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quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Irão


Quase sempre, são minorias activas quem vai torcendo a realidade em favor dos seus alvos regra geral, muito negativos, quando se trata de conflitos entre níveis civilizacionais.

Tenho bastante idade, e lembro-me do que começou por ser trabalho de minorias activas, colocando a avidez mediática ocidental ao seu serviço: a contestação a Reza Pahlevi, Xá da Pérsia (Irão), por praticar assassinatos entre os seus opositores. 

Em breve, todo o Ocidente exigia a cabeça de Reza Pahlevi, que era um ditador com hábitos sociais ocidentalizados.

Os EUA retiraram-lhe o apoio!

Pahlevi foi deposto pelas ruas. Veio para o substituir um "santo" homem de Paris: O Ayatollah Khomenei.

Como papa dos xiitas, iniciou o seu mandato fuzilando, diariamente, mais de 1.000 opositores durante semanas. As minorias activas silenciaram-se. Ou porque se envergonharam ou, porque já teriam feito o seu trabalho...

Hoje o Irão é o que se vê...!

Aprendi então uma lição: Serão todos bandidos! Mas alguns são OS NOSSOS bandidos... 

 O projeto nuclear iraniano iniciou-se em 1950, com apoio dos Estados Unidos. 

No entanto, após de 1979, fim do reinado de Reza Palhevi e início do reinado xiita, o programa paralisou.

Na década de 1990, com um acordo com a Rússia, o programa nuclear do Irão recomeçou.

Há cerca de um mês, os dirigentes religiosos-políticos xiitas impediram a AIEA (Agência Internacional de Energia Atómica) de efectuar uma inspeção local, visando garantir ao mundo que o programa nuclear iraniano apenas visava  fins pacíficos.

Recordo que o Irão tem como objectivo religioso(?) eliminar Israel da face da Terra.

Daqui o avanço dos EUA com dois porta-aviões, pelo menos um com capacidade nuclear, para o Mediterrâneo Oriental.





Um tecido a rasgar-se?

 

Há cerca de 4 anos li um livro daqueles que nos alargam horizontes... Por vezes, quando já viajámos bastante, lemos bastante, contactámos com muitas pessoas, ouvimos muitas teorias para cada circunstância... fecha-mo-nos na nossa concha e pensamos que pouco mais de interessante poderemos aprender.

Mas ao ler Fact Fulness, de Hans Rosling, um médico sueco vocacionado para a Estatística, senti um abalo nas minhas convicções.

Rosling, entre muitas outras coisas, diz-nos porquê a ONU não está preocupada com o crescimento exponencial da população mundial. Nas suas previsões o mundo atingirá 11 biliões de humanos, por volta de 2110 e então, comecerá a decrescer.

Porquê? Este espaço é curto mas, se o tema lhe interessa, aconselho-lhe a ler o livro.

O assunto é-me particularmente importante por eu sempre ter considerado o exponencial aumento populacional global, como "raiz" de todas preocupações ambientais dos nossos dias, sem que se oiça uma palavra oficial sobre o tema.

O mundo, segundo Rosling, encontra-se dividido em 4 patamares civilizacionais. 

Porém, o primeiro destes está, desde a última década do século XX, a ganhar características exponencialmente distintas dos restantes, a abrir diversos conceitos fechados no tempo, a contrariar dogmas, conceitos, interesses e causas tão rápida e ferozmente, que os restantes patamares civilizacionais estranham-no e temem-no logo, tendem a hostilizá-lo.

Este velho tecido social que o mundo formou, está a rasgar-se...!

As incompreensões assumem ameaças.

As Ditaduras exploram e estimulam a ignorância espalhando receios de ameaça divina.

Também as vantagens da tecnologia - desenvolvida e banalizada a Ocidente - apoiam fortemente o poder a ditadores, enquanto semeiam desemprego nas sociedades democráticas.

A economia Ocidental encontra-se, após COVID-19 e com apoio actual à guerra na Ucrânia, estacionária.                                         



Nada de positivo se pode esperar de tal...




domingo, 15 de outubro de 2023

ISRAEL


Há uma semana que, durante 24h/dia, apenas ouço e vejo noticiários sobre o ataque do Hamas a Israel.

Acabou, noticiosamente, a guerra na Ucrânia.

A (i)lógica mediática é sempre mais bombas, mais mortes e mais sangue...

Ninguém certamente terá ouvido nos media, até agora, os termos civilização, fanatismo ou teocracia.

Porque são importantes?

Civilização porque o que está em causa é um confronto entre uma civilização avançada e outra primária.

Fanatismo porque, função do seu primitivismo, o confronto é iniciado e apoiado por crentes na razão e protecção divina, frente a uma imensa superioridade bélica.

