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sexta-feira, 31 de março de 2023

A ministra Marina.

De acordo com o CV da ministra Marina, ela tem 35 anos. Exerceu profissão de advogada estagiária e advogada, entre 2013 e 2015 após o que ocupou funções e cargos sempre ligados ao dr. Pedro Nuno Santos, sendo o último o de secretária de estado da habitação.

Nada tenho contra quem tenha como experiência profissional comum - não política - 2 anos de actividade.

Nada tenho contra um(a) ministro(a) com 35 anos de idade.

Mas tudo tenho contra quem consegue altos cargos da política ou do estado sem que para eles tenha sido nominalmente votado(a), sem que se conheça as linhas orientadoras da sua ação política específica ou sequer ser conhecido o seu pensamento político geral. 

Tudo tenho contra quem conduza um Porche 911 e se afirme, publicamente, de esquerda, demonstre a maior inabilidade política num alto cargo desempenhado, desde a antecipação ao primeiro-ministro em declaração histórica, promessas caríssimas, felizmente nunca concluídas, de investimento em linhas ferroviárias sem haver público conhecimento do seu virtuosismo.

Tudo tenho, ainda, contra o descontrole político e pessoal na nomeação de altos dirigentes do estado.

António Costa poderá sentir que tem dívida de gratidão partidária para com Pedro Nuno Santos. Mas a maioria dos eleitores portugueses votou apenas em Costa para formar governo e governar. 

Em mais ninguém!

Pedro Nuno Santos foi ministro, e outros o são,  por decisão de António Costa! 

E o desrespeito, ainda que aparente, por pilares sociais de quem o elegeu, é e continuará a ser responsabilidade eleitoral, exclusiva, de António Costa.

António Costa é, talvez, o mais capaz de todos os chefes de governo que conheci. Mas está escandalosamente mal apoiado por escolhas que pensa ter de fazer, para pagar dívidas e manter calmas as águas partidárias.

Impõe-se um murro na mesa!

Em nome de uma Democracia mais forte, consistente e madura. 

O país não pode ser um campo de treino para jovens inexperientes arvorados em ministros, por muito de esquerda e ambiciosos que se manifestem.





segunda-feira, 27 de março de 2023

Bancos, juros e... inadimplência.

Hoje aprendi mais uma palavra do léxico bancário. Inadimplência. Que eu conhecia como calote aos bancos...

O aumento dos juros parece provocar alguns inconvenientes aos bancos com os quais, regularmente, lidamos: 

1 - Aumento dos custos de captação, por terem de pagar mais a quem lhes coloca dinheiro: clientes e mercado financeiro. 

2 - Aumento do risco de inadimplência, os clientes podem não conseguir pagar. 

3 - Menor procura de empréstimos, por os juros serem mais caros. 

4 - Aumento de concorrência na procura de clientes. 

5 - Aumento de investimento em títulos de renda fixa, que se manterão, apesar do aumento dos juros.

Tudo isto nos bancos com os quais normalmente lidamos

Porém, os bancos de investimento, apenas ganham com a subida dos juros por não terem balcões, não lidarem com o público. 

O seu negócio é, principalmente, a dívida dos estados. E estes, sempre pagam. À custa de sacrifícios da população mas, pagam.

Será interessante verificar que todos os estados do mundo têm dívida pública, seja interna e/ou ao FMI (Fundo Monetário Internacional) e/ou ao Banco Mundial (BM) e/ou a bancos e instituições financeiras privadas.

Pensando melhor: As instituições financeiras, apenas com as dívidas dos estados - normalmente de várias dezenas ou milhares de milhão de euros - enriquecem fortemente, quando o mercado internacional de juros sobe, sem correrem os riscos dos bancos com quem normalmente lidamos, pelas razões acima descritas.

Não será por acaso que os presidentes do Banco Central Europeu (BCE) e do Federal Reserve System (FED), estão sempre a ver tensões inflacionárias algures para, claro, subirem juros em bloco e, teoricamente, reduzir a inflação. A prazo, claro.

Adivinhem quem tem o controlo da política dos estados by the balls...





domingo, 26 de março de 2023

Os impostos portugueses pagam estudos superiores à Alemanha!

Mais um pensamento, inspirado no ministro da saúde, me ocorreu:

Quem leu o meu post de 5 de Dezembro passado, certamente recordará que o sr. ministro Pizarro considera "não resolver qualquer problema" os estudantes de medicina que decidam ir exercer a sua actividade no estrangeiro após a graduação, serem obrigados a pagar a diferença entre o que individualmente já pagaram em propinas e o custo per capita, do valor total do respectico curso.

