terça-feira, 30 de setembro de 2025

Descaramento...!

Desde que a internet nasceu a banca terá sido o principal beneficiário das facilidades que esta trouxe.

Desde tranferências de valores instantâneas para qualquer ponto do mundo ou locais, consultas e provável ocultação de capital em paraísos fiscais, jogar em qualquer bolsa, dispensar milhões de funcionários,  taxar - com a indiferença dos governos - contas por manutenção (do software, penso).

Apesar destas facilidades todas, a banca tem passado e quer continuar a passar, perdas de valores sob a sua responsabilidade, para os depositantes.

Ou seja, tal como após a crise de 2007/8 a banca quer compensar agora a sua incontinente avidez penalizando os seus depositantes.
E que fazem os governos em quem NÓS e NÃO os bancos votámos por segurança, honestidade e transparência na sociedade?

Absolutamente NADA!

O descaramento anti-democrático da banca é absoluto e soberano!



English

​Since the internet was born, the banking sector has been the main beneficiary of the conveniences it brought.

​From instant transfers of funds to any part of the world, to locals, consultations, and the probable concealment of capital in tax havens, playing on any stock market, dispensing with millions of employees, and taxing - with the indifference of governments - accounts for maintenance (of the software, I think).

​Despite all these conveniences, the banking sector has been passing, and wants to continue to pass, losses of value for which it is responsible onto depositors.

​In other words, just as after the 2007/8 crisis, the banking sector now wants to compensate for its insatiable greed by penalizing its depositors.

​And what are the governments doing—the ones that WE, and not the banks, voted for security, honesty, and transparency in society?

​Absolutely NOTHING!

​The banking sector's anti-democratic audacity is absolute and sovereign!"





domingo, 28 de setembro de 2025

As táticas, vencedoras, do terror!


Crime de sangue é crime de sangue, independentemente do local onde é cometido, e deve ser severamente condenado e punido.

Foi sem qualquer temor a esta premissa que, em 7 de outubro de 2023 um grupo terrorista, sem farda, atacou uma democracia, assassinando mais de mil civis — incluindo jovens — e raptando duzentas e cinquenta pessoas, entre elas bebés de colo. 

Os atacantes fugiram e misturaram-se na população de onde surgiram.
A população de Gaza nunca os condenou, sempre os acoitou, nunca os denunciou aos media globais.

Não há, nos tão atentos media, nenhuma informação sobre o número de combatentes do Hamas caídos em combate. 
Só, palestinianos... civis...

A única solução militar possível, sem colocar em perigo irresponsável a vida dos militares, foi destruir todos os locais onde terroristas pudessem se esconder alvejando tropas regulares.

Acresce que estes terroristas, também com financiamento ocidental, se ocultavam numa vasta rede de cerca de 500 km de túneis por baixo de um território de apenas 365 km², com centros de comando escondidos sob hospitais, escolas e mesquitas. 

A elevada densidade populacional, semelhante à de Londres, impossibilitava um ataque convencional.

Atualmente, 23 meses depois, a narrativa mediática fala — sem provas — de genocídio, de fome entre a população acolhedora dos terroristas e destruição, esquecendo-se de quem iniciou o ataque, assassinou e raptou, provocando o conflito.

Perante esta realidade, que faria o leitor se fosse o primeiro-ministro do país atacado?

Só há agora desespero pelas crianças de Gaza? 
E pelos jovens e bebés de Israel mortos e raptados? 
Não interessam?

Qual a responsabilidade dos pais palestinianos pela situação em que colocaram os seus filhos?

Ou pensariam que Israel não faria nada, "amarrado" pelos media ocidentais e por leis da guerra as quais, os terroristas ignoram?

O ódio medieval à existência de um estado democrático, com cultura ocidental, que respeita as mulheres, os lgbts, produz ciência especialmente para a paz, dá emprego a milhares de muçulmanos... incomoda quem quer ser sultão do século XII no século XXI?





English

A bloody crime is a bloody crime, no matter where it is committed, and must be severely condemned and punished.

Without any respect for this premise, on October 7, 2023, a terrorist group, without uniforms, attacked a democracy, murdering more than a thousand civilians—including young people—and kidnapping two hundred people, including babies in arms.

The attackers fled and blended into the population from which they originated.

The people of Gaza never condemned them; they always welcomed them.

There is no information, even in the attentive media, about the number of Hamas fighters who fell in combat.

Only Palestinians, civilians...

The only possible military solution, without irresponsibly endangering the lives of military personnel, was to destroy all places where terrorists could hide by targeting regular troops.

Furthermore, these terrorists, also with Western funding, were hiding in a vast network of approximately 500 km of tunnels under a territory of only 365 km², with command centers hidden beneath hospitals, schools, and mosques.

The high population density, similar to that of London, made a conventional attack impossible.

Today, 23 months later, the narrative in certain newspapers speaks—without evidence—of genocide, starvation of the host population, and destruction, forgetting who initiated the attack, murdered, and kidnapped, provoking conflict.

Faced with this reality, what would the reader do if they were the prime minister of the attacked country?

Is there now only despair for the children of Gaza?

And for the young people and babies in Israel who were killed and kidnapped?

Are they not interested?

What is the responsibility of Palestinian parents for the situation they placed their children in?

Or would they think Israel would do nothing, "tied down" by the Western media?

Does medieval hatred of the existence of a democratic state, with Western culture, that respects women, LGBT people, produces science specifically for peace, provides employment to thousands of Muslims... bother anyone who wants to be a 12th-century sultan?


quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Ensinar!

​O atual ministro da educação parece ter sido moldado por uma educação que privilegiou a obediência, possivelmente por ter testemunhado consequências de quem desobedece. 

No entanto, a obediência humana tem limites, como a recusa à violência ou uso de substâncias perigosas.

​O ministro, aparentemente, aprendeu a obedecer ao sistema. É possível que ninguém lhe tenha mostrado que a mudança é não apenas inevitável mas essencial, especialmente nos dias de hoje.

Como Charles Darwin observou, "Não é o mais forte da espécie que sobrevive, nem o mais inteligente. É aquele que melhor se adapta à mudança."

​Ao invés de tentar anular grupos que se manifestam ou que causam desconforto, a missão de um governante deveria ser a de prestar apoio social para a mudança um dever que, ao que parece, não foi incutido no ministro. 

A educação para os jovens deve balancear a necessidade em estabelecer limites para defender  valores atuais, e a rebeldia necessária para combaterem, no futuro, quem lhes queira minimizar ou anular esses mesmos valores.

Por exemplo, defender o primado da lei. Como a claramente atacada pelo dr. Montenegro: 

O dec-lei 52/2019, de 31 de julho, é claro ao proibir que membros do governo e seus familiares próximos (até ao 2º grau) detenham mais de 10% de participações empresariais. 

E que faz o vestuto e deferente chefe do MP? 
Andará há vários meses a estudar como contornar a letra e o espírito da lei, através de conclusões de uma, tão interessante como secreta e útil, investigação preventiva...

Talvez concluindo que os alegados filhos do PM afinal, não são filhos dele...

E, para prevenir o quê?

Poderiam os jovens dos quais o sr ministro é responsável por educar, começar por questionar...


English

The current Minister of Education appears to have been shaped by an upbringing that prioritizes obedience, possibly because he has witnessed the consequences of disobedience.

However, human obedience has its limits, such as the refusal to engage in violence or the use of dangerous substances.

