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sexta-feira, 7 de julho de 2023

"Hospitais privados"?

Hoje não tencionava publicar nada...
Mas, há atitudes, palavras omissas, golpes financeiros sobre uma população indefesa por mal informada e ingenuamente crente, que me obriga a actuar, apesar de entender que este alerta contra mais este golpe financeiro, não se destina a quem, normalmente, é meu leitor.
Por isso peço-vos que repassem...

Ora bem, alguém cometeu o "crime" de enviar para um "Hospital privado" uma grávida de risco, quando o ministro Pizarro havia dito que apenas enviaria grávidas sem risco, 
devido a obras de melhoramentos na obstetrícia do Santa Maria.

A questão é: um "Hospital privado" não é equivalente em meios a um Hospital público?

Se é, porque não pode receber grávidas de risco?
Se não é, porque se designa por Hospital?

Porque o governo autoriza que qualquer local com meios minimalistas de apoio à saúde se designe por Hospital, onde todos os crentes, especialmente os com dinheiro, confiam a sua saúde e a dos familiares a preços altamente lucrativos para essas entidades?

Mas pior: 
Os vários "noticiários" de tv que hoje já vi, também na estação paga em grande fatia pelos impostos, alegam que o SNS tinha enviado para um "Hospital privado" uma grávida de risco, faltando à palavra do ministro.

Não importa aos media, que um "Hospital privado" não seja provido de meios para apoiar grávidas de risco. 
Sobre isto há uma conveniente omissão verbal.
Importa é que houve - provocada por quem? - uma falta à palavra do ministro.

Porquê?

Porque os "Hospitais privados" PAGAM PUBLICIDADE regularmente aos media. Campanhas intensas e longas...

Logo, não interessa o logro que a expressão "Hospital privado" induz na população.
Importante, é manter o pagante publicitário, ainda que à custa do risco de vida de otários pagantes.

Está mais do que na hora de denunciar este enorme e perigoso embuste!

O governo DEVE definir, em decreto-lei, o conteúdo físico mínimo da palavra Hospital. Público ou privado!

Se não o fizer, estará a proteger uma burla perigosa para a vida dos cidadãos e deverá responder por isso...!





sábado, 1 de julho de 2023

O futebol e Ronaldo.

Gosto, bastante, de futebol.
Mas ainda tenho a frieza suficiente para me defender do envolvimento emocional para onde, me pretende arrastar quem pessoalmente, lucra milhões com emoções das multidões.

Regra geral: Quem consegue conquistar pela paixão, multidões 
está particularmente bem colocado para enriquecer, e muito.

Todas as organizações que, ao longo da História, arrebataram pela emoção milhões de adeptos, angariaram biliões para os seus dirigentes gerirem da forma que consideraram mais útil. Particularmente, para eles...

É típico, após a conquista de qualquer presidência de clube de futebol de destaque, o seu presidente passar a decidir sobre negócios de milhões. 
E, excepto caso que eu desconheça, torna-se rapidamente mais poderoso, mais influente e mais mediático.

Mesmo dirigentes tidos como honestos, se auto-atribuem - perante a morna passividade de assembleias gerais - vencimentos distantes das suas capacidades académicas, profissionais ou sociais, até aí demonstradas.

Passam a contactar e a serem contactados por indivíduos, agentes intermediários, propondo negócios atrás de negócios: 
- Compra e venda do passe de jogadores sem qualquer interesse prático para o clube ou sem real qualidade, apenas para alguém ganhar comissões por tais compras. 
- Passagem facilitada de dinheiro para offshore, onde quer o clube contratante quer o jogador contratado têm contas bancárias abertas, transitando verbas de uma para a outra, longe do alcance do controlo financeiro do país onde exercem actividade.

O futebol entranhou-se de tal modo nas sociedades, que nenhum político dispensa o apoio, directo ou discreto, do(s) clube(s) de futebol do seu círculo eleitoral...

Mas recordemo-nos: Quem, fundamentalmente por paixão vota, só pode aguardar desilusão...

Quando Cristiano Ronaldo ganhava no Real Madrid €2.000.000, já recebia em um só mês mais do que eu ganhei em 40 anos de trabalho..