Ou seja, um médico recém licenciado pelo esforço em impostos dos portugueses, fica imediatamente livre para ir exercer actividade na Alemanha ou em qualquer outro estado o qual, não dispendeu nem dispenderá, um só cêntimo na formação desse técnico...

Mais grave ainda, o mesmo se passará com qualquer outro curso superior obtido em Portugal! Mas o silêncio do ministro da educação também parece admitir semelhante falta de preocupação com o assunto.

Ou seja, assistimos por um lado a greves para aumentos salariais, às quais o Orçamento não contempla mas, por outro, a um completo laxismo sobre formas óbvias de poupar dinheiro e até, de uma certa atitude sobranceira de novo riquismo sobre o tema.

Quantas mais situações de "não resolver qualquer problema", haverá por aí? 

A que será devido o silêncio sindical e mediático conducente a de um debate público, sobre o assunto?

Se pensarmos que o valor médio de um curso de medicina rondará 400.000€*, porque só se fará barulho com o caso da Tap? 


https://www.publico.pt/2015/08/12/opiniao/opiniao/o-custo-de-formar-um-medico-1704673





sexta-feira, 24 de março de 2023

A "crise" da habitação e o... betão.

Desde muito novo me pergunto, até hoje sem encontrar resposta convincente, porquê as casas em Portugal - desde o pós IIGMundial - são todas feitas em betão?

Esta pergunta-me surgiu-me após imagens devastadoras de um ciclone que tinha atingido, na década de 1960, a Florida e a Luisiana ns EUA. O trilho deixado pelo ciclone tropical era de catástofre. Onde havia casas parecia ter havido guerra, arrasando as habitações até ao solo. Todas em madeira...

Porque não construirão os habitantes da Florida e da Luisiana casas em betão e evitam esta destruição?

Anos se seguiram com mais destruições regulares provocadas por ciclones e, os habitantes atingidos reconstruiam as suas habitações em... madeira. E hoje ainda, continuam...

Tentei encontrar a razão. E creio que o consegui. O preço por m2 de uma casa em madeira é aproximadamente 1/4 do preço da área equivalente, em betão.*

Tendo os EUA a maior economia do mundo, porquê a sua população se contenta com moradias baratas mas, em Portugal que, em 2020, era a 48ª economia mundial, num espaço geográfico sem ciclones e clima ameno, todos têm de habitar casas em betão?

Porquê o estado português, não estuda e implementa o mesmo cojunto de apoios a quem pecisa de casa rapidamente, com base em custos muito mais baixos? Não apenas as casas em madeira, mas também casas em contentores adaptados...**

Se está em causa ajudar famílias sem casa, devem ser estudadas soluções económicas. Ou será que em nome destas famílias se pretende de facto ajudar a quem vive da construção em betão e que, por debaixo da mesa, "ajuda" decisores a viver melhor?

Se a dificuldade está nos transportes para os grandes centros urbanos, a resposta estará na extensão da rede de metro, por superfície - como é feito em muitas economias avançadas - para tornar mais rápido e fácil o acesso a aglomerados populacionais mais distantes.

O estado não pode estar refém, sempre, do interesse dos mesmos lobbies. 

Há uma população a governar! Para tal foram feitas eleições, tidas como democráticas.

E, que eu recorde, ninguém elegeu governantes para satisfazer, principalmente, lobbies do betão.


https://www.google.com/search?q=casa+de+madeira+pr%C3%A9-fabricada+pre%C3%A7os&authuser=1&sxsrf=AJOqlzXmtRk31UxW32Hpn7HD2sQvA7qtsg%3A1679596346206&ei=OpscZJf5C5yfkdUPkvOCmAs&oq=prefabricado+madeira+contentores+4+quartos&gs_lcp=Cgxnd3Mtd2l6LXNlcnAQARgFMgoIABBHENYEELADMgoIABBHENYEELADMgoIABBHENYEELADMgoIABBHENYEELADMgoIABBHENYEELADMgoIABBHENYEELADMgoIABBHENYEELADMgoIABBHENYEELADSgQIQRgAUABYAGDkN2gBcAF4AIABAIgBAJIBAJgBAMgBCMABAQ&sclient=gws-wiz-serp


**  https://www.idealista.pt/news/imobiliario/habitacao/2022/08/05/53282-casas-em-contentores-versatilidade-e-rapidez-de-execucao



domingo, 19 de março de 2023

Ciência política...

 

    A quase todos nós foi ensinado ser ciência uma tese, aceite após ter sido colocada a hipótese e esta ser submetida a experiência conclusiva. Ou seja, a nada se poderá chamar ciência sem que antes tenha sido submetida a prova completa e fundamentada.

