quinta-feira, 31 de julho de 2025

A dissuação da força.


Acordo, febril, com o estrondo das labaredas na tv, mais um incêndio florestal. 

Ontem, ouvi alguém lamentar outro fogo, iniciado às 21h30, quando o sol já se punha e o calor diminuía. 

Li que cerca de 85% dos incêndios são propositadamente provocados. 

Os media focam-se nos fogos na UE e nos EUA, mas onde estão as reportagens sobre incêndios de grande magnitude na África, Rússia, China ou Índia?

A memória falha. As labaredas parecem serem exclusivas de regimes democráticos...

Outro barulho me incomoda, além da febre: o trânsito incessante na 2ª circular. 

E então, um pensamento: por que incendiários, loucos, assassinos, com todas as suas paranóias, nunca arriscam atravessá-la?

Parece que planeiam e encobrem seus atos tresloucados, e nunca cruzam a 2ª circular. 

Talvez entendam que no fogo-posto o risco é mínimo; as penas são brandas, reduzidas a metade, e como não têm recursos, não arriscam prejuízos. 

Mas atravessar a 2ª circular significa arriscar a vida; se não morrem, provavelmente ficarão num hospital, com ossos quebrados.

A loucura tem limites, e esse limite é o castigo previsível

As leis e sua aplicação são um convite à impunidade. 

Castigo mínimo para terror máximo!

Como Edmond Burke disse: 

"Para que o mal triunfe, basta que o bem nada faça." 

E o "bem", em Portugal, parece trabalhar para que o mal triunfe.

Aparenta ser útil, mas parece consegui-lo apenas  pela repetida generalização do mal.

Será mais "necessário" e quem representa o "bem" ganhará ainda melhor.

A inação diante da tragédia ecoa mais alto que o barulho das chamas.





quarta-feira, 30 de julho de 2025

Crime colarinho branco (CCB)

Ah, o crime de colarinho branco… essa modalidade olímpica onde se compete não pela medalha, mas pela morosidade dos tribunais e pela arte de desaparecer com milhões sem deixar rasto — ou melhor, deixando rastos suficientes para garantir entrevistas e cargos de consultoria mais tarde.

Tudo começa com o sagrado “princípio da inocência”, essa almofada de penas finas que envolve ternamente os suspeitos — perdão, os injustamente perseguidos — durante décadas.

Enquanto isso, os processos dormitam em estantes ministeriais, como bons vinhos à espera de envelhecer… até prescreverem, claro.

E depois há o maravilhoso mundo dos offshores. 

Ah, que delícia! 

Enviamos cartas, pedidos de colaboração internacional, rogativas com todos os selos e fitas douradas. 

E o que recebemos de volta? Silêncio!

Um silêncio tão profundo que chega a ser poético: "Desculpe, não temos informação sobre o beneficiário final da empresa XYZ Holdings Unlimited...". 

Que surpresa...! 

Nunca ninguém pensou que uma firma chamada “XYZ Holdings” sediada numa ilha de 3 km² não tivesse um dono verdadeiro!

Afinal, quem somos nós para perturbar a liberdade empresarial global? 

Investigar é um abuso, uma castração da liberdade, uma limitação ao enriquecimento visível, fácil, insolente.

Reduzam o IRC que ele precisa aumentar a conta offshore...

E exigir transparência - quando é exigida - é quase um insulto à criatividade dos que conseguem esconder milhões em três tempos com recurso a seis intermediários, uma caixa postal e um advogado com escritório num bungalow.

No fim, o colarinho continua branco, impecavelmente engomado, a desfilar tranquila e desafiante pelos corredores do poder exemplificando com enriquecer sem consequências sensíveis, à custa dos patetas que nele votaram ou do amigo (e cúmplice?) nomeado que ele motivou...

A justiça, essa, fica ali no canto… à espera que um dia também ela possa abrir conta num offshore.



segunda-feira, 28 de julho de 2025

O país do Dunning-Kruger

Os US parecem merecer o epitáfio de DK land (Terra de Dunning-Kruger).
Mas porquê Dunning-Kruger (DK)?
O efeito de DK é uma deriva de percepção comum a pessoas com poucos conhecimentos numa área específica, garantem certezas, enquanto os verdadeiros especialistas nessa matéria mostram dificuldades em as afirmarem como tal.

