Acredito que esta proximidade entre as entidades públicas e os grandes empresários paralisa o bom senso e a capacidade de encontrar soluções. 

O pensamento dominante torna-se o betão — a construção em massa de prédios. 

Aí é reside o grande lucro!

​Por que razão ninguém propõe a criação de bairros de madeira nas periferias, à semelhança do que se vê em países como os EUA, com transportes assegurados para os centros urbanos? 

Seria uma alternativa mais rápida, económica e sustentável para o problema da habitação, que parece estar longe de ser resolvido.



English

The housing problem didn't start in the last ten years.

The previous generation lived only in rented houses, where they paid rent to a landlord for their entire lives...

I was born in one of these houses. My grandfather paid the rent. Only when my father moved to the Algarve did we have a rented house for just the three of us: my mother, my father, and me...

The then-existing dictatorship already allowed people of the "situation" to pay moderate monthly rents and, after 30 years, be able to call the house their own.

It was at Christmas 1964 that I first heard about buying apartments. The originality of the situation, the lack of knowledge about its legal and financial development, provoked a cascade of questions.

Today, 70% of Portuguese families own their own homes.

It never occurred to me, or anyone from the previous generation, to take to the streets and demand that the state give us housing.

Two more factors are now emerging to exacerbate the housing problem: immigration and tourism.

If this solves the housing problem without anyone bothering, immigrants need, and in my view, deserve, to find minimum living conditions in any host state.

How is it possible that public entities that spend millions on electorally unforeseen activities are incapable of housing the workforce needed by big bosses, especially in the construction industry, who are such close friends of the parties in power?

I believe this friendship paralyzes common sense and reasoning, so there's more than one solution.

The dominant thinking is concrete!

Why doesn't anyone propose, as in the USA, neighborhoods in the surrounding outskirts made of wood with guaranteed transportation to the urban center?





UE: O último reduto!

Quando os valores mais altos de humanismo, compreensão e igualdade de uma civilização estão em causa, há sempre um último reduto...