Que Cristiano ganhasse muito mais do que eu, certo, certíssimo, entendo perfeitamente. 
Quem tem ou desenvolve méritos especiais, deve ter maiores contrapartidas.

Agora que ridicularize uma vida de trabalho útil, apenas com um mês de espectáculo de utilidade duvidosa, não consigo entender!

Talvez por isso eu sorria, quando penso no dia em que o Cristiano for candidato à presidência da República e, creio, a lógica de apoio à candidatura já começou com a compra do Correio da Manha...
















segunda-feira, 26 de junho de 2023

Espaço mediático.

Esta semana, 18-24 de Junho de 2023, consegui estar 24 horas, sem que qualquer órgão de informação, após um mês de exemplar perseguição individual, pronunciasse a palavra amaldiçoada: Galamba!

Apenas uma sucessão de acontecimentos de dimensão mundial e as suas projecções exaustivas por dezenas de comentadores, terá impedido os media nacionais de proferir o nome maldito.

É incrível como órgãos profissionalizados de informação "livre", se dedicam especial e sistematicamente, à perseguição individual de um político.

Serei insuspeito nesta crítica, porque, de há muito, não simpatizo com o personagem nem com o grupo em que se apoia no PS.
Também tenho dificuldade, confesso, em reconhecer  respeito e dignidade que, na minha opinião, o cargo de ministro merece seja personalizado por alguém que insiste em se decorar com um juvenil brinquinho...

O senhor ministro é simbolo do yuppismo político agressivo que caracteriza a JS do seu tempo, fomentada por Sócrates que, por exemplo, em nome da independência política - ainda hoje aplaudida pelos media - colocavam em lugares de destaque da política, essencialmente, familiares e amigos.

Dito isto, e após o risível comportamento da interminável e insustentável comisssão de inquérito à Tap, admito que o alvo da actual perseguição mediática, conquistou margem para se tentar impor como ministro.

Deixem-no em paz...!





sábado, 24 de junho de 2023

Fronteiras...

Vivemos uma geração de fronteira(s).

Fronteiras entre: 

-Intensidade e indiferença religiosa,
-Guerra e Paz,
       -Isolamento e internacionalização política,
       -Dependência e independência feminina,
-Analógico e digital,
-Racismo e homogeneidade racial,
-Homofobia e aceitação de todas as diferenças sexuais, 

-Indiferença e cuidado animal...

A meu ver demasiado, para quem nasceu culturalmente formatado numa qualquer lógica, e se viu obrigado a adaptar uma outra, quase sempre, contraditória à primeira.

Esta pressa na alteração dos comportamentos - baseados em sentimentos - humanos, até cerca de 2015 aparentemente aceite, no mínimo entendida por boa parte da humanidade, foi posta em causa pela eleição de alguém com as preocupantes características de Donald Trump, nos EUA.

Trump não só coloca em causa, como contesta essas novas perspectivas e enfrenta-as com uma retórica, a meu ver, roçando o imbecil, o ignorante e o patético (apesar do forte ataque mediático diário) conforme denunciado por enorme número de acólitos seus, por si escolhidos, mas que ao longo do tempo sentiram necessidade de o isolar, com destaque para Mike Pence.

Trump, mais um produto da fama, dinheiro e imagem, sem qualquer mérito individual é, hoje ainda, um ícone do radicalismo para os abandonados pelo ritmo das evoluções culturais, digitais, robóticas, sociais... do seu tempo, e que se sentem traídos, minimizados e excluídos por uma evolução da qual foram, apenas, espectadores e alguns, vítimas.

Como podemos estranhar os resultados de Trump ou o seu alastramento por todo o mundo?

Se a lei internacional continuar a atrasar-se perante as dilacerantes atitudes dos monstros digitais globais e das concentrações porno-idiotas dos donos da finança, os trumps neste planeta não deixarão de se multiplicar.

E as democracias sofrerão... muito!


Se considera que a ponderação neste texto é acertada, repasse-o.
Talvez algum político seja tentado a travar o seu habitual galope para o abismo...






sexta-feira, 16 de junho de 2023

Educação...!

É fascinante a história do ensino público, em Portugal.
Lembro, com saudade, quando ele era tido como único, capaz e para todos.
Aqueles que "caíam" pelo caminho, procuravam a continuidade num ensino dedicado, com empregabilidade quase garantida mas, sem os contornos de "requinte" do ensino superior.