Basicamente, pessoas que sabem pouco sobre um assunto tendem a afirmar que sabem muito, e pessoas que sabem muito sobre esse mesmo tema tendem a achar saberem menos do que realmente sabem. 

As certezas dos 70 milhões eleitores de Trump serão vítimas de ignorância política inflamada porém, capazes de matar - como já o fizeram - por ele.

Já aqueles que votaram Kamala, percebem bem que política é mais do que ditos jocosos, acusações inconsequentes ou negócios pessoais no poder...

Infelizmente, os atingidos pelo Dunning-Kruger estão espalhados pelo mundo e são cada vez mais...







sábado, 26 de julho de 2025

Imigrantes e saúde


Não só em Portugal como em toda a Europa, algumas doenças que  ao longo dos anos os europeus foram erradicando, surgem de novo.

É natural, porque nas origens da imigração que a Europa atualmente acolhe, essas doenças são endémicas por  nesses países, os sistemas de saúde serem frágeis ou inexistentes.

A questão que me espanta é: os governos, tão preocupados estão na quantidade de imigrantes que os países acolhem mas, desinteressam-se pela saúde dos mesmos no caso, da vacinação básica.

Qualquer pedido de permanência na Europa só deve ser autorizado após a existência de um boletim de saúde com vacinação actualizada, em nome do requerente.





quinta-feira, 24 de julho de 2025

Futebol


Recordo — com saudade e sem ironia — os tempos em que o SLB e o FCP conquistavam a Europa.

As equipas mantinham os jogadores durante anos, como quem cultiva uma vinha: com tempo, paciência e amor à camisola.

Os adeptos iam ao estádio, compravam bilhetes e, imagine-se, sustentavam os clubes com a sua paixão.

Hoje é outro o campeonato. Literalmente.
Mais de trinta anos depois, os títulos europeus são lendas contadas aos netos.

Os jogos? Estão todos na TV, embrulhados em horas de programas onde ex-jogadores viram filósofos, os canais perseguem autocarros como se fossem carruagens reais e onde se discute, com ar sério, quantas vezes um lateral pisca o olho antes de cruzar.

Os grandes protagonistas? 

Já não são os craques. São os intermediários!

Vendem sonhos, compram ilusões e levam comissões.

Muitas...!

Têm carteiras cheias, clubes com dívidas e uma fé inabalável: a de que a torneira, da alienação, nunca secará...

Há emblemas que trocam de equipa como quem troca ilusões: Uma nova a cada semana.

O dinheiro corre veloz, muitas vezes em direção a sítios onde o sol brilha mais... e os impostos menos.

Gosto de futebol. Ainda.
Do jogo, da bola, do grito espontâneo.

Agora, apaixonar-me por este circo financeiro? 

Obrigado, mas passo. 

Prefiro um jogo entre amigos. Sem VAR...
















domingo, 20 de julho de 2025

Todos comentam...



Toda a gente comenta...
Mas poucos condenam devidamente Ricardo Leão.

Leão é culpado! Não por deitar barracas abaixo mas, POR TER DEIXADO CONSTRUÍ-LAS.

A fiscalização da C.M. Loures deve responder pela omissão, cumplicidade e desleixo na fiscalização dos terrenos do Talude, nos quais deveria saber não ser permitida qualquer construção.

A solução do problema:

Os cerca de mil pedidos de habitação social que Loures, e em muitas outras regiões do litoral do país também têm, parecem ter solução rápida, económica e eficaz.

Claro que não agrada ao loby da construção civil  que, aparentemente, dirige as intenções de investimento governativo e autárquico para habitação. 
Principalmente por isso, temo pela sua pacífica e lógica aceitação.

Existem, em Portugal, casas - vivenda - pré-fabricada, T3, à venda por menos de 40.000€. 

Um terreno público e transportes fáceis, permitiriam à maioria das famílias uma vida e habitação dignas, por custos mínimos, muito distantes das atuais.

A garantia de pagamento da renda ao município seria dada pela entidade patronal do inquilino - suportada por seguro colectivo - através de desconto direto no salário deste, até atingir o total agora pago pelo município, incluindo juros de lei, até ao momento em que totalizasse o custo da casa.

Porque não acontece? 

Provavelmente porque a venda de um apartamento T3 nos arredores de qualquer centro urbano, ainda que de construção "social" custará, no mínimo, 200.000€ à câmara que o adjudicar.

