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segunda-feira, 31 de julho de 2023

As sondagens políticas.

Acreditando embora na lei dos grandes números, tenho de reconhecer a demasiada falibilidade das sondagens políticas.

Recentemente,  falharam estrondosamente quer nas eleições legislativas portuguesas quer nas espanholas.

Os erros são de tal modo avassaladores que apenas me é permitida uma conclusão: os sondados mentem às empresas de sondagens.
Porque será?

O interrogado sentirá uma intrusão no seu domínio decisório, que é sigiloso, de alguém que pretende facturar com isso ou pior: influenciar toda a sociedade com as suas conclusões sem ser obrigado a discriminar as "fontes" que alimentaram tais conclusões.

segunda-feira, 24 de julho de 2023

Esquerda, Direita.

Todos sabemos que as designações Esquerda e Direita, quando aplicadas em política se referem a progressismo e conservadorismo social.*

Porquê esta classificação básica que sustenta as principais opções políticas?

Porque Esquerda é defensora de causas potencialmente interessantes para o futuro, por exemplo: Educação e Saúde gerais e gratuitas, apoios de natureza vária a quem necessita, atitude aberta à integração da generalidade da imigração.

A Direita é conservadora de contextos passadas,  especialmente úteis ao poder então dominante e seus beneficiários, por exemplo: Educação e Saúde maioritariamente pagas, minimização dos apoios sociais, intolerância à integração imigrante.

O maior ou menor esclarecimento de cada um de nós sobre estas diferenças, resultará na nossa opção eleitoral.

De forma estranha mas entendível, se avaliarmos a esmagadora importância da imagem individual mediatizada desde os anos 50 do século passado, verificamos que em certos períodos eleitorais a Direita é conduzida ao Poder por votos de uma boa parte da população que mais viria a beneficiar com políticas de Esquerda...

A imagem do principal candidato - mais alto, melhor falante, mais bem vestido - parace ser decisiva quando o directo opositor oferece qualquer dessas características menos acentuada.

A impunidade legal da promessa eleitoral falsa, também ajuda canditatos ambiciosos e irresponsáveis.
Para quando alterações constitucionais que anulem esta mentirosa possibilidade a aventureiros?


*https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Esquerda_e_direita_(pol%C3%ADtica)

sábado, 22 de julho de 2023

Poder absoluto.

Afinal quem tem o poder em Portugal?
O poder eleito ou o poder de um loby?
Como já referi, dos 4 órgãos de soberania apenas 2 são universalmente eleitos: Assembleia da República e Presidente da República.

Os outros dois são compostos por elementos indigitados sem que se entenda porque processo ou critério, dando origem a tiques ditaturiais.

Mesmo a AR, ao ser eleita por grupo fechado de deputados em lista, deixa muito a desejar na sua democraticidade.

Para a AR é eleito um grupo e não cada um dos deputados, dando origem a esquemas preocupantes à partida, agravados pelo duplo emprego permitido a deputados, por lei elaborada pelos próprios...

Se os democratas nada fizerem por uma remodelação profunda da CRP corremos o risco de a Democracia em Portugal em breve, não vá além de uma ditadura dissimulada.

quinta-feira, 13 de julho de 2023

As Comissões Parlamentares de Inquérito.

As Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) transformaram-se em palcos para melhorar a visibilidade de uma Oposição vazia de argumentos e objectivos políticos.

De facto, desde que existem, nunca uma CPI - como a dedicada à Tap - teve tanta, tão intensa e sistemática cobertura mediática, "por acaso" coincidente com um Governo de maioria absoluta com estratégia de Governo claramente definida em reduzir a dívida pública externa e incrementar as valências potencialmente mais virtuosas do país, tendo obtido já números muito positivos de crescimento económico, preparando-o para um futuro financeiramente mais estável.

A Oposição opta por não atacar esta política governativa de difícil contradição, e dedica-se a uma guerrilha baseada em suspeitas, casos individuais, inquéritos e sobretudo na sua hiper-ampliação pelos media, famintos de sensações a ritmo diário, que lhes permitam afastar-se da crise financeira a que estes tempos de alterações virtuais, os vão condenando.


quarta-feira, 12 de julho de 2023

Poder e Democracia.

É, hoje, fácil ouvir aos jovens: "Os políticos são todos uns corruptos..."
Repetem o que ouvem a seus pais, avós e, sobretudo, aos media.

De facto, os media não sabem - porque não investigam por não lhes dar rendimento - como é a vida no interior de um partido, as lógicas internas ou o "caminho das pedras" que percorrem durante os períodos de Oposição. 
As dificuldades financeiras, os vencimentos baixos dos funcionários, as reuniões e deslocações regulares - com despesas pagas do bolso dos militantes, não pelo partido - os fins-de-semana, serões e boa parte das férias sem a família e com pouco dinheiro...

Aos media será mais fácil, rápido e rentável, corromper quem detém informação privilegiada para conseguir paragonas sobre... a corrupção dos outros.

E nunca são incomodados, porque não se questionam ou ostracizam a si próprios, os políticos temem a imagem que os media montam sobre si e, a entidade reguladora - composta por gente com afinidades mediáticas - prima por uma ineficácia confrangedora.

O relativo poder da maioria de militantes, em Democracia, é compensação temporária por anos de entrega, sacrifício mesmo, em nome de princípios em que muitos, até acreditam.