Claro que o nível de apoio familiar, directo ou através de "explicações" respondia, complementando, exigências do ensino público.

O ensino privado, quase sempre ligado à igreja ou a culturas estrangeiras, era paralelo mas claramente inferior. Os media, à época, não propagandeavam rankings escolares como se de notícia se tratasse, nem os privados pagavam publicidade nem inflacionavam notas, para obterem mais "clientes"...

O privado da igreja era único com disseminação fora dos grandes centros, constituindo alternativa única para famílias afastadas de menores recursos, muitas dessas instalações em regime de internato, com a doutrinação inerente.

Os professores do público eram, então, reconhecidamente mal pagos e formaram uma estrutura sindical, que consegue, ainda hoje, ter centenas de indivíduos pagos pelos impostos como sendo professores no activo e direitos iguais nas promoções, porém, dedicando-se exclusivamente à reivindicação da classe os quais, só conservam e eternizam tal "tacho", se provocarem regularmente convulsões profissionais como o "prova de vida".

Os professores, como todos nós, escolheram a sua carreira profissional livremente para o bom - tempos houve onde davam aulas 25 horas por semana (o resto era para preparar aulas...) tinham 3 meses de férias no Verão e 2 semanas no Natal e Páscoa - e para o menos bom.

Conseguiram vencimentos dignos. Subidas de carreira e escalão generalizadas, sem qualquer constrangimento ou avaliação.

E, agora, com a sua sistematizada reivindicação, estão atirando o ensino público ao chão, para gáudio do ensino privado.

De facto, se não se soubesse ser o PCP o eterno elo político do principal sindicato, levantar-se-ia a dúvida se este não trabalha exclusivamente para benefício privado...

Existem também outras "fortes motivações"* para os pais pagarem os caríssimos colégios privados...

Quem sabe, se por este "esforço" Portugal ainda conquistará o seu Trump...😤




quarta-feira, 14 de junho de 2023

Marcelo, o orador compulsivo.

Marcelo é aquilo a que eu chamo homem equilibrado.

Porém, depois do recente assédio mediatizado de ataque ao PM - com cartazes e palavras dignas de apoiantes de Trump - uma ou duas centenas de indivíduos que se afirmam educadores de jovens invetivaram publicamente António Costa em nome da sua conveniência profissional, repensei.

Marcelo argumentou que por causa de centenas, não podem ser castigados milhares...

Tal como no passado, prof. Marcelo, não deveriam ter sido castigados milhões de portugueses - que nada fizeram - pelos crimes de dezenas praticados no BPN e no BES... MAS FORAM!

Dois pesos, duas medidas, de acordo com as conveniências de circunstância ou será  necessidade compulsiva de falar instantaneamente, sem reflectir, aos assediadores mediáticos?

Será que vivemos em Democracia (medíocre embora...) ou seremos conduzidos diária e mediaticamente por vanguardas revolucionárias de assédio público?

E a lei não prevê penalidades?




domingo, 11 de junho de 2023

O passado existiu. E existe, para comparar...!

Das, raras, vantagens da velhice destaco tempo para pensar e  experiências vividas, para recordar e comparar.

Inevitavelmente, recordei o tempo em que a lei impunha limite ao lucro empresarial. 
Na década de 1950, a mais-valia não podia exceder cerca de 30% da despesa.

Claro que essa lei desapareceu!

Agora o céu é o limite.
Tal nem seria muito importante se, em todos os sectores,  a concorrência funcionasse.

Porém, há sectores privilegiados onde é o cartel quem dita a lei conveniente, perante as passividades governativa e sindical. 
Refiro os bancos, seguros, combustíveis para automóveis, eléctricas, gás, construção civil, telecomunicações... por exemplo...

Sendo o céu o limite, as administrações tentam lá chegar, tão rapidamente quanto possível, aumentando continuamente os lucros.
Os accionistas agradecem, pressionando governos para a passividade e sindicatos para a cumplicidade.

Sindicatos cúmplices do patronato?

De facto. Por exemplo, se os trabalhadores de menores rendimentos desse sindicato, auferirem tanto ou mais que os de maior rendimento de outra atividade social.
Exemplo: 
Um contínuo bancário auferir tanto como um técnico superior na função pública...