-Adivinhem quem ganha brutalmente com isto? 

-O que obrigará as câmaras a nunca considerarem pré-fabricados?

-Porquê o programa eleitoral de qualquer força política concorrente às autarquias, nunca apresenta o montante de verbas previstas para investimento em habitação social?









sábado, 19 de julho de 2025

TAP versus SNS

 


É do conhecimento geral que "salvar" a Tap implicou uma injeção de 3.200.000.000 €, há alguns meses atrás.

Há cerca de um mês, inaugurou-se um hospital público em Sintra, com construção iniciada há oito anos o qual, segundo vários media, custou 82.000.000 €.

Facilmente se conclui que salvar a Tap custou aos portugueses 39 novos hospitais...

E se esta é importante para manter ativas vários pequenos negócios privados, sem dúvida 39 hospitais seriam inestimáveis para manter vivas e saudáveis milhares de pessoas que pagam, descontando durante toda a vida, para terem assistência médica e tal parece ser caro...


A desculpa oficial de que "não há médicos" é de um cinismo atroz:

Eles existem mas imigram - frequentemente - para o UK para a Alemanha e para hospitais privados nacionais, sem que qualquer destas entidades pague a formação desses clínicos suportada pelos impostos dos portugueses sem qualquer alternativa pecuniária equivalente.

O governo português poderia, se estivesse empenhado, do mesmo modo, recrutar médicos da Europa de leste, América do Sul, Cuba ou África. 

Mas não o faz, provavelmente para não prejudicar interesses privados da saúde que, obviamente, lucram com o deficiente funcionamento do SNS e com o recrutamento gratuito de jovens médicos sem pagarem a formação.

Nunca entenderei porque jovens licenciados em medicina, não pagam aos impostos dos portugueses - por exemplo com empréstimo bancário, facilmente amortizável face aos elevados vencimentos que irão auferir - o montante investido na sua formação e do qual não irão ter qualquer contrapartida.


Ser eleito pelos votos dos portugueses para estar no governo a proteger interesses de negócios privados, à custa dos impostos pagos pelos próprios portugueses, parece-me de um cinismo imperdoável digno do período medieval.






Pib da UE.

Em 2024, o pib da União Europeia (UE) foi de $19.423 biliões, €16.669 biliões.

Deste valor, 30% são destinados à Política Agrícola Comum.

Quando em 2035 e anos seguintes, a UE pagar à Nato 3,1% do seu pib anual, entregar-lhe-á €516.739 milhões por ano.

Os 1,9% para completar os 5%, acordados para 2035, serão em investimento militar interno, e montam a €316.711 milhões.

Dos €516.739 milhões calcula-se que 60%, 310.043 milhões, serão destinados a comprar aos US material bélico por não haver no mundo fornecedores dos mesmos tipos de equipamento de ponta em quantidade, qualidade e rapidez de entrega.
6 das 10 principais fábricas de material bélico do mundo pertencem aos US.

Este o "negócio" de Trump...

Pergunta-se agora onde serão cortadas as verbas que suportarão estes valores.

Aparentemente, na coesão (Fundos estrurais) e agricultura.

A Portugal - que apenas investe  dinheiro da Coesão desde finais do século passado, em 2024 investiu os 3.494 milhões oriundos da UE, que representaram - em média - 85% de todos os projectos, mais 15% de contrapartida nacional em empréstimos bancários, €524 milhões, estes aumentando a dívida externa.

Também receberemos menos da (PAC), 2.300 milhões de euros em 2024.

No total terá reflexo sobre os lucros da construção civil (o que implicará desemprego, principalmente imigrante), da banca e grandes agricultores, essencialmente.




quinta-feira, 17 de julho de 2025

A Divisão entre Ensinar e Educar: Um Debate Necessário



A Divisão entre Ensinar e Educar: Um Debate Necessário

Esta questão antiga, cara a muitos professores, merece uma análise cuidadosa. 

A ideia tradicional de que o professor ensina e a família educa é simplista e problemática.


O Papel do Professor: Os professores, que dedicam suas vidas às crianças, devem, sem dúvida, ensinar as matérias para as quais se prepararam. 

No entanto, ignorar o papel da educação na formação integral do aluno é um erro. 

A educação abrange valores, comportamentos e a formação do caráter, aspectos que transcendem a mera transmissão de conhecimento.