The minister, apparently, learned to obey the system. Perhaps no one has shown him that change is not only inevitable, but essential, especially today. As Charles Darwin observed, "It is not the strongest of the species that survives, nor the most intelligent. It is the one best adapted to change."

Instead of suppressing groups that protest or cause discomfort, a government's mission should be to provide social assistance, a duty that, it seems, was not instilled in the minister.

Education for young people must balance the need to set limits to defend current values ​​with the rebelliousness necessary to combat, in the future, those who would steal those same values ​​from them.

For example, defending the rule of law, as clearly attacked by Dr. Montenegro:

Decree-Law 52/2019, of July 31, clearly prohibits government officials and their close family members (up to the second degree) from holding more than 10% of corporate shares.

And what does the handsome and friendly head of the Public Prosecutor's Office do?

For several months, he has been watching how the letter and spirit of the law are circumvented through the conclusions of a preventive investigation, as interesting as it is secret and useful...

To prevent what?

Could the young people, whom you are responsible for educating, question...



segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Imigrantes e habitação.

​A Crise da Habitação: Uma Perspetiva Histórica e Atual

​A crise habitacional em Portugal não é um problema recente. 

A geração anterior à minha, por exemplo, vivia quase exclusivamente em casas arrendadas, pagando rendas vitalícias a um senhorio. 

Nasci e cresci numa dessas casas, onde o meu avô pagava a renda religiosamente. 

Só quando o meu pai foi transferido para o Algarve é que conseguimos ter uma casa só para nós, alugada, mas nossa: para a minha mãe, o meu pai e eu.

​Naquela época, a ditadura já oferecia a possibilidade de as pessoas próximas ao regime pagarem rendas moderadas e, após 30 anos, tornarem-se proprietários da casa. 

A ideia de comprar um apartamento era uma novidade, e só ouvi falar disso, pela primeira vez, no Natal de 1964. A falta de conhecimento sobre como funcionaria, tanto legal como financeiramente, levantava imensas questões.

​Hoje, cerca de 70% das famílias portuguesas são proprietárias de habitação

No entanto, a minha geração e a anterior nunca pensaram em exigir que o Estado nos desse uma casa. A luta pela habitação era individual, não uma reivindicação coletiva.


Novos Desafios: Imigração e Turismo

​Hoje, a situação é mais complexa, agravada por dois fatores principais: a imigração e o turismo

Enquanto o turista resolve o seu problema de alojamento sem causar grande alarme, o imigrante necessita e, na minha opinião merece, encontrar condições de habitação dignas no país que o acolhe.

​É incompreensível que entidades públicas que gastam milhões em atividades ditas executivas sem a legitimidade da promessa eleitoral, sejam incapazes de alojar a mão de obra essencial para o país, especialmente no setor da construção civil. 

Esta mão de obra é a mesma que trabalha para os "grandes patrões", que por sua vez têm uma relação estreita com os partidos no poder.


O Pensamento Dominante e Possíveis Soluções

​Acredito que esta proximidade entre as entidades públicas e os grandes empresários paralisa o bom senso e a capacidade de encontrar soluções. 

O pensamento dominante torna-se o betão — a construção em massa de prédios. 

Aí é reside o grande lucro!

​Por que razão ninguém propõe a criação de bairros de madeira nas periferias, à semelhança do que se vê em países como os EUA, com transportes assegurados para os centros urbanos? 

Seria uma alternativa mais rápida, económica e sustentável para o problema da habitação, que parece estar longe de ser resolvido.



English

The housing problem didn't start in the last ten years.

The previous generation lived only in rented houses, where they paid rent to a landlord for their entire lives...

I was born in one of these houses. My grandfather paid the rent. Only when my father moved to the Algarve did we have a rented house for just the three of us: my mother, my father, and me...

The then-existing dictatorship already allowed people of the "situation" to pay moderate monthly rents and, after 30 years, be able to call the house their own.

It was at Christmas 1964 that I first heard about buying apartments. The originality of the situation, the lack of knowledge about its legal and financial development, provoked a cascade of questions.

Today, 70% of Portuguese families own their own homes.

It never occurred to me, or anyone from the previous generation, to take to the streets and demand that the state give us housing.

Two more factors are now emerging to exacerbate the housing problem: immigration and tourism.

If this solves the housing problem without anyone bothering, immigrants need, and in my view, deserve, to find minimum living conditions in any host state.

How is it possible that public entities that spend millions on electorally unforeseen activities are incapable of housing the workforce needed by big bosses, especially in the construction industry, who are such close friends of the parties in power?

I believe this friendship paralyzes common sense and reasoning, so there's more than one solution.

The dominant thinking is concrete!

Why doesn't anyone propose, as in the USA, neighborhoods in the surrounding outskirts made of wood with guaranteed transportation to the urban center?





sábado, 20 de setembro de 2025

Pouca democracia...

É pertinente a influência crescente do capital no processo eleitoral das democracias modernas. 

O financiamento de campanhas e partidos políticos, especialmente por grandes corporações e indivíduos de alto património, levanta sérias questões sobre a integridade e a verdadeira representatividade do sistema democrático.

​Quando um partido aceita doações avultadas de altos interesses, estabelece-se uma relação de dependência. 

Embora o dinheiro possa ajudar a financiar campanhas, publicidade e eventos, criando uma vantagem competitiva significativa, a contrapartida implícita é que o partido, uma vez no poder, se sente obrigado a retribuir esses favores. 

Isso pode manifestar-se na criação de leis favoráveis a esses doadores, na desregulamentação de setores, na concessão de contratos públicos vantajosos ou em políticas fiscais que beneficiem os mais ricos. 

Em última análise, o governo pode acabar por servir mais os interesses de uma minoria poderosa do que os da população em geral.

​Falhas na representação e no sistema de nomeação

​A questão da dependência do capital entrelaça-se com outras falhas no sistema democrático, tornando a representação popular ainda mais frágil. 

A nomeação de governantes pelo Primeiro-Ministro, sem uma eleição popular direta para esses cargos ministeriais, é um exemplo notável. 

O PM, após ser eleito ou indicado, escolhe livremente os membros do seu gabinete, que irão gerir pastas cruciais como a saúde, educação ou finanças. 

Esta prática, embora comum em muitos sistemas parlamentares, concentra o poder nas mãos do chefe do executivo e pode levar à nomeação de indivíduos com pouca experiência ou conexão direta com as necessidades dos cidadãos, mas com lealdade política inquestionável.

​Da mesma forma, a não eleição popular de judiciários é um ponto de debate. 

Em muitos países, os juízes são nomeados por órgãos governamentais ou comissões, e não eleitos pelo povo. 

O argumento a favor desta abordagem é que a justiça deve ser imparcial e técnica, e que a eleição popular poderia politizar as decisões judiciais, tornando os juízes reféns da opinião pública ou de agendas populistas. 

No entanto, a crítica é que este sistema pode levar à falta de responsabilização e a um poder judicial que, mesmo que não seja influenciado pelo dinheiro diretamente, pode ser percebido como distante dos cidadãos e mais alinhado com as elites que o nomearam.

​Em suma, a dependência do capital, aliada a mecanismos como a nomeação de ministros e juízes, levanta a questão de saber se as nossas democracias servem realmente o povo ou se se tornaram sistemas em que o poder e a influência são definidos por quem tem mais dinheiro e por quem controla as nomeações.



English

The growing influence of capital on the electoral process of modern democracies is a pertinent observation. 

The financing of campaigns and political parties, especially by large corporations and high-net-worth individuals, raises serious questions about the integrity and true representation of the democratic system.