    De algum tempo a esta parte, tem sido comum ouvir apelidar de ciência a meras hipóteses, algumas roçando o absurdo, sem qualquer experiência conclusiva particularmente em domínios sobre economia, comportamento humano ou dele dependentes.

    A mais risível definição de ciência que ouvi até há poucos anos, foi a de comunismo "científico" muito em voga em Portugal, nos anos que se seguiram ao 25-04-1974. 

    Pessoas palavrosas mas com dificuldade em pensar, ecoavam de forma altisonante o dito por uma internacional intoxicante a qual, à semelhança dos liberais económicos actuais, tentavam à época dar o poder global a pequenos e ultraprivilegiados grupos, não tendo o mínimo de consideração pela liberdade política e económica da quase totalidade dos indivíduos.

    A população, a prazo, entenderá que os esquemas ambiciosos de grupos que por outras formas em outros tempos, tentaram limitar as pessoas, condicionando o seu pensamento com utopias, os seus movimentos com fronteiras internas e externas, posse plena dos seus bens e mesmo, conduzindo filhos e netos para guerras cujo proveito era, e é, exclusivamente de quem para lá os enviou e amigos.

    Estes grupos não podem ser admitidos, muito menos, em sistemas que se querem democráticos, por mais científicos que se afirmem...

    O sistema de eleições legislativas a duas voltas, é o mais indicado para os nossos impostos, o orçamento do estado, não ter de pagar a pessoas para quem, ser deputado, é apenas uma forma de melhorar o seu estatuto social. Este sistema eleitoral evita governos minoritários com risco de queda anual, alianças pós-eleitorais com chantagem regular das minorias sobre a maioria logo, desperdício de esforços financeiros e consequente contorno de reformas estruturantes que desagradem a minorias.

    Em política, científico é o resultado da experiência que a História nos ensina sobre a passagem de certas pessoas e grupos pelo poder. 

    Há que separar, filtrando, quem quer de facto, o bem de todos de quem quer, principalmente, o seu! Qual o histórico das filosofias políticas adoptadas por pessoas e grupos ao serviço dos povos. 

    Para que os grandes males da História se não repitam. 

    Ainda que a designação dos grupos que os provocaram seja outra.




    

sexta-feira, 17 de março de 2023

Follow the money...

Em todas, ou quase, as investigações criminais as polícias têm um antigo lema: Follow the money...

É tido como principal móbil do crime, o dinheiro. De facto bastará que atentemos nos casos de crime conhecidos e, confirmaremos que o vil metal é quase sempre o seu motivo.

Nas décadas que se seguiram à de 70 do século passado, a Banca ostentava lucros de centenas milhões e biliões, consoante a dimensão dos seus componentes. Da loucura à vertigem, considerando o aumento dos lucros desígnio imparável da Banca, provocaram um memorável crash financeiro.

Até 2020, em consequência das asneiras que tinham produzido, a inflação esteve historicamente baixa e, claro, os lucros da Banca também.

Mas qual o melhor dos mundos para estes senhores: Este, ou o das épocas gloriosas dos finais do último século?

Com a desculpa da guerra na Ucrânia e do fim da covid19, vá de catalisarem os seus amigos empreiteiros de construção civil a, por todo o mundo ocidental, provocarem um aumento generalizado do preço das casas sob a forma de venda ou arrendamento, arrastando o Ocidente para mais uma subida da inflação durante a qual, os lucros da banca voltam aos bons velhos tempos das centenas de milhões ou bilões, como observamos.

Basta ver quem ganha, estúpida e imerecidamente, com o crime...

Follow the money...

Qual será o castigo, para este crime aparentemente difuso, mas com óbvios mandantes?



segunda-feira, 13 de março de 2023

Pedófilos...

Obviamente a prática de pedofilia é um crime.

Obviamente deve ser proibida a sua prática.

Obviamente deve merecer o mais alto repúdio qualquer ação pedófila, particularmente, se praticada por quem a todos devia defender e apoiar, designadamente o clero.

Mas...

Será que um indivíduo é pedófilo por opção? Ou será que desde sempre se sentiu  atraído por crianças?

Qual a efectiva responsabilidade de um pedófilo quando responde ao seu impulso sexual?

Na minha opinião só pode ser culpabilizado por desconhecimento da existência de tratamento* e medicação inibidora** da sua libido, não a querer tomar ou por não ter poder financeiro para a adquirir.

E aqui passo a responsabilidade criminal toda para o aparelho de estado!

Porque não apoia, não controla, não se impõe, enfim, não gere este problema? 

Limita-se a encará-lo como crime, colocar - de tempos a tempos - alguns pedófilos na prisão e deixa andar uma situação que o estado bem podia tentar atenuar.

