Se em 1991, exprimi reservas sobre as chamadas alterações climáticas (ACs), fi-lo com base em dados climáticos dos dois trinténios anteriores, 1931-61-91, que nada indiciavam de anormal no clima.
Fiz então, pessoalmente, silêncio sobre o tema até hoje, por entender que tudo o que viesse a ser feito a partir daí em prol do clima, seria importante para a União Europeia contribuindo para a oportunidade de, lentamente, esta se livrar da dependência de petróleo oriundo de países instáveis, a maioria na mão de dirigentes árabes, com regulares e pesados impulsos financeiros, esgotamento previsto e combustão altamente poluidora.
O novo presidente do IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera), em entrevista a 06/10/1923 ao Público,
refere, em título, que " A série de dados dos últimos 20 anos já mostra alterações..." ou seja, em 1991 não existia qualquer indicador estatístico que apontasse para alterações no clima. No entanto, já alguém as havia "decretado", talvez para dar corpo à Convenção Quadro da ONU de 1992 sobre as ACs...
Sinto que devo terminar este post, lembrando que os 80 anos, que em média cada um de nós está na Terra, são uma gota na água de um mar de 4.500.000.000 de anos, actualmente, atribuídos à existência do planeta.
Por isto, tudo o que seja inferir de um comportamento instantâneo da atmosfera, uma tendência, uma inevitabilidade ou uma catástrofe a prazo será erradíssimo, perigoso, alarmante e indigno de qualquer dirigente.
Lamento que António Guterres, uma das melhores cabeças que conheci, o esteja a fazer.
Certamente o fará mais por circunstancial conveniência da ONU - com razão básica existencial bem diferente - do que pelo interesse, a prazo, do planeta.
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