When a party accepts large donations from high-interest parties, a relationship of dependence is established. While the money can help fund campaigns, advertising, and events, creating a significant competitive advantage, the implicit trade-off is that the party, once in power, feels obligated to reciprocate these favors. 

This can manifest itself in the creation of laws favorable to these donors, the deregulation of sectors, the awarding of advantageous public contracts, or tax policies that benefit the wealthy. 

Ultimately, the government may end up serving the interests of a powerful minority more than those of the general population.
Flaws in Representation and the Appointment System
The issue of capital dependence intertwines with other flaws in the democratic system, making popular representation even more fragile. The appointment of government officials by the prime minister, without direct popular election for these ministerial positions, is a notable example. The prime minister, after being elected or appointed, freely chooses the members of his or her cabinet, who will manage crucial portfolios such as health, education, or finance. This practice, while common in many parliamentary systems, concentrates power in the hands of the chief executive and can lead to the appointment of individuals with little experience or direct connection to the needs of the citizens, but with unquestionable political loyalty.
Similarly, the lack of popular election of the judiciary is a point of debate. In many countries, judges are appointed by government agencies or commissions, rather than elected by the people. The argument in favor of this approach is that justice should be impartial and technical, and that popular election could politicize judicial decisions, making judges hostage to public opinion or populist agendas. 

However, the criticism is that this system can lead to a lack of accountability and a judiciary that, even if not directly influenced by money, can be perceived as distant from the citizenry and more aligned with the elites who appointed it.


In short, dependence on capital, combined with mechanisms such as the appointment of ministers and judges, raises the question of whether our democracies truly serve the people or whether they have become systems in which power and influence are defined by those with the most money and who control appointments.


quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Ventura em campanha eleitoral.

Ventura, descaramente, iniciou a sua dupla campanha eleitoral.
Aparentemente o Chega está mal situado nas sondagens. 

Daí, decide investir contra uma manifestação de imigrantes frente à AR e às câmaras de televisão, tentando acicatar e atrair as opiniões dos eleitores nacionais contra os imigrantes.

Este, um vislumbre das tácticas da extrema direita - que já foram da extrema-esquerda em 1975 - tentar condicionar o direito legislativo institucional com actos e provocações de rua.

Felizmente não aconteceu o que Ventura desejava: Que uma pedrada ou pancada o atingisse.

Os imigrantes foram mais democratas do que as intenções de Ventura.

English

Ventura shamelessly launched his double electoral campaign.

Apparently, Chega is poorly positioned in the polls.

Then he decided to attack an immigrant demonstration in front of the Parliament and television cameras, trying to incite the national voters' opinions against immigrants.

This was a glimpse of the tactics of the far right—which were once the far left in 1975—trying to condition institutional legislative law with street protests and provocations.

Fortunately, what Ventura wanted didn't happen: for a stone or a blow to hit him.

The immigrants were more democratic than Ventura intended.

E você?


É normal, um pouco por todo o lado, ouvir criticar políticos.

A questão que proponho é: 
"Você o que faria, para melhor, em alternativa?"

Quase invariavelmente, quem critica não tem noção enquadradora ou circunstancial do problema, nem tem qualquer proposta alternativa válida, não consegue avaliar custos, enquadramentos internacionais financeiros ou consequências do que afirma.

Porém, não se inibe de falar:
À família, amigos, emprego... na secreta esperança de ser admirado.

A necessidade que qualquer um exibe em se afirmar gratuitamente, parece ser mais um incontrolável impulso da humanidade.

Esperemos que a Inteligência Artificial sustente essas vítimas de narcísicos assomos.



English:

​Criticizing politicians and leaders is a common pastime just about everywhere you go.

​But here’s the question I want to ask: "What would you do instead to improve the situation?"

​Almost without fail, the critics have no real understanding of the problem's context or circumstances. They lack any valid alternative proposals, can't assess the costs, the international financial implications, or the consequences of their suggestions.

​Still, that doesn't stop them from speaking their mind to family, friends, or coworkers. It seems the need for some people to gratuitously voice their opinions is an uncontrollable impulse.

​Hopefully, Artificial Intelligence can help these individuals who, in fact, are victims of chronic and self-serving media cycles.




sábado, 13 de setembro de 2025

Impostos directos, favorecem quem?


Terá a ver com o publicado, o não publicado e a verdade, como o bom-senso a entende.

Isto para tentar justificar o seguinte:

O publicado afirma que os impostos directos são mais amigos dos pobres do que os indirectos.
Tal é confirmado pela extrema-esquerda e aplaudido pelos grandes detentores de capital.

Estranho? 
Não, não é!

Em 2023, dos cerca de 56 mil milhões de € que o estado português arrecadou em impostos, 8,6 mil milhões provinham do IRC.
Os restantes  47,4 mil milhões provinham essencialmente do IRS...

Uma situação logicamente aplaudível pelo capital.
E onde mora a lógica da extrema esquerda?

Na "verdade" de que os impostos directos "protegem" os mais pobres, porquanto 46% dos portugueses não pagam IRS por não atigirem o mínimo salarial,  para tal.

E a eficaz direita?
Aqui mora "a verdade" de quem pode, facilmente, fugir aos impostos e ainda é premiado com fundações, perdões e sobretudo com offshore, espalhados pelo mundo. 

Só na Europa são facilmente reconhecidos dez. 

Estima-se que há 53 mil milhões de capital português escondido em offshore.

Já o IVA, imposto indirecto, tem de ser pago por todos em qualquer transação, sem possibilidade de fuga, por maior que seja a proteção dada pelos impostos directos a determinados grupos.

Pergunta: 
Por acaso alguém viu a ONU publicar uma convenção-quadro sobre offshore, que existem desde a década de 30 do século XX?

Claro que não! 

Embora seja a única organização mundial capaz de levantar, debater e comprometer um dos maiores malefícios à economia mundial, a ONU opta por dar palco e convenções-quadro às alterações climáticas...

Eles lá saberão porquê...!


In english:

The Great Tax Deception: A Tale of Two Systems

Years ago, a judge shared a profound insight that continues to resonate: the interplay between published information, unpublished realities, and the truth as common sense dictates. This forms the backdrop for the following analysis.

The Illusion of Fairness:

The conventional wisdom, championed by the far-left and surprisingly, by the wealthy elite, proclaims that direct taxation is more equitable, favoring the poor over indirect taxation. But is this truly the case?

Unmasking the Reality:

In 2023, Portugal's €56 billion in tax revenue saw a mere €8.6 billion stemming from corporate income tax (IRC). A staggering €47.4 billion originated from personal income tax (IRS) – a situation seemingly applauded by the wealthy.

The far-left's logic lies in the assertion that direct taxes protect the poor, as 46% of Portuguese citizens don't pay IRS due to low incomes. This narrative conveniently ignores a crucial element.

The Elusive Right and the Offshore Enigma:

Those who can easily avoid taxes are rewarded with foundations, tax forgiveness, and, most significantly, offshore accounts scattered globally. Europe alone boasts at least ten easily identifiable tax havens.

An estimated €53 billion in Portuguese capital is hidden in offshore accounts. Meanwhile, the indirect Value Added Tax (VAT) ensnares everyone in every transaction, leaving no escape, regardless of the protection supposedly afforded by direct taxes.

The UN's Telling Silence:

Have you ever seen the UN publish a framework convention on offshore accounts, which have existed since the 1930s? The answer is a resounding no!

While the UN is uniquely positioned to address this global economic malignancy, it prioritizes climate change conventions. One wonders why...