O Papel da Família: 

A responsabilidade da família na educação dos filhos é inegável.

Famílias com competências e recursos podem contribuir significativamente para o desenvolvimento integral da criança. 

Mas, e as famílias que não possuem tais recursos ou competências?


O Desafio da Disciplina: 

O clima libertário instalado em muitas escolas após 1974, aliado às dificuldades emocionais inerentes à adolescência, contribuiu para uma crise crónica de disciplina. 

Cinquenta anos depois, é imperativo que se encontre um equilíbrio entre a liberdade e a disciplina necessária ao aprendizado.


Soluções Propostas: 

A indisciplina escolar não é um problema homogéneo; possui focos específicos. 

Uma solução possível seria implementar um sistema de pontuação que contemple tanto o comportamento quanto o desempenho académico.

Uma caderneta social, além da caderneta académica, registrará comportamentos perturbadores, mas também ações cívicas positivas que possam compensar os comportamentos negativos.

Estas ações seriam definidas pelo conselho de disciplina, levando em conta as necessidades funcionais da escola e a dificuldade presumida da ação cívica.


Conclusão: A dicotomia entre ensinar e educar é artificial.

Professores e famílias devem trabalhar em conjunto, criando um ambiente propício à aprendizagem e ao desenvolvimento integral da criança. 

Um sistema de avaliação que contemple e premeie a dimensão social do comportamento contribui para uma educação mais completa e eficaz.


quarta-feira, 16 de julho de 2025

Marjorie Taylor Greene

Os US são de facto, um estado espantoso.

Desta feita não estou a falar de Trump. 
Falo de M. Taylor Greene!
Esta senhora, digamos assim, aparenta ter a inteligência da minha cadeira e a sagacidade de crocodilo.
Não me mereceria um mínimo de atenção, não fora - após ter sido uma indefectível de Trump na oposição - ter-se agora virado contra Trump em nome da Paz...

T. Greene foi contra o bombardeamento dos US ao Irão, e agora contra o apoio de Trump à Ucrânia.

Não seria estranho, se não constasse no "rico" cv de Greene a vocalizada admiração pelo maior defensor da paz no universo: Putin...!

Resta perguntar: Quanto?

(duplo click 👇)
https://en.m.wikipedia.org/wiki/Marjorie_Taylor_Greene

terça-feira, 15 de julho de 2025

Reagrupamento familiar...

O tema da união familiar é importante, mas exige uma análise cuidadosa. Concordamos que as famílias devem permanecer unidas, mas que tipo de família estamos a considerar?

Será que nossa intenção inclui o reagrupamento de famílias com poligamia, onde um homem tem múltiplas esposas? 

Como lidaríamos com as complexidades legais e os conflitos conjugais inerentes a tais estruturas familiares, especialmente considerando a ausência de legislação específica?

Existem precedentes históricos, como o caso do Reino Unido, onde autoridades religiosas chegaram a mediar disputas em famílias poligâmicas. 

Devemos importar tais modelos?

Além disso, devemos considerar as implicações demográficas e orçamentárias. 

A imigração de famílias numerosas pode levar a um desequilíbrio populacional, como observado na Bélgica, onde a população de origem árabe tem crescido significativamente. 

O impacto nos custos com subsídios familiares também precisa ser avaliado.

Precisamos ponderar os potenciais problemas e riscos associados à importação de modelos familiares diferentes dos nossos. 

Reagrupamento familiar é desejável, mas deve ocorrer dentro de um contexto que respeite nossas leis e valores.



segunda-feira, 14 de julho de 2025

S N S...


Os  Serviços Nacionais de Saúde são uma enorme conquista da civilização europeia.

Porém acusam, agora, em toda a Europa, sustentabilidades difíceis.

Em Portugal o problema parecia ser subfinanciamento. 
Duplicado foi o orçamento para a saúde durante a crise Covid-19. Passada esta, espantosamente, o orçamento manteve-se.

Mas, problemas sindicais permanecem, serviços fecham, insuficiências operacionais ressaltam.

Assim sendo, quem beneficiou com cerca de mais 10 mil milhões de euros para o orçamento da saúde, anual, após 2022?

Algo me diz que terão sido os prestadores de serviços, (entre eles, hospitais privados) que viram aqui uma oportunidade dourada para duplicarem os seus proveitos.

Poderá o leitor perguntar: 
Mas as regras da concorrência não funcionam para regularem o mercado da oferta, no caso, de serviços?