Teocracia por ser uma Ditadura religiosa que justifica a loucura abençoando a guerra, a morte e o sacrifício pela "causa".

A distância civilizacional - criada pela natureza entre povos a Norte possibilitando-lhes avanços tecnológicos, enquanto estagnava o "modus vivendi" a Sul - produziu ao longo da História de um lado, Estados Democráticos no outro, Ditaduras sob diferentes formas, destacando-se nestas as teocracias, as piores, que culpam os seus povos do atraso óbvio por:

- Não cumprirem rigorosamente as leis do seu Deus.
- Os povos do Norte roubarem os seus recursos naturais embora, os seus ditadores ostentem bens e atitudes luxuosas, fortemente denunciantes do oposto...

Este o quadro geral da situação actual no Médio Oriente.

Há, desde 1948, uma incursão das Democracias num  "santuário" de Ditaduras.
Foi então introduzido um "perigo": o da contaminação positiva no Médio Oriente. 

Esta a razão de Israel ter de desaparecer da face da Terra!

Os militares israelitas vão, em breve, sacrificar-se pela sobrevivência do seu Povo, Pátria e Democracia!

Por estes valores estou, absolutamente, com eles!








sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Cunhas...

Os partidos, a Maçonaria, a Opus Dei, o loby lbgt+, os membros dos governos, os autarcas, os sindicatos, as famílias... praticam ou não, a famosa "cunha" com a pesada negatividade que os media lhes atribuem?

Tentemos reduzir a questão ao ponto de vista individual:

Suponhamos que o leitor é nomeado ministro. 
Quem iria escolher para trabalhar consigo?
Amigos que considerasse capazes ou optaria por desconhecidos, eventualmente adversários encapotados, que lhe fossem apresentados como competentes?

E, o que é competência?

A intensidade política individual, a experiência profissional, o título académico, o passado útil à sociedade ou outra característica?
E qual o critério, ou critérios, de competência para se assessorar um ministro? 


Pensemos agora que o leitor é "apenas" um pai de família. 

Será que não fará tudo o que estiver ao seu alcance para a sua filha ou filho conseguir o melhor trabalho possível? Mesmo recorrendo a uma "cunha" caso ela esteja ao alcance?

Pela minha experiência passada, é-me possível concluir que qualquer pessoa dotada de capacidade de trabalho, conhecimentos gerais acima da média, bom-senso e socialmente adaptada, pode ocupar quase todos os cargos. Para os mais especializados será sempre possível recorrer a consultores pois não se espera de ninguém, ser simultaneamente financeiro e médico...

Seja oriunda do partido, da maçonaria, da opus dei, lgbt+, sindicato ou familiar, o que se espera da pessoa é o desempenho capaz das funções que lhe são entregues e a avalição do seu desempenho, boa ou má, será problema de quem a nomeou.

Os media devem acabar com as campanhas "a priori", de uma nomeação para abortarem e - tentarem - assassinar politicamente os nomeadores e nomeados, caso estes não lhes agradem...

Não é crime ser familiar ou pertencer a qualquer organização da sociedade, para exercer um cargo público ou privado.

Só a manutenção da incapacidade para desempenho de funções é condenável!

Outra coisa, será o puritanismo ético anti-"cunha".

Uma sociedade evoluída deve, obviamente, combater a desigualdade no acesso a qualquer função!
Mas não será mediaticamente  prioritária a sistemática preocupação no combate a paraísos fiscais, onde tranquilamente repousam capitais oriundos da fuga aos impostos, do tráfico humano, órgãos, droga, armamento...?

Dinheiro esse, que já soma 1/3 do pib mundial e que faz falta aos estados para evitar o recurso sistemático à dívida externa, condicionando, principalmente, a educação e a saúde públicas?

Os media veem o mundo com lentes ampliadoras, sobre tudo, para as mínimas controvérsias do dia-a-dia.
Mas são cegos à podridão que, silenciosamente, vai aniquilando o Sistema Democrático e com ele, a liberdade de imprensa.


(duplo click para abrir links...)




quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Médicos...!


Devo muito à medicina! 
Sem os avanços desta, a minha vida desde os 6 anos de idade teria sido outra. Provavelmente em cadeira de rodas.
Digo isto, para o texto não ser tomado como escrito por alguém desconhecedor, indiferente ou contrário aos benefícios da investigação médica, no que a seguir afirmo:

As sociedades europeias evoluíram muito desde o fim da última grande guerra (1939-1945) nos sistemas de combate à doença ditos, de saúde.

A questão será: o que se entende por combate à doença?
Por exemplo, um parto normal será uma doença que necessita ser combatida? 

Desde os primórdios da humanidade que existem partos!