A Stark Conclusion:

The narrative surrounding direct versus indirect taxation is far more complex than it appears. The current system, while seemingly progressive, allows for significant tax evasion by the wealthy, leaving the burden disproportionately on the shoulders of the average citizen. The silence of international bodies only serves to deepen the mystery and perpetuate this inequitable reality.

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Maioria Silenciosa...!


Terá começado entre o 11 de Março e o 25 de Novembro de 1975.
Sentia-se então, o que veio a ser confirmado em plebiscito para a CRP em 02/04/1976: 
Uma enorme maioria - até aí silenciosa - "gritou", através do seu voto, acordo com o texto constitucional proposto pela Assembleia Constituinte.

A primeira eleição legislativa após a aprovação da Constituição de 1976 ocorreu mais tarde, em 25 de abril de 1976. Os resultados foram os seguintes:

  • Partido Socialista (PS): 107 deputados (34,89% dos votos)
  • Partido Popular Democrático (PPD): 73 deputados (24,35% dos votos)
  • Partido do Centro Democrático Social (CDS): 42 deputados (15,98% dos votos)
  • Partido Comunista Português (PCP): 40 deputados (14,39% dos votos)
  • União Democrática Popular (UDP): 1 deputado (1,67% dos votos)

​A participação eleitoral foi de 83,53%, o que demonstra o grande envolvimento dos portugueses neste momento histórico para o país.

Uma abstenção de 16,47% diz bem que a população apoiava o sistema democrático proposto contra os golpes das extremas esquerda e direita, não necessariamente apenas militares, que até então tinham instabilizado a afirmação da Democracia em Portugal.

A direita usa agora outros argumentos como imigração e  corrupção - outros não terá... - tentando cativar incautos para as suas verdadeiras e universais aspirações...

Quer imigração quer corrupção - causas únicas da direita - levantam a questão: 

Qual o país do mundo que não lida com essas dificuldades?

E alguém pode pensar que um partido, como o Chega, repleto de deputados com cadastro e atividade criminal, irá resolver problemas que nenhum outro país, até hoje, resolveu?

A Maioria Silenciosa tem de se manifestar, de novo, contra golpes de direita e esquerda!

Todos os actos eleitorais são úteis para repor a vontade maioritária e não legitimar um caminho - inevitável - para a ditadura, mais ou menos disfarçada.








quinta-feira, 4 de setembro de 2025

O exemplo vem de cima!


Corrupção e a Fragilidade da Lei: 

O Caso de Montenegro e a Impunidade no Poder

​É desconcertante perceber como figuras públicas, que se apresentam como "normais" e democratas, podem na verdade esconder ambições que contrariam a lei. 

A Lei 52/2019, de 31 de julho, é clara ao proibir que membros do governo e seus familiares próximos (até ao 2º grau) detenham mais de 10% de participações empresariais. 

No entanto, assistimos a situações que parecem desafiar abertamente este princípio, levantando sérias questões sobre a impunidade do poder em Portugal.

​Recentemente, um caso veio a público na SIC Notícias, revelando um médico dermatologista que terá faturado 410.000€ ao Estado por apenas 10 cirurgias. 

Este tipo de situação, onde o erário público é escoado de forma duvidosa, é um sintoma de um problema maior. Num país onde o próprio primeiro-ministro parece ser imune a esquemas pessoais que frontalmente violam a lei, pergunto:

  • Que diferença existe entre um país da União Europeia e uma ditadura africana, se a lei não é aplicada de forma igual para todos?
  • Por que a UE não possui uma legislação comum para combater crimes desta natureza, que permita libertar o povo de ser prejudicado por quem detém o poder?

​A aparente impunidade de certas figuras políticas levanta a questão de se as leis servem apenas para castigar os cidadãos comuns, enquanto o poder se mantém intocável. 

No caso específico de Montenegro, que castigo a lei prevê para quem a afronta? 

O Ministério Público continua "cego" para o que se passa à direita nas esferas do poder? 

E que manobras financeiras podem estar por vir, especialmente depois de umas eleições convocadas sob a égide do voto popular, para levar avante aquilo que a lei proíbe?

​Voltando ao caso do médico, se as acusações forem verdadeiras, qual será a sua punição? 

A Ordem dos Médicos irá expulsá-lo, ou irá, como de costume, culpar o "sistema" e o "legislador"? 

Ou, de forma ainda mais cínica, irá a Ordem dos Médicos propor um futuro onde a impunidade seja a norma, onde se pode candidatar a um cargo de poder com a certeza de que ficará de "mãos limpas", tal como o primeiro-ministro?

​Afinal, a que se destina a lei se não for para proteger a sociedade dos abusos de poder? 

E que podemos esperar dos ministros de um governo, se os seus cargos dependem apenas da vontade de um líder que parece estar acima da lei?




quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Putin e a Catalunha

A possível interferência de Vladimir Putin no movimento de independência da Catalunha é um tema complexo e controverso, que tem sido alvo de investigações judiciais e jornalísticas na Espanha e em outros países. 
Embora o governo russo negue qualquer envolvimento, há evidências e acusações que sugerem ligações e tentativas de apoio por parte do Kremlin.

Acusações e Alegações
Várias investigações apontam para a existência de contatos entre líderes separatistas catalães e emissários russos antes e durante o referendo de 2017. 

As principais alegações incluem:

 * Ofertas de apoio militar e financeiro: Um dos pontos mais discutidos é a suposta oferta de um grupo russo a líderes catalães, incluindo o ex-presidente Carles Puigdemont.

Essa proposta incluiria o envio de 10 mil soldados e uma quantia significativa de dinheiro para ajudar no processo de independência. 
Em troca, a Rússia supostamente queria que a Catalunha se tornasse um "paraíso de criptomoedas" para o país. Embora um juiz espanhol tenha confirmado a existência da oferta, ele também indicou que a proposta foi recusada por Puigdemont.

 * Campanhas de desinformação: 

Relatórios de inteligência de vários países, incluindo a Espanha e os EUA, sugerem que a Rússia usou suas redes de desinformação e "bots" nas redes sociais para amplificar a crise na Catalunha, promovendo a divisão e desestabilizando o país. 
O objetivo seria enfraquecer a União Europeia, à qual a Espanha pertence.

 * Ligações com o crime organizado: 

Há também alegações de que grupos do crime organizado russo com laços com o Kremlin teriam subornado políticos catalães e financiado o movimento separatista.

A Posição da Rússia e as Investigações
Oficialmente, o governo russo, sob a liderança de Putin, sempre declarou que a questão da Catalunha é um assunto interno da Espanha e que a Rússia respeita a integridade territorial do país. 

Putin classificou as acusações de interferência como "absurdas" e parte de uma campanha ocidental para culpar a Rússia por problemas internos de outros países.

No entanto, as investigações judiciais na Espanha continuaram por anos. 

Em março de 2025, o Supremo Tribunal Espanhol decidiu arquivar a investigação de alta traição contra Carles Puigdemont relacionada à suposta interferência russa, alegando que não havia provas suficientes para prosseguir com o caso. 

Apesar do arquivamento, as alegações e suspeitas sobre as conexões entre o movimento separatista e o Kremlin ainda persistem.

Em resumo, a interferência de Putin na independência da Catalunha não é uma realidade comprovada e oficialmente reconhecida, mas sim uma série de alegações, suspeitas e investigações que, embora tenham sido arquivadas judicialmente em alguns casos, continuam a alimentar debates e a levantar preocupações sobre as táticas russas para desestabilizar países ocidentais.

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Trump ❤️ Putin.