Bem concorrência, digna desse nome, só existirá caso mais de, aproximadamente, 30 empresas privadas actuarem num mesmo sector, o que não acontecerá no sector da saúde.

Se o número for menor é quase certa, fácil e minimizada a formação de cartel, impondo preços mínimos ao mercado no caso, duplos dos anteriores.

Aguardo estudos oficiais sobre o tema os quais, ou não existem ou tardam...

Pouco importa quem lucra, bem, à custa dos impostos. 

Nós pagamos...! 😤









domingo, 13 de julho de 2025

Uma pedrada no pântano...!

São tão raros os reparos sobre as atitudes e comentários de jornalistas que haver quem os faça, frente às câmaras e a colegas sempre imbuídos de um elevado espírito corporativo, que fala pela sua "imparcialidade" jornalística.

Hoje, quinta, 10/07/25, 21,25h e minutos seguintes, José Eduardo Martins e Pedro Delgado Alves no programa "antes pelo contrário" tiveram a imensa coragem de explicar, a uma jornalista, como um jornalista deve proceder: 

Um jornalista, ouve, não escolhe as palavras do entrevistado e não faz cenas de menino mimado as quais não fez, nem faz, quando ouve a extrema-direita...!

Muito bem...!


sábado, 12 de julho de 2025

Sobranceria: Um crime social.


É uma introspecção que, apenas há pouco me assolou, uma inquietação silenciosa que se instala na mente como uma semente que busca germinar.

Tem a ver com a soberba plurigeracional, essa herança quase invisível que muitos de nós, talvez inconscientemente, carregamos.

Quem nasce numa família com meios alargados de subsistência, com o privilégio de uma vida confortável e sem grandes preocupações materiais, tende a julgar a realidade pelo seu próprio patamar, pela sua lente particular.

A realidade, porém, apresenta-se em infinitas nuances, em um espectro complexo de experiências e desafios.

Nunca tomamos consciência, muitas vezes, das enormes dificuldades impostas pela vida a quem nasceu num meio carenciado. 

Um meio onde a escassez se instala como uma sombra constante, onde todo o tipo de dificuldades sistemáticas – a falta de acesso à educação, à saúde, à alimentação adequada – diariamente condicionam a formação da sua personalidade, a sua aprendizagem, o seu desenvolvimento físico e emocional.

É um ciclo vicioso que, muitas vezes, se perpetua de geração em geração, criando uma profunda desigualdade e perpetuando injustiças sociais. 

A falta de oportunidades gera a falta de perspectiva, que por sua vez, reforça a sensação de impotência e a dificuldade em romper o ciclo de pobreza, tendendo, os mais fracos, para a marginaldade violenta.

A introspecção leva-me a questionar o meu próprio lugar neste cenário. 

Até que ponto a minha própria realidade, moldada por privilégios, me cega para as difíceis realidades de outros? 

Até que ponto contribuo, mesmo que indirectamente, para a manutenção deste sistema injusto?

Estas são perguntas que exigem respostas honestas e um olhar crítico sobre a nossa posição na sociedade. 

A consciência da soberba plurigeracional será o primeiro passo para a construção de um mundo mais justo e igualitário, onde todos tenham a oportunidade de florescer, independentemente das suas origens.


quinta-feira, 10 de julho de 2025

Lembram-se?

Não esqueçam:
Para suprema vergonha daquilo a que chamam justiça em Portugal!

O julgamento de Bernie Madoff foi relativamente rápido. Foi preso em dezembro de 2008 e, em março de 2009,  declarou-se culpado de 11 crimes federais, incluindo fraude e lavagem de dinheiro. 
O veredicto foi proferido em 29 de junho de 2009, e Madoff foi condenado a 150 anos de prisão

Portanto, o processo judicial durou cerca de seis meses desde a prisão até a condenação.

Total dos crimes imputados: $65.000.000.000 (sessenta e cinco mil milhões de dollars)

Aqui, o Ricardo Salgado, 20 anos depois, acabará recebendo - mais uma - medalha do estado português e férias pagas na Suiça...!

Também para recordar: 
No caso BPN - custou €9.000.000.000 aos impostos dos portugueses - NENHUM dos envolvidos cumpriu pena...!

Palavras para quê? 
É um MP cego do olho direito!

