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sexta-feira, 16 de junho de 2023

Educação...!

É fascinante a história do ensino público, em Portugal.
Lembro, com saudade, quando ele era tido como único, capaz e para todos.
Aqueles que "caíam" pelo caminho, procuravam a continuidade num ensino dedicado, com empregabilidade quase garantida mas, sem os contornos de "requinte" do ensino superior.

Claro que o nível de apoio familiar, directo ou através de "explicações" respondia, complementando, exigências do ensino público.

O ensino privado, quase sempre ligado à igreja ou a culturas estrangeiras, era paralelo mas claramente inferior. Os media, à época, não propagandeavam rankings escolares como se de notícia se tratasse, nem os privados pagavam publicidade nem inflacionavam notas, para obterem mais "clientes"...

O privado da igreja era único com disseminação fora dos grandes centros, constituindo alternativa única para famílias afastadas de menores recursos, muitas dessas instalações em regime de internato, com a doutrinação inerente.

Os professores do público eram, então, reconhecidamente mal pagos e formaram uma estrutura sindical, que consegue, ainda hoje, ter centenas de indivíduos pagos pelos impostos como sendo professores no activo e direitos iguais nas promoções, porém, dedicando-se exclusivamente à reivindicação da classe os quais, só conservam e eternizam tal "tacho", se provocarem regularmente convulsões profissionais como o "prova de vida".

Os professores, como todos nós, escolheram a sua carreira profissional livremente para o bom - tempos houve onde davam aulas 25 horas por semana (o resto era para preparar aulas...) tinham 3 meses de férias no Verão e 2 semanas no Natal e Páscoa - e para o menos bom.

Conseguiram vencimentos dignos. Subidas de carreira e escalão generalizadas, sem qualquer constrangimento ou avaliação.

E, agora, com a sua sistematizada reivindicação, estão atirando o ensino público ao chão, para gáudio do ensino privado.

De facto, se não se soubesse ser o PCP o eterno elo político do principal sindicato, levantar-se-ia a dúvida se este não trabalha exclusivamente para benefício privado...

Existem também outras "fortes motivações"* para os pais pagarem os caríssimos colégios privados...

Quem sabe, se por este "esforço" Portugal ainda conquistará o seu Trump...😤




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