Em relação às afirmações de Donald Trump sobre a adoção de medidas contra o presidente russo Vladimir Putin, é importante notar que as suas declarações e ações têm sido objeto de um escrutínio considerável. 

Durante o seu mandato, as críticas centraram-se frequentemente na sua postura diplomática, que muitos consideraram conciliatória em relação à Rússia, em contraste com a abordagem mais dura de administrações anteriores.

Vários analistas e políticos apontaram para um padrão em que Trump, por vezes, fez declarações públicas que pareciam desafiar Putin ou criticar as ações da Rússia, mas que não foram seguidas por medidas concretas ou foram atenuadas por outras declarações ou políticas. 
Um exemplo frequentemente citado é a sua resposta à interferência russa nas eleições de 2016, que foi uma fonte de controvérsia. 

Apesar das conclusões dos serviços de inteligência dos EUA, Trump expressou publicamente dúvidas sobre o papel da Rússia, o que foi visto por muitos como um enfraquecimento da resposta dos EUA.

Outros momentos notáveis incluem a sua posição em relação à anexação da Crimeia pela Rússia e o envenenamento de Sergei e Yulia Skripal no Reino Unido. 
Nesses casos, a sua retórica foi muitas vezes vista como menos incisiva do que a de outros líderes mundiais, e as sanções impostas à Rússia foram, em grande medida, uma continuação de políticas já existentes, em vez de novas e drásticas ações.
O padrão de "retórica versus ação" em relação à Rússia e a Putin é um tema complexo.

Trump defendeu as suas políticas, afirmando que a sua abordagem visava melhorar as relações entre os dois países. 

No entanto, os seus críticos argumentam que as suas palavras muitas vezes não se traduziram em ações fortes, e em alguns casos, as suas declarações públicas pareciam minar a política externa dos EUA.

sábado, 30 de agosto de 2025

O veneno - teorizado - do populismo




O Paradoxo da Riqueza e a Invenção de Culpados.

Ah, que tempos dourados aqueles do pós-guerra! 

Os "Trinta Gloriosos", onde a riqueza parecia brotar das árvores ao ritmo das fábricas a cuspir televisões, carros e frigoríficos.

Um verdadeiro paraíso materialista que, por mera coincidência, floresceu a par com a democracia, uma invenção aparentemente útil para garantir que todos pudessem sonhar em ter a sua máquina de lavar.

Depois, veio o inevitável. 

Quando a casa de cada um já estava atulhada de bens, a economia, em vez de continuar a subir como um foguete, estagnou. 
E eis que, num golpe de génio, o mercado resolveu fazer uma pausa. 

Mas a culpa, claro, não podia ser do mercado, essa entidade perfeita e infalível. 
Não, a culpa era dos governos!

Apareceu então um visionário chamado M. Friedman, que, com uma perspicácia notável, apontou o dedo aos "governos despesistas". 

Um "génio" que quando perguntado onde a sua teoria tinha sido aplicada, responde: "Os únicos territórios onde se pratica, aproximadamente, a minha teoria são Macau e Hong-Kong".
"Esqueceu" dizer que se tratavam de offshore, que viviam também do jogo.

"Governos despesistas", esses irresponsáveis que ousaram criar um sistema de apoio social, com coisas tão supérfluas como educação, saúde e aposentação, para uma população que, egoisticamente, se habituou a ter esses benefícios. 

Como é que os governos esperavam manter os serviços sem que as receitas fiscais subissem ao mesmo ritmo? 
Que audácia!

Com a "crise" instalada, e a necessidade de culpar alguém, os movimentos populistas surgiram em grande estilo. 

Promessas vazias, como sempre, mas com um repertório de bodes expiatórios que se foi atualizando: a culpa era da corrupção, depois da imigração, e até dos incêndios no verão. 

Tudo movimentos liderados por gente tão pura e altruísta, que nem um único interesse oculto se lhes vislumbra.

E por falar em teorias, a de Friedman é tão bem-sucedida que não existe um único exemplo prático que a sustente. 

Mesmo assim, a fé cega nela persiste. A "solução" para os problemas que essas teorias criaram foi, curiosamente, mais ditadura. 

Um regime que, ao contrário da democracia, que se permite falhar e corrigir, prefere simplesmente anular o debate e a dissidência.
 
Afinal, por que é que a democracia se permite ter falhas? 
É tão mais simples quando um ditador resolve tudo por si só, não é?










terça-feira, 26 de agosto de 2025

Fogo e Drones !

Após mais de 3 anos ouvindo diariamente falar de drones, acho incrível - embora entenda - como ninguém fale de drones para vigiar, detectar, monitorar e atacar fogos.

Particularmente se equipados com sensores infra vermelhos para detecção noturna de fogos e de movimentações potencialmente criminosas. 

Os drones vigiam e combatem o fogo usando diversas tecnologias, desde o monitoramento com câmeras térmicas de alta resolução, até ao lançamento de agentes extintores em áreas de difícil acesso. 

Além de detectar e monitorar o fogo em tempo real, os drones podem fornecer apoio logístico, iluminação e comunicação, assim como podem ser usados para apagar focos de incêndio através de bombas e mangueiras. 

Funções dos drones no combate a incêndios

     
Detecção e monitoramento

Equipados com câmeras de alta resolução e sensores térmicos, os drones podem detectar incêndios em fases iniciais, mesmo em áreas remotas ou de alto risco. 

Permitem monitorar a evolução do fogo, a direção e a intensidade da propagação, auxiliando na tomada de decisões e na implantação de recursos em tempo real.

Apoio aéreo e supressão do fogo 

Alguns drones são equipados com sistemas para transportar e lançar cargas extintoras, como bombas de água e agentes químicos. 

Podem alcançar e apagar o fogo em áreas de difícil acesso para as equipas de combate tradicionais, como prédios altos ou terrenos íngremes. 


     Logística e comunicação

Os drones podem ser usados como pontos de apoio para equipamentos de iluminação, comunicação, ou para transportar carga leve.

           Tomada de decisão 

Fornecem informações vitais, como o alcance do incêndio e a identificação de áreas de risco, permitindo que os comandantes de incidentes determinem onde devem alocar os recursos. 


   Vantagens do uso de drones

Segurança : 
Minimizam os riscos para os bombeiros em operações perigosas. 

Eficiência 
Aumentam a eficiência das operações de combate, permitindo respostas mais rápidas e eficazes.

Acesso a áreas remotas  
Permitem sobrevoar e analisar áreas de difícil acesso, como copas de árvores ou regiões com vegetação densa. 

Inovação e futuro 
A tecnologia de drones no combate a incêndios continua a evoluir.
A inteligência artificial e a integração de sensores avançados aumentarão a capacidade de análise e tomada de decisão em tempo real.


Milton Friedman, um sniper contra a Democracia.

A aplicação das teorias de Milton Friedman, tal como a implementada por Donald Trump e Javier Milei, é frequentemente criticada por causar dificuldades imediatas à população, com benefícios a longo prazo que são amplamente debatidos, sem caso de sucesso conhecido.

A abordagem de Friedman, centrada na supremacia do mercado e na redução do papel do Estado, parte do princípio de que a liberdade económica é o caminho para a prosperidade.
No entanto, a implementação desta filosofia gera choques imediatos. 
O corte abrupto nas despesas públicas, a privatização de serviços essenciais e a desregulamentação do mercado de trabalho levam a um aumento do desemprego e a uma diminuição dos rendimentos. 