Eu sinto vergonha pelo país!
Estarei só?



quarta-feira, 9 de julho de 2025

As brincadeiras demagógicas que vão matando a Democracia...!


Em breve consulta à IA:

"Em Portugal, algumas organizações e instituições utilizam sistemas de votação que distribuem o número de votos por indivíduo com base em critérios como antiguidade e habilitações. Aqui estão algumas delas:

Ordem dos Engenheiros: 

Esta organização profissional tem um regulamento que permite a distribuição de votos de acordo com a antiguidade dos membros. Quanto mais tempo um engenheiro é membro, mais votos ele pode ter nas eleições internas.

Ordem dos Médicos: 

Similar à Ordem dos Engenheiros, a Ordem dos Médicos também pode ter um sistema de votação que considera a antiguidade dos seus membros para a eleição de representantes.

Associações Profissionais:

Muitas associações profissionais em Portugal adotam sistemas de votação que podem incluir critérios como habilitações académicas e tempo de serviço, permitindo que membros mais experientes tenham um peso maior nas decisões.

Câmaras Municipais: 
Em algumas câmaras, a distribuição de votos pode ser influenciada por critérios como a experiência ou a formação dos eleitos, especialmente em conselhos consultivos.

Esses sistemas visam garantir que as vozes mais experientes e qualificadas tenham um impacto proporcional nas decisões."

Porque será que um sistema permite numa votação para a Assembleia da República, um inexperiente jovem de dezoito anos sem habiltações, trabalho ou experiência de vida significativa, tenha o mesmo poder de voto de um professor universitário com sessenta anos?

Por estas e outras, setenta milhões de americanos convictos e ignorantes, mandam no planeta!

A Democracia contrói-se todos os dias mas, vêm-se destruindo há muitos anos!





terça-feira, 8 de julho de 2025

Back to déficits...


O editorial de Diana Ramos em "Negócios", lido em 07/07/25, foi uma lufada de realidade refrescante, um retorno ao bom senso no meio do turbilhão de guerras, Trump e China. 

A advertência de Mário Centeno sobre o resvalamento das contas nacionais para um novo défice, após os superávits de sua gestão, ecoa como um sinal de alerta.

A sua estratégia, que gerou resultados positivos e sólidas reservas, parece estar a perder eficácia. 

Embora Montenegro, figura de confiança para muitos portugueses, tenha refutado a afirmação, as eleições autárquicas de 12 de outubro e as habituais benesses pré-eleitorais sugerem que o governo se prepara para um período de gastos exagerados para assegurar popularidade. 

Resta aguardar o desfecho e a revelação das contas públicas.



segunda-feira, 7 de julho de 2025

Ditadura do dito Direito !

É sabida a desmurada e injustificável maioria de "direitistas" na Assembleia da República.

Actualmente, na Assembleia da República Portuguesa, a representação de advogados e juristas é bastante significativa. Aqui estão alguns dados relevantes:
  1. Total de Deputados: A Assembleia é composta por 230 deputados.
  2. Advogados e Juristas: Aproximadamente 60 dos parlamentares vêm da área do Direito, sendo 42 advogados e 18 juristas.

Isso significa que cerca de 26% dos deputados são advogados e juristas, o que reflete a forte presença desses profissionais na política portuguesa.

Com um loby destes na AR, como será possível admitir que um dia se decidirá qualquer coisa contra os interesses dele particularmente, contra os interesses financeiros da classe?

Num parlamento onde há tanta preocupação com a participação de mulheres e jovens porque será que ninguém se preocupa com as percentagens dos lobbies?

Será também por isto que o tratamento claro, rápido e barato necessário versus a labiríntica, lenta e caríssima realidade da justiça nunca é equacionada e, menos ainda, discutida?












domingo, 6 de julho de 2025

Europeus: Suportem o sacrifício ucraniano em vez de casinos na Europa! Crowdfunding para a Ucrânia, já...!


Bem, meus amigos: 
Não pedi para mas, nasci em Portugal porém, por favor, não me confundam com gente do tipo que se segue, que também por cá terá nascido e anda: 

Da IA:

" Em 2024, os portugueses gastaram 70 milhões de euros por dia em jogos online, totalizando um volume impressionante de apostas. Esse valor recorde contribuiu significativamente para os lucros do setor, com o Estado arrecadando mais de 300 milhões de euros em impostos relacionados a essas apostas. 