Milhares de gerações tiveram os seus bebés em casa, com apoio de uma "parteira", pessoa sem habilitações socialmente reconhecidas porém, com grande experiência nesses actos.

Claro que nascer num ambiente dedicado expressamente para o efeito, assegurará um maior número de nados-vivos.

Mas... a que custos para a sociedade? 
Qual o custo para termos dos melhores índices do mundo, neste sector?

O pessoal de enfermagem, que desde sempre realizou diversas operações relativas à pró-natalidade e natalidade porque está agora - com grau de licenciatura, tal como o de muitos médicos - administrativamente inibido de praticar o acto de parto simples, bem como o de qualquer pequena cirurgia?

É latente e constante o ambiente de tensão nos hospitais públicos, pelo poder que o loby dos médicos exclusivamente aufere de efectuar partos nos hospitais públicos - ao qual parece ser indiferente nos "hospitais" privados - provocando inquietude na população menos esclarecida, se uma parturiente num hospital público não tem, obrigatoriamente, um médico a assisti-la apesar de o parto não ser de risco.

É uma "guerra" de manutenção do poder dos médicos pela qual, se propagandeiam receios irreais com custos pesados, desnecessários e bem reais.











terça-feira, 10 de outubro de 2023

Carta aberta ao ministro da administração interna.

Caro Doutor José Luís Carneiro:

Tenho confirmado pela imagem televisiva que transmite, a ideia de político lúcido e eficaz que tinha de si.
A eficácia em política, porém, tem de ser bem entendida pelos eleitores.
Afirmou VExa recentemente na televisão, que a receita das autuações conseguidas pela proliferação de radares que decidiu instalar (a menos de 1km da minha casa, há 4...)  - castigando constantemente todos com obrigatória lentidão, para evitar a pontual loucura de alguns, ao invés de multas pesadas aos infractores - destinar-se-á à anulação dos "pontos negros" que esses radares, agora, "aclaram".

Venho assim solicitar a VExa, em nome da transparência devida a qualquer aplicação de dinheiros públicos, a publicação e divulgação de um ou vários cronogramas temporais, físicos e financeiros detalhando os montantes investidos em cada projecto bem como, a localização e datas previstas de realização dos trabalhos necessários.

Aproveito a oportunidade para também solicitar a VExa a relocalização do radar na 2°circular junto ao posto de combustível da Repsol, sentido Benfica-Aeroporto, que diariamente provoca engarrafamentos de cerca de 4Km, a horas que nem são as de ponta.

Já agora:
Hoje, 09/10/1923, ouvi VExa afirmar que graças aos radares haverá 20% menos sinistralidade nos locais por estes vigiados.

Pergunto: 
- Não será pela procura provável pelos condutores, de vias alternativas às limitadas pelas multas dos radares?
- Não será por estes, aparentemente, errarem muito
e favoravelmente à facturação de quem os controla?

Com os meus cumprimentos,


sábado, 7 de outubro de 2023

Alteraçōes climáticas ?


Se em 1991, exprimi reservas sobre as chamadas alterações climáticas (ACs), fi-lo com base em dados climáticos dos dois trinténios anteriores, 1931-61-91, que nada indiciavam de anormal no clima.

Fiz então, pessoalmente, silêncio sobre o tema até hoje, por entender que tudo o que viesse a ser feito a partir daí em prol do clima, seria importante para a União Europeia contribuindo para a oportunidade de, lentamente, esta se livrar da dependência de petróleo oriundo de países instáveis, a maioria na mão de dirigentes árabes, com regulares e pesados impulsos financeiros, esgotamento previsto e combustão altamente poluidora.

O novo presidente do IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera), em entrevista a 06/10/1923 ao Público,

 


refere, em título, que " A série de dados dos últimos 20 anos já mostra alterações..." ou seja, em 1991 não existia qualquer indicador estatístico que apontasse para alterações no clima.  No entanto, já alguém as havia "decretado", talvez para dar corpo à Convenção Quadro da ONU de 1992 sobre as ACs...


Sinto que devo terminar este post, lembrando que os 80 anos, que em média cada um de nós está na Terra, são uma gota na água de um mar de 4.500.000.000 de anos, actualmente, atribuídos à existência do planeta.

Por isto, tudo o que seja inferir de um comportamento instantâneo da atmosfera, uma tendência, uma inevitabilidade ou uma catástrofe a prazo será erradíssimo, perigoso, alarmante e indigno de qualquer dirigente.

Lamento que António Guterres, uma das melhores cabeças que conheci, o esteja a fazer.

Certamente o fará mais por circunstancial conveniência da ONU - com razão básica existencial bem diferente - do que pelo interesse, a prazo, do planeta.