As classes mais vulneráveis são as primeiras a sentir o impacto, com a perda de apoios sociais, o aumento do custo de vida e o acesso mais difícil à saúde e educação. 

A crença de que o mercado vai compensar estas perdas de forma rápida e eficiente nunca foi, até hoje confirmada.

Política de terra queimada, onde, um dia, alguma coisa, talvez germine.

Donald Trump, embora não seja um "friedmaniano" puro, partilha algumas ideias com esta escola de pensamento, como a redução de impostos para as empresas e a desregulamentação de setores como o financeiro e o ambiental. A sua política protecionista e as "guerras comerciais" que iniciou, embora tenham como objetivo proteger a indústria nacional, causaram instabilidade nos mercados globais e penalizaram diariamente os consumidores através do aumento dos preços dos produtos importados.

Já Javier Milei, um assumido seguidor de Friedman, tem levado a cabo uma política de "terapia de choque". 
A sua agenda inclui a eliminação de subsídios estatais, a liberalização dos preços e a dolarização da economia, o que tem resultado num aumento brutal da pobreza e da inflação. 

A sua aposta na privatização de empresas públicas e na desregulamentação do mercado de trabalho tem gerado incerteza e descontentamento social, com o futuro dos empregos e a estabilidade financeira de milhões de pessoas em risco.

Os resultados a longo prazo destas políticas são controversos. 

Os defensores da teoria de Friedman argumentam que a disciplina fiscal e a liberdade de mercado criam um ambiente propício ao investimento e ao crescimento sustentável.
Acredita-se que (?), uma vez superado o período de ajuste, as economias se tornam mais competitivas e geram mais riqueza para todos. 

Contudo, os críticos afirmam que o desmantelamento do Estado social cria desigualdades irremediáveis e que o mercado, por si só, não é capaz de resolver problemas como a pobreza, a degradação ambiental ou a saúde pública, o que questiona a eficácia destas políticas a longo prazo e a sua capacidade de criar sociedades mais justas e equitativas.


sexta-feira, 22 de agosto de 2025

O espírito do lobby...!


​Um lobby é um grupo de indivíduos ou organização que busca influenciar decisões de governo para benefício próprio.

Embora a sua prática seja legal em muitos países e possa ser vista como uma forma de participação cívica, o lobby frequentemente contraria o espírito democrático. 

A democracia baseia-se no princípio de que o poder reside no povo e, em resultado do voto, as decisões são tomadas equilibradamente para bem de todos. 

No entanto, o lobby, ao favorecer os interesses de grupos específicos e economicamente poderosos, distorce essa representação, dando mais voz e peso a quem já tem poder, em detrimento dos cidadãos comuns.

​Isto cria um ciclo vicioso: os grupos de lobby financiam campanhas políticas e têm acesso privilegiado a legisladores, que por sua vez aprovam leis que os beneficiam.

Os interesses dos mais ricos e influentes podem sobrepor-se aos da maioria, corroendo a confiança pública nas instituições. 

Para combater esta influência, é crucial fortalecer a transparência e a regulação. 

Medidas como a criação de registos públicos de lobbies, a definição de limites mais rigorosos para o financiamento de campanhas e a proibição de "portas giratórias", onde políticos e reguladores se mudam para posições no setor privado que eles próprios regulavam, são fundamentais. 

A educação cívica e a participação ativa dos cidadãos também são vitais para que a voz de todos seja ouvida, reequilibrando a balança e reafirmando o verdadeiro espírito da democracia


Porta-giratória (duplo click)👇👇

https://www.rtp.pt/noticias/politica/portas-giratorias-um-em-cada-quatro-governantes-portugueses-saiu-da-politica-para-grandes-empresas_v1378710




segunda-feira, 18 de agosto de 2025

A verdade DEVE SER sempre respeitada !




https://eco.sapo.pt/2025/07/30/europa-aperta-o-cerco-a-portugal-deputados-juizes-e-procuradores-tem-de-estar-sob-vigilancia-apertada/

Da IA:

          "FBI: O FBI começou a usar o polígrafo na década de 1930. Desde então, ele se tornou uma ferramenta comum para a avaliação de candidatos e para investigações internas.

          CIA: A CIA também adotou o uso do polígrafo em seus processos de recrutamento e segurança, especialmente a partir da década de 1950. O polígrafo é utilizado para verificar a veracidade das informações fornecidas por candidatos e funcionários.

            Uso Contemporâneo

Atualmente, o governo dos Estados Unidos realiza milhares de testes com polígrafos anualmente, tanto em candidatos a empregos quanto em funcionários já contratados..."

  

Recordo estas realidades, para  me sentir menos só nesta senda de luta pela verdade...

Acredito que num universo cada vez mais repleto de máquinas para substituir trabalhadores também existe uma para limitar quem ilude, mente, oculta a verdade ou rouba o erário público.

Principalmente, quem se serve da mentira para conquistar confiança alheia e depois a trair, enriquecendo servindo-se de dinheiros públicos, ilegalidades cometidas, passivamente permitidas ou facilitadas.

Pessoalmente, disponho-me a depor perante um polígrafo digital certificado, respondendo a qualquer questão sobre a minha vida pessoal, solicitando apenas a quem se interessar por esse interrogatório, se disponha ele-próprio a passar por processo semelhante.

A simples existência deste equipamento em qualquer departamento de estado afastará muitas tentações e quem o denegrir ou recusar, denunciar-se-á. 

O ónus da prova - qualquer um é inocente, até o estado (os nossos impostos) pagar a conquista da prova de culpa - DEVE ser invertido para o crime financeiro!

Qualquer indivíduo a quem o estado solicite provas da licitude da sua fortuna, deve apresentá-las!

Com tantas manifestações de inocência proferidas na suspeita de crime colarinho branco e/ou na cena política nacional, pergunto-me porquê nunca ninguém solicitou um polígrafo certificado para, publicamente, evidenciar a alegada malvadez da sua pronúncia ou a falsidade das, alegadas, provas.

Sei ser este o ÚNICO CAMINHO para vivermos com a verdade do nosso lado e não do lado de criminosos com dinheiro suficiente para comprarem gente esperta que lhes garanta impunidade até qualquer erro administrativo ou prescrição temporal ocorrer.

Existir esta possibilidade e ignorá-la é SER CÚMPLICE de criminosos e de quem ganha muito dinheiro tentando inocentá-los.

Em nome da verdade alguém tem o dever de falar !







quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Pensamento 2 - O mundo automóvel.

 


Mundo Automóvel

No início do século XX, a possibilidade de difusão massiva do automóvel tornou-se um facto.

A velha carroça deu origem à carroceria e os cavalos batizaram as novas e muito superiores capacidades de tração dos motores. 

As linhas de montagem em série surgiram.

A dimensão das carrocerias foi calculada para a família rural americana – a principal utente de carroças – em média com cinco elementos. 

A sua principal utilização era a deslocação semanal ao mercado da vila mais próxima, para abastecimento de bens de consumo corrente. Para transporte destes, foi concebido um amplo compartimento na traseira do veículo.

E, claro, um motor capaz de movimentar toda esta carga à “louca” velocidade de 40km/hora.

A cultura desta conceção de automóvel generalizou-se e as décadas seguintes assistiram a evoluções técnicas e estéticas assinaláveis porém, sempre conservadoras nos conceitos básicos originais.

A apetência generalizada das pessoas para essa nova e atraente forma de libertação das limitações individuais, o conforto proporcionado, a vertigem da velocidade, a exploração de novas paisagens tornou a viatura uma tão indispensável quanto comum,  ferramenta para as sociedades desenvolvidas.