Outros há, por serem toupeiras de sistemas ou amigos de dirigentes afirmando-se como independentes, pretendem - defendendo ocultos interesses exteriores - de um só golpe, num só momento, beneficiar tanto ou mais do que quem ao longo de muitos anos se dedicou à causa. 

Aparecem mesmo como ministros, sem serem eleitos, sem que alguém pergunte por que critério ou simplesmente, porquê foram estes os nomeados pelo PM?

Que Democracia é esta onde qualquer desconhecido da política pode ser, instantaneamente, ministro? 
Sem ser eleito, sem ter contributo público reconhecido, sem nunca ter sido visto ou ser votado num partido?

E de nada os acusa a consciência... nem aos media!

A visão da vida parece reduzir-se apenas à fornecida pela janela mediática...
As pessoas já não pensam, apenas olham...

Receio pelo futuro...












sexta-feira, 7 de julho de 2023

"Hospitais privados"?

Hoje não tencionava publicar nada...
Mas, há atitudes, palavras omissas, golpes financeiros sobre uma população indefesa por mal informada e ingenuamente crente, que me obriga a actuar, apesar de entender que este alerta contra mais este golpe financeiro, não se destina a quem, normalmente, é meu leitor.
Por isso peço-vos que repassem...

Ora bem, alguém cometeu o "crime" de enviar para um "Hospital privado" uma grávida de risco, quando o ministro Pizarro havia dito que apenas enviaria grávidas sem risco, 
devido a obras de melhoramentos na obstetrícia do Santa Maria.

A questão é: um "Hospital privado" não é equivalente em meios a um Hospital público?

Se é, porque não pode receber grávidas de risco?
Se não é, porque se designa por Hospital?

Porque o governo autoriza que qualquer local com meios minimalistas de apoio à saúde se designe por Hospital, onde todos os crentes, especialmente os com dinheiro, confiam a sua saúde e a dos familiares a preços altamente lucrativos para essas entidades?

Mas pior: 
Os vários "noticiários" de tv que hoje já vi, também na estação paga em grande fatia pelos impostos, alegam que o SNS tinha enviado para um "Hospital privado" uma grávida de risco, faltando à palavra do ministro.

Não importa aos media, que um "Hospital privado" não seja provido de meios para apoiar grávidas de risco. 
Sobre isto há uma conveniente omissão verbal.
Importa é que houve - provocada por quem? - uma falta à palavra do ministro.

Porquê?

Porque os "Hospitais privados" PAGAM PUBLICIDADE regularmente aos media. Campanhas intensas e longas...

Logo, não interessa o logro que a expressão "Hospital privado" induz na população.
Importante, é manter o pagante publicitário, ainda que à custa do risco de vida de otários pagantes.

Está mais do que na hora de denunciar este enorme e perigoso embuste!

O governo DEVE definir, em decreto-lei, o conteúdo físico mínimo da palavra Hospital. Público ou privado!

Se não o fizer, estará a proteger uma burla perigosa para a vida dos cidadãos e deverá responder por isso...!





sábado, 1 de julho de 2023

O futebol e Ronaldo.

Gosto, bastante, de futebol.
Mas ainda tenho a frieza suficiente para me defender do envolvimento emocional para onde, me pretende arrastar quem pessoalmente, lucra milhões com emoções das multidões.

Regra geral: Quem consegue conquistar pela paixão, multidões 
está particularmente bem colocado para enriquecer, e muito.

Todas as organizações que, ao longo da História, arrebataram pela emoção milhões de adeptos, angariaram biliões para os seus dirigentes gerirem da forma que consideraram mais útil. Particularmente, para eles...

É típico, após a conquista de qualquer presidência de clube de futebol de destaque, o seu presidente passar a decidir sobre negócios de milhões. 
E, excepto caso que eu desconheça, torna-se rapidamente mais poderoso, mais influente e mais mediático.

Mesmo dirigentes tidos como honestos, se auto-atribuem - perante a morna passividade de assembleias gerais - vencimentos distantes das suas capacidades académicas, profissionais ou sociais, até aí demonstradas.

Passam a contactar e a serem contactados por indivíduos, agentes intermediários, propondo negócios atrás de negócios: 
- Compra e venda do passe de jogadores sem qualquer interesse prático para o clube ou sem real qualidade, apenas para alguém ganhar comissões por tais compras. 
- Passagem facilitada de dinheiro para offshore, onde quer o clube contratante quer o jogador contratado têm contas bancárias abertas, transitando verbas de uma para a outra, longe do alcance do controlo financeiro do país onde exercem actividade.

O futebol entranhou-se de tal modo nas sociedades, que nenhum político dispensa o apoio, directo ou discreto, do(s) clube(s) de futebol do seu círculo eleitoral...

Mas recordemo-nos: Quem, fundamentalmente por paixão vota, só pode aguardar desilusão...

Quando Cristiano Ronaldo ganhava no Real Madrid €2.000.000, já recebia em um só mês mais do que eu ganhei em 40 anos de trabalho..

Que Cristiano ganhasse muito mais do que eu, certo, certíssimo, entendo perfeitamente. 
Quem tem ou desenvolve méritos especiais, deve ter maiores contrapartidas.

Agora que ridicularize uma vida de trabalho útil, apenas com um mês de espectáculo de utilidade duvidosa, não consigo entender!

Talvez por isso eu sorria, quando penso no dia em que o Cristiano for candidato à presidência da República e, creio, a lógica de apoio à candidatura já começou com a compra do Correio da Manha...