A prisão não evita que qualquer pedófilo volte a praticar o "crime" de pedofilia só por ter sido preso...

O estado pode e deve, tentar travar esta sexualidade. Há meios para isso! 

Tem de haver leis obrigando os pedófilos conhecidos a inibirem a sua actividade e só depois, se estes o negarem, considerarem a limitação de liberdade.


*https://www.msdmanuals.com/pt-pt/casa/dist%C3%BArbios-de-sa%C3%BAde-mental/parafilias-e-transtornos-paraf%C3%ADlicos/pedofilia

**https://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/06/pedofilos-descrevem-efeito-de-medicamentos-antilibido.html


domingo, 5 de março de 2023

Um Paraíso na Terra

 Aqui está um paradigma digno de um teórico activo: Um Paraíso na Terra!

Alguém com grandes possibilidades de entrar na política, atrair apoios, chegar ao Poder e, uma vez lá, converter o Paraíso prometido em Inferno vivido, onde ele, rapidamente se transforma em Diabo.

Rico, claro. Mas Diabo.

Quando os políticos portugueses são acusados de corruptos, tenho um pensamento reflexo: "Então, e os outros?" 

De facto, não existe nenhum governo nos cerca de duzentos países do mundo, que não possa ser acusado de corrupção parcial ou total. Claro que a banalização deste crime, não o torna normal ou, muito menos, inevitável ou sequer aceitável. 

Porém, compete-nos a todos EVITAR a corrupção entre nós, e claro, entre políticos.

Até hoje, só um instrumento será capaz de fazer temer potenciais corruptos: o polígrafo.

Para alcançar qualquer lugar de decisão, um candidato deve ser sujeito a teste por este equipamento. E, a partir da tomada de posse, fa-lo-á anualmente ou sempre que motivos fortes suspeitos surjam, como sejam documento(s), denúncia fundamentada ou outra igualmente preocupante.

Tal como a todos nós, no nosso dia-a-dia, são aplicados controladores - câmaras de vídeo, impressões digitais, leitores oculares, alcoolímetros, radares... - escapa-me a razão porque um detector electrónico não é ainda aplicado a cargos de decisão, especialmente os ocupados por políticos eleitos ou designados e financeiros - sem excepção - responsáveis pela gestão de valores superiores a 100 milhões de euros.

Certamente qualquer político ou financeiro poderá prejudicar, sozinho, a sociedade, mais seriamente do que a quase totalidade de nós, ainda que associado em grupo...



sexta-feira, 3 de março de 2023

Sobrepopulação mundial.

 A China irá, em breve, ser ultrapassada pela Índia no total dos seus cidadãos. Não porque a Índia tenha feito alguma coisa nesse sentido. Apenas a China entrou em patamar demográfico o que, se compararmos ao sucedido a Ocidente, é sintoma de um futuro próximo com decrescente populacional acentuado, pela redução da taxa natalidade versus aumento da esperança de vida, sem imigração expectável.

Apesar do governo chinês ter abolido a sua regra "um só filho por casal" que vigorou entre 1980 e 2015, e actualmente, desde 2021, permitir 3 filhos por casal, nos últimos cinco anos a população chinesa continuou a diminuir.

A China começou a sentir o "preço" de educar - e não apenas criar - filhos, as mães terem acesso ao controlo da natalidade e a esperança de vida aumentar. E o que acontece agora à China, acontecerá com a Índia na justa medida que as famílias indianas assumam a necessidade de educar filhos, ter maior acesso a medicamentos e tratamento hospitalar.

Ou seja, sofrerão o mesmo "mal" social do Ocidente capitalista, que retoricamente detestam, mas que se torna inevitável à medida que aos povos seja possibilitada a escolha entre educação ou ignorância, saúde ou doença, vida ou morte.  

O mundo terá, segundo a ONU, cerca de 2100 um máximo de 11.000 milhões de humanos e a partir de então, entrará em patamar e depois decrescerá.

Ficará assim atenuada, a prazo, a poluição no planeta. Menos humanos, menor poluição, maior disponibilidade de recursos naturais.

O mundo terá razão para acreditar nas previsões da ONU: Baseiam-se nas certezas fornecidas por descobertas científicas e no tradicional comportamento humano.

Aposto que todos aqueles que agora vociferam contra as "alterações climáticas", poluição e delapidação de recursos naturais - mas que nunca emitiram um só som contra a sobrepopulação do planeta - caso por cá continuassem em 2150, gritariam: "Vencemos, vencemos"... 

Como se qualquer cura passasse por debelar sintomas de doença. Mas é o que temos, insistentemente, ouvido...