Mas… não há bela sem senão… e a vulgarização do automóvel com características médias de 5 lugares, 200 litros de bagageira e 100 cv de potência, saturou as nossas cidades, tornou a circulação difícil, o estacionamento caótico, a poluição preocupante e exagerado o consumo de recursos naturais.

O que inicialmente era utilizado em pequenas viagens familiares semanais por alguns milhares de pessoas, é hoje utilizado diária e individualmente, por milhões.

Porém, os conceitos da sua criação permaneceram: lugares, espaço para mercadorias, potência de tração.

Será compreensível que a viagem diária e individual de ida e volta para o trabalho seja efetuada num carro de características familiares, ocupando mais espaço em circulação, no estacionamento, consumindo mais combustível, poluindo bastante, exigindo mais matérias-primas na sua construção do que, uma viatura de menores dimensões, menor potência, portanto de consumo inferior, com circulação e estacionamento mais fáceis?

Porém, após uma vintena de anos de alguns modelos automóveis com características individuais, sem bagageira, pouca potência e consumos e fácil estacionamento se encontrarem à venda, ainda é mínima a sua penetração no mercado.

Porquê? Condicionada pelo hábito cultural, a evolução nem sempre se propaga com a desejável racionalidade. 

Existe uma necessidade social de afirmação, em cada um de nós, impedindo-nos de aparentar dispor de bens de dimensão inferior aos do nosso vizinho.

Apenas tal será feito se, pelas circunstâncias, formos compelidos.

As consequências, no domínio da circulação, da poluição e do esgotamento das reservas naturais, estão agora à vista. E são preocupantes…

Ninguém limitou, ninguém obrigou, ninguém se preocupou com o futuro. 

Agora, 2025, as autoridades tentam impossibilitar o trânsito automóvel particular citadino, subtraindo espaço em rodovias para uso exclusivo de bicicletas e trotinetas elétricas... Apesar do vento, frio, chuva e impossibilidade de bagagem mínima... Aparenta ser uma solução de remendo, aproveitada pela quase forçada compra de biciclos a ganâncias circunstanciais...

O automóvel e a sua penetração nas sociedades é apenas um exemplo de toda a tecnologia pré-cibernética. 

Em termos gerais, todos os equipamentos mecânicos desenvolvidos entre 1945 e 1980, ao anunciarem maior facilidade e melhor desempenho nas tarefas rotineiras, inundaram rapidamente os lares ocidentais.

É também a ausência de tecnologias de equivalente potencial, que também contribui para o pantâno económico onde a Europa actualmente se encontra.


sábado, 9 de agosto de 2025

Pensamentos 1 - As dinastias financeiras.

 




A História Universal encontra-se repleta de alterações políticas.

São estas modificações, marcos ditando diferentes épocas na evolução das sociedades humanas.

Invariavelmente, a uma revolução segue-se a total aniquilação física e/ou funcional de toda a classe, até aí, politicamente dominante.

Antes dos Descobrimentos, a anulação das famílias nobres implicava também alteração na detenção dos principais bens. O poder político estava reciprocamente associado ao poder financeiro, ou seja, personificado nas mesmas individualidades, pela posse do território.

Com a formação das burguesias mercantilistas, a detenção de significativas fortunas passou a estar também em mãos de origem popular, com capacidade para comprarem títulos nobiliárquicos.

O capital pertencia, agora também, a quem estava fora do círculo de poder tradicional.

Tal como os nobres, a burguesia endinheirada conseguia agora impor na lei a transmissão de bens por herança.

Constituía-se, assim, uma nova nobreza pelo sangue: a do dinheiro.

Com a importante vantagem de não apresentar os riscos da mais antiga. Os seus membros não eram alvos de eliminação pelo efeito das revoluções e, muitas vezes, bem ao contrário, eram protegidos e apoiados por revoltosos que ocultamente financiavam, com objetivo de os novos alicerces políticos projetados pelos revolucionários, não anularem ou reduzirem o seu poder.

Essas famílias tornaram-se, assim, as de maior resiliência social através dos tempos. 

Sobrevivendo a alterações de regimes, vão influenciando a elaboração das leis, apoiando na sombra movimentos contestatários, financiando governos e controlando – através da gula financeira de agentes do estado - decisões burocráticas passíveis de as incomodar.

Perguntaremos: Porquê o voto popular não impõe o fim deste domínio, corrosivo para a sociedade?

Porque existe um fantasma sempre clamado e agitado pelas monarquias financeiras sobre as populações, quando a questão se levanta: “Se a instituição herança for colocada em causa, nenhum filho poderá herdar.

Este alarme despropositado colhe profundamente em todos aqueles que, após uma vida de trabalho, pensando deixar aos seus filhos meios para um futuro mais confortável, receiam o desmoronar dos seus sonhos.

Seria fácil, justo e socialmente muito conveniente, se herdeiros de valores superiores - por exemplo - a cinco milhões de euros, vissem os direitos do estado serem exercidos com taxações depreciando uma parte significativa desse valor. 

E essa taxação, bem como, o valor a partir do qual seriam aplicadas, seriam sempre constitucionalmente revistos em referendo, por exemplo de 30 em 30 anos, devido aos surtos inflacionários.

Porém, qualquer herdeiro que individualmente recebesse valores inferiores a cinco milhões de euros continuaria, como hoje, a ter o direito a herança isenta de qualquer tributação.

Nenhum pensamento lógico poderá justificar que um bebé, logo no nascimento, seja potencial possuidor de valores de herança na casa dos vários milhões, em alguns casos milhares de milhão, de euros.

Como poderá ser aceitável que alguém, à nascença, sem qualquer prova dada, pensamento expresso ou atitude assumida, esteja imediatamente destinado a controlar o destino de milhares ou milhões de concidadãos e de influenciar, direta ou indiretamente, políticas e economias logo, a evolução do futuro de nações?

Que lógica pode suportar este facto?

Apenas uma: a da monarquia financeira.

A eterna subalternização das famílias pobres às mesmas famílias ricas.

Por razões exclusivamente genéticas, desprovidas de lógica, mérito ou de qualquer outro dom de interesse para a maioria dos cidadãos.

Modificar tudo o que tende a eternizar desigualdades - subalternizando à partida os que podem vir a evidenciar superiores capacidades individuais - é dever de dignidade social, impondo a asserção de, à nascença, todos sermos iguais.

No mínimo, sem ultrajantes desigualdades.


quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Genocídio em Gaza.

Acredito que Israel visa acabar com a população de Gaza. 

A presença aqui de um exército de terroristas sem farda, misturado com civis, que constrói túneis sob infraestruturas sociais como hospitais, escolas, mesquitas com fundos internacionais, sendo um facto, não justificará a aniquilação de toda uma população. 

O Hamas utiliza as tácticas terroristas de completo desprezo pelas leis da guerra e pelos valores da humanidade com a obsessiva retórica da total aniquilação de Israel, e exacerba o direito do inimigo o qual, sendo um exército regular de uma Democracia e, embora respeite regras, fá-lo violentamente temendo pela sobrevivência do seu povo. 


A invasão de Israel pelo Hamas em 07/10/2023 com o massacre e sequestro de mais de mil civis, incluindo bebés, é inaceitável, exige responsabilização e moraliza uma resposta dura pelo invadido.

A questão crucial será: como um país normal deve lidar com um vizinho terrorista?

Para que melhor possamos avaliar a situação, admitamos:

Se Portugal tivesse um vizinho que nos odiasse e que tivesse o comportamento do Hamas, qual seria a nossa - a sua - resposta? 