Apostas totais: Superaram os 24 mil milhões de euros ao longo do ano 2024... 
Impacto: O jogo online teve um papel crucial no aumento das receitas do setor. "

Sabemos que morrem ou são mutilados por dia milhares de mulheres e homens na guerra da Ucrânia por causa de um bandido, Putin, um KGB que assaltou o poder na Rússia e quer recuperar a URSS para com isso ganhar um lugar na História. 

Todos conhecemos Vlodymyr Zelensky! Há mais de três anos que este herói enfrenta um inimigo abjecto militar, geográfica e populacionalmente, muito superior. 

€ 24.000.000.000 seriam suficientes à Ucrânia para comprar, por exemplo, 24.000 mísseis de cruzeiro e ganhar a guerra que lhe foi imposta. 

É nosso DEVER apoiar a guerra da Democracia contra a Oligarquia ou, cedo ou tarde, pagaremos uma factura enorme!

Sugiro que em cada país da UE seja aberta uma conta bancária, por Zelensky, em nome dele - e só por ele movimentada - onde cada europeu possa depositar qualquer quantia que entenda em ajuda ao esforço de guerra ucraniano! 

Se há quem possa jogar fora milhões, mais haverá para apoiar uma causa democrática impiedosamente ameaçada pela tirania. 

Por favor repasse a todos os seus contactos










sábado, 5 de julho de 2025

INVERSÃO DO ÓNUS DA PROVA !

Inversão do Ónus da Prova vs. Presunção da Inocência: Uma Perspectiva Económica

Tradicionalmente, a presunção da inocência é pilar tradicional dos sistemas jurídicos tidos como justos. 

No entanto, a sua aplicação prática pode acarretar custos significativos, em termos de tempo logo de recursos financeiros pagos pelos impostos.

A inversão do ónus da prova, apresenta vantagens significativas em contextos não criminais - financeiros, por exemplo - particularmente quando se considera a eficiência económica do sistema de justiça.


Rapidez Processual: 

A presunção da inocência exige uma investigação exaustiva por parte da acusação (tempo, equipamentos logo, vencimentos) para reunir provas suficientes que superem a dúvida razoável. 

Este processo pode ser moroso e complexo, prolongando-se por anos, especialmente em casos de infrações de "colarinho branco". 

A inversão do ónus da prova, por sua vez, pode acelerar significativamente o processo. 

Ao exigir que o réu apresente provas para refutar a acusação, o ónus da prova é transferido, simplificando a investigação e reduzindo imenso o tempo necessário para uma resolução.

Poderia mesmo ser proposta a um suspeito, redução da pena (se essa vier a existir) voluntariando-se a um processo com inversão do ónus da prova facultando provas da sua inocência.


Redução de Custos Processuais: 

O tempo excessivo gasto nos processos judiciais implica custos elevados. Considerando um custo médio processual de, por exemplo, €50.000 por caso e por ano (este valor é uma estimativa e varia consideravelmente consoante a complexidade do caso), um processo que se prolonga por cinco anos em vez de um, pode representar um aumento de custos de €200.000

A inversão do ónus da prova, ao encurtar a duração dos processos, pode levar a uma redução substancial destes custos.

Quando a acusação, fundamentada, suspeita de depósito em contas por tráfico, em offshore, o pedido sobre contas suspeitas poderá nunca ser respondido pelo "paraíso fiscal", sendo - na presunção de inocência - uma garantia de graves crimes compensarem para os criminosos, levando o processo até à prescrição!

E, claro, esse dinheiro é mais do que suficiente para "comprar" - tornar menos interessadas e mais complacentes - as autoridades a quem pagamos e confiamos para um duro combate ao crime.


Poupança de Dinheiro dos Contribuintes: 

Os custos processuais são, em última análise, suportados pelos contribuintes. 

Uma redução nos custos processuais, como consequência da inversão do ónus da prova, traduz-se numa poupança direta de dinheiro público. Considerando uma redução média de um ano no tempo de resolução de um caso, e uma média de 10.000 casos por ano num determinado tribunal, a poupança potencial seria de €500.000.000 (10.000 casos x €50.000/caso).

Concluindo

Embora a presunção da inocência seja um princípio importante para crimes de sangue, a inversão do ónus da prova em situações financeiras específicas e regulamentadas, pode oferecer uma solução mais eficiente e económica. 

