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quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Um tecido a rasgar-se?

 

Há cerca de 4 anos li um livro daqueles que nos alargam horizontes... Por vezes, quando já viajámos bastante, lemos bastante, contactámos com muitas pessoas, ouvimos muitas teorias para cada circunstância... fecha-mo-nos na nossa concha e pensamos que pouco mais de interessante poderemos aprender.

Mas ao ler Fact Fulness, de Hans Rosling, um médico sueco vocacionado para a Estatística, senti um abalo nas minhas convicções.

Rosling, entre muitas outras coisas, diz-nos porquê a ONU não está preocupada com o crescimento exponencial da população mundial. Nas suas previsões o mundo atingirá 11 biliões de humanos, por volta de 2110 e então, comecerá a decrescer.

Porquê? Este espaço é curto mas, se o tema lhe interessa, aconselho-lhe a ler o livro.

O assunto é-me particularmente importante por eu sempre ter considerado o exponencial aumento populacional global, como "raiz" de todas preocupações ambientais dos nossos dias, sem que se oiça uma palavra oficial sobre o tema.

O mundo, segundo Rosling, encontra-se dividido em 4 patamares civilizacionais. 

Porém, o primeiro destes está, desde a última década do século XX, a ganhar características exponencialmente distintas dos restantes, a abrir diversos conceitos fechados no tempo, a contrariar dogmas, conceitos, interesses e causas tão rápida e ferozmente, que os restantes patamares civilizacionais estranham-no e temem-no logo, tendem a hostilizá-lo.

Este velho tecido social que o mundo formou, está a rasgar-se...!

As incompreensões assumem ameaças.

As Ditaduras exploram e estimulam a ignorância espalhando receios de ameaça divina.

Também as vantagens da tecnologia - desenvolvida e banalizada a Ocidente - apoiam fortemente o poder a ditadores, enquanto semeiam desemprego nas sociedades democráticas.

A economia Ocidental encontra-se, após COVID-19 e com apoio actual à guerra na Ucrânia, estacionária.                                         



Nada de positivo se pode esperar de tal...




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