Apelar à consciência de terroristas? 

Contratar mercenários? 

Ou agir como Israel, resgatando os cidadãos sequestrados, mesmo após meses de cativeiro e assassinatos entre estes?


A solução para o conflito israelo-palestino exige uma visão além das fronteiras atuais. 

Israel possui recursos para adquirir um território equivalente ou superior ao de Gaza, numa região mais produtiva, próspera e afastada do deserto. 

A recolocação da população palestina nesse novo território, com o devido suporte financeiro e logístico, poderia ser uma solução viável, mesmo que a questão da aceitação pelos novos vizinhos permanecesse um desafio. 

Israel e palestinianos para viverem em paz e evitarem acusações recíprocas de interferências armadas, não podem ter fronteiras comuns!

O não considerar sequer esta possibilidade será eternizar o conflito!


Falando agora em crianças:

Desde 2014, invasão da Crimeia, Putin tem raptado a famílias ucranianas filhos menores, que são incorporados no exército russo para combaterem os seus compatriotas na guerra que ele provocou na Ucrânia.

Estima-se em 35.000 o número de crianças/jovens nesta situação.

Enquanto diária e repetidamente os media, ad nauseum, tentam orientar o pensamento ocidental para Gaza, OCULTAM - como convém a Putin - esta selvática realidade.

Para que o mundo e o futuro não esqueçam, conto com a força da vossa divulgação desta realidade!












domingo, 3 de agosto de 2025

Vida fácil...

Ah, a ironia! 

Que névoa deliciosa que paira sobre nós, não é?

Então, sobre essa expressão "Mulheres de vida fácil"... 

Que coisa, não? Tão antiquada, tão... desactualizada

Se fosse para actualizar, com certeza o género mudaria.

Vejamos:

  • Os 9.000.000.000€ do BPN... um "presentinho", não?
  • Os 7.000.000.000€ do BES... outro "mimo".
  • Os 36.000.000€ do Sócrates... uma "pechincha".
  • Os 314.000€ do Mnegro... quase troco de pão.

E as mulheres? Ah, elas... Trabalhando, ralando, dividindo o pão com estranhos... E ainda por cima... condenadas por juízes! Enquanto isso, eles... Com a ajuda da família, dos "padrinhos", dos "furões"... e da benevolência judicial, são os "maiores".

"Homens de vida fácil"? 

Essa, sim, é a expressão que funciona! Especialmente para quem está pagando a conta... Nós!

Que maravilha!







sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Zelensky e a corrupção na Ucrânia


Tem a sua graça. 
Dá que pensar.

Ucranianos descem à rua porque as duas agências de combate à corrupção ucranianas teriam sido - por suspeita de envio de informações para os russos a partir delas - colocadas sob o controle do procurador-geral ucraniano, nomeado pelo presidente.

Aparentemente, o homem que diariamente dá a cara, a paz familiar e ânimo a uma guerra desigual há três anos e meio, pode ser corrupto...

Porém tal como surpreendeu Putin, Zelensky surpreendeu os ucranianos e, especialmente os media ocidentais. Como?

Zelensky afirma que irá colocar sob o escrutínio do polígrafo os funcionários familiares de russos que ocupam postos nessas duas instituições...

À parte de ser apenas familiares de russos os visados,  TODOS entenderam que a dificuldade iria ser bem resolvida!

A multidão regressou a casa e os media calaram-se.

Até quando a instalação desses sistemas em países repletos de dúvidas e ditos corruptos?

O FBI e a CIA fazem-no desde 1939...


quinta-feira, 31 de julho de 2025

A dissuação da força.


Acordo, febril, com o estrondo das labaredas na tv, mais um incêndio florestal. 

Ontem, ouvi alguém lamentar outro fogo, iniciado às 21h30, quando o sol já se punha e o calor diminuía. 

Li que cerca de 85% dos incêndios são propositadamente provocados. 

Os media focam-se nos fogos na UE e nos EUA, mas onde estão as reportagens sobre incêndios de grande magnitude na África, Rússia, China ou Índia?

A memória falha. As labaredas parecem serem exclusivas de regimes democráticos...

Outro barulho me incomoda, além da febre: o trânsito incessante na 2ª circular. 

E então, um pensamento: por que incendiários, loucos, assassinos, com todas as suas paranóias, nunca arriscam atravessá-la?

Parece que planeiam e encobrem seus atos tresloucados, e nunca cruzam a 2ª circular. 

Talvez entendam que no fogo-posto o risco é mínimo; as penas são brandas, reduzidas a metade, e como não têm recursos, não arriscam prejuízos. 

Mas atravessar a 2ª circular significa arriscar a vida; se não morrem, provavelmente ficarão num hospital, com ossos quebrados.

A loucura tem limites, e esse limite é o castigo previsível

As leis e sua aplicação são um convite à impunidade. 

Castigo mínimo para terror máximo!

Como Edmond Burke disse: 

"Para que o mal triunfe, basta que o bem nada faça." 

E o "bem", em Portugal, parece trabalhar para que o mal triunfe.

Aparenta ser útil, mas parece consegui-lo apenas  pela repetida generalização do mal.

Será mais "necessário" e quem representa o "bem" ganhará ainda melhor.

A inação diante da tragédia ecoa mais alto que o barulho das chamas.





quarta-feira, 30 de julho de 2025

Crime colarinho branco (CCB)

Ah, o crime de colarinho branco… essa modalidade olímpica onde se compete não pela medalha, mas pela morosidade dos tribunais e pela arte de desaparecer com milhões sem deixar rasto — ou melhor, deixando rastos suficientes para garantir entrevistas e cargos de consultoria mais tarde.

Tudo começa com o sagrado “princípio da inocência”, essa almofada de penas finas que envolve ternamente os suspeitos — perdão, os injustamente perseguidos — durante décadas.

Enquanto isso, os processos dormitam em estantes ministeriais, como bons vinhos à espera de envelhecer… até prescreverem, claro.

E depois há o maravilhoso mundo dos offshores. 

Ah, que delícia! 

Enviamos cartas, pedidos de colaboração internacional, rogativas com todos os selos e fitas douradas. 

E o que recebemos de volta? Silêncio!

Um silêncio tão profundo que chega a ser poético: "Desculpe, não temos informação sobre o beneficiário final da empresa XYZ Holdings Unlimited...". 

Que surpresa...! 

Nunca ninguém pensou que uma firma chamada “XYZ Holdings” sediada numa ilha de 3 km² não tivesse um dono verdadeiro!

Afinal, quem somos nós para perturbar a liberdade empresarial global? 

Investigar é um abuso, uma castração da liberdade, uma limitação ao enriquecimento visível, fácil, insolente.

Reduzam o IRC que ele precisa aumentar a conta offshore...

E exigir transparência - quando é exigida - é quase um insulto à criatividade dos que conseguem esconder milhões em três tempos com recurso a seis intermediários, uma caixa postal e um advogado com escritório num bungalow.

No fim, o colarinho continua branco, impecavelmente engomado, a desfilar tranquila e desafiante pelos corredores do poder exemplificando com enriquecer sem consequências sensíveis, à custa dos patetas que nele votaram ou do amigo (e cúmplice?) nomeado que ele motivou...

A justiça, essa, fica ali no canto… à espera que um dia também ela possa abrir conta num offshore.



Descaramento...!

Desde que a internet nasceu a banca terá sido o principal beneficiário das facilidades que esta trouxe. Desde tranferências de ...