A redução do tempo processual e dos custos associados pode resultar em significativas poupanças para os contribuintes, sem necessariamente comprometer a justiça. 

É crucial, no entanto, que a aplicação desta inversão seja feita com cautela e de forma a garantir que os direitos do réu - particularmente na fundamentação da suspeita- sejam protegidos.


sexta-feira, 4 de julho de 2025

Cara tapada!


O partido Chega, com sua ausência de propostas concretas para áreas cruciais como saúde, educação e habitação, reduz completamente o seu discurso político à imigração e corrupção. 

Ventura, por meio de retórica inflamada e gestos vulgares, manipula mentes ingénuas e desinformadas.


Posto isto, repudio veementemente a opressão sobre as mulheres obrigadas a cobrir cabelo, rosto e corpo em público. 

Tal prática é incompatível com os valores de igualdade e dignidade que defendo.

É inaceitável o silêncio de ativistas feministas diante desta realidade. 

A sua omissão torna-as cúmplices da escravização feminina sob pretexto de tradições medievais.

Aquelas que se escondem atrás de um discurso de 'esquerda' para justificar o seu egoísmo retrógrado, devem ser expostas e denunciadas como cobardes que buscam apoio financeiro em regimes ditatoriais!


quinta-feira, 3 de julho de 2025

Telemóvel na escola.

Hoje, 01/07, vi e não acreditei...
Em directo na CNN, Arena, 17,00h ouvi, espantado, a opinião de dois professores do ensino secundário: 
São favoráveis à utlização de telemóveis na escola pelos alunos melhor, na sala de aula...
Estes srs. consideram-se autoridade capaz para controlar a utilização de telemóvel na sala de aula, pelos alunos.
E argumentaram com clarividências laterais ao facto, partindo para argumentação que só os próprios entenderão porém, onde se respirava apoio a um autoritarismo que o tempo já reconheceu incapaz, inadequado e, claro, incompetente.

Um deles chegou ao devaneio de afirmar que o problema de imagens (como se o problema do uso do telemóvel fossem apenas imagens...) se limitava aos primeiros 1000 dias de vida do humano...

Com pessoas destas como professores, que podemos esperar do futuro?

quarta-feira, 2 de julho de 2025

O "avanço" da NATO por terras do czar Putin


A Nato não avançou para lado nenhum, sem que os povos -  democraticamente eleitos desses países - o tenham solicitado.

Um inqualificável como Putin, por muito que o tenham feito sofrer no kgb, feito jurar pela pátria soviética, terá de entender que há um espírito de liberdade colectiva nos povos, certamente em todos os povos da Nato, que não entende como um ditador se pode afirmar democrata, mandar invadir territórios vizinhos que NUNCA o provocaram, muito menos mandar matar em território estrangeiro com veneno exclusivo do kgb - novichok - opositores ao seu regime ou, menos ainda, subsidiar "independências" em território da UE como a Catalunha.

Tu podes ter conseguido um Krasnov mas, já perdeste Síria, o Líbano, o Irão e seus anexos de terror e, pior, nunca ganharás a Ucrânia, cujo povo, te odeia e te fará pôr a economia russa a pedir...


terça-feira, 1 de julho de 2025

Padrinho & afilhado...


Cavaco Silva, esse mestre da invisibilidade financeira, conseguiu o feito notável de enganar o povo português duas vezes — e não foi com trocos: entre o BPN e o BES, voaram 18 mil milhões de euros. Um verdadeiro mágico: transforma bancos falidos em dívidas públicas com um estalar de dedos e um sorriso tecnocrático.

Mas não ficou por aí. Agora, com elegância de padrinho institucional, endossa Luís Montenegro, homem de princípios... especialmente quando se trata de combater leis que atrapalham os negócios de família

Afinal, por que razão haveria o Estado de impedir que ministros e seus parentes até ao segundo grau tenham mais de 10% de quotas empresariais? 

Que ideia mais antidemocrática!

Montenegro opôs-se a essa lei com bravura — quase como se defendesse um direito humano fundamental: o direito à promiscuidade entre negócios e governação.

Cavaco e Montenegro: uma herança que se passa, não de geração, mas de gestão.

Portugal agradece. E paga, claro. Sempre.


Descaramento...!

Desde que a internet nasceu a banca terá sido o principal beneficiário das facilidades que esta trouxe. Desde tranferências de ...