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sábado, 30 de setembro de 2023

Homenagem a Almeida Santos.

Muito se fala: Debates, conferências, palestras...
Mas, de fundamental, pouco se diz.
Nunca cruzei a minha vida com a de Almeida Santos. 
Mas escuteio-o, uns anos depois da morte da sua filha devida à adição de drogas: 
"Só acabará o tráfico quando a droga não custar dinheiro". 
Este, o único motivo da produção, exportação e venda.
Esta, a razão mais provável de enriquecimento de polícias, agentes aduaneiros e, cada vez mais, políticos.
Se a droga não gerasse tanto valor, há muito teriam acabado as suas nefastas consequências.

Almeida Santos falou pouco.
Mas, em luto de pai, disse muito!
Obrigado.


terça-feira, 26 de setembro de 2023

Ataque SUJO ao M. do Ambiente.

Considerando o ataque inqualificável que hoje atingiu o ministro do ambiente de um país tido como democrático, só posso considerá-lo um crime, punível por lei, cometido por cabeças jovens muito emotivas mas pouco cultas e menos inteligentes, que são politicamente manobradas por razões virtuais, sem qualquer base científica e menos na sua vertente estatística, pior ainda, apoiada por um órgão supra-nacional que enquanto formalmente condena o trabalho infantil, se serve da fragilidade intelectual dos jovens, utilizando-os como "terroristas" ambientais, tentando justificar com a ingenuidade que lhes é inerente, o estúpido crime praticado.

15° mês...

O novo presidente da CIP (Confederação Empresarial de Portugal), Armindo Monteiro, tomou a iniciativa de marcar a agenda político-económica com um argumento de espantar, mais ainda vindo de onde veio: Dar a cada trabalhador um décimo quinto mês, isento de impostos, por ano.
Como o pobre quando a esmola é grande desconfia, tentei saber de onde vem, financeiramente, tanta bondade.
E, tanto quanto consegui apurar, o espantoso do proposto assenta fundamentalmente na redução de pagamento de 10% do valor salarial à segurança social por parte da empresa.

Será só esperteza saloia, avareza ou espírito abutre de saque à segurança social?

Qualquer delas, o "Chega" apoia!




sábado, 23 de setembro de 2023

Apoio aos juros!

Recordo os anos de 2005, 2006, 2007 e 2008 onde o então presidente do BCE era Jean-Claude Trichet.
Este senhor descobriu, à época, focos inflacionários na Alemanha e aplicou a conveniente receita da finança: aumento de juros em todos os estados com a moeda euro.

Eu tinha então, 2005, em prestações crescentes uma mensalidade de 300€. 
Em 2007 atingiu cerca de 700€.
Calculem: 
Em Portugal nenhuma voz nos media, no poder ou na oposição se manifestou em favor dos "lesados" por este escandaloso aumento. 

Era uma fatalidade por pertencer ao euro...!

15 anos passados, esta fatalidade é tema constante nos media e parlamento, obrigando mesmo o governo a legislar diferindo o pagamento do actual aumento de juros.

Qual a diferença no tempo?

Só encontro uma: A necessidade de reconquistar audiências pelos media nacionais, que os dias que correm lhes vão tirando.

Hoje, os noticiários das tvs nacionais mais parecem diários exaustivos de tudo o que é incómodo para o governo, muito mais verdadeiros arautos da oposição, do que promotores de debates enquadradores de realidades presentes e futuras, altamente perigosas e condicionantes para o país: 
Paraísos fiscais, inteligência artificial, segurança social, curricula do secundário, robotização industrial, emprego, dívida externa...

A liberdade de imprensa (l.i.) transformou-se em libertinagem de imprensa, função das conveniências dos seus promotores publicitários.

A l.i., filha da democracia, comporta-se como a maior detractora desta.

O futuro fará a História destas atitudes...!










terça-feira, 19 de setembro de 2023

A regionalização.

Em 08 de Novembro de 1998, confesso, votei a favor da regionalização. 

Porque na altura acreditava, tal como António Costa afirma, que o nosso dinheiro será muito melhor aplicado quando estamos próximo para fiscalizar a sua aplicação.

Porque acreditei nos bons autarcas que se afirmava o país ter. Porque acreditava que os fundos estruturais europeus (FEDER, FEOGA, FSE, QCAI e QCAII ) tinham bons planeamentos e melhor aplicação. 

Porque olhava para a Europa e pensava que uma boa parte do seu maior desenvolvimento, teria sido devido às formas de regionalização que tinha desenvolvido...

Até que, no Verão de 2017, a Catalunha deu-me um banho de realidade

A possibilidade separatista baseada em exageros autonómicos eleitoralmente crescentes, manifestos interesses individuais, passividade do poder central, insensibilidade sobre economia solidária, guerra civil possível...  

De tudo isto, se viu e ouviu...

Obviamente considero um crime no século XXI a divisão de Portugal com 92.212 km2, em 308 concelhos. Terá sido útil quando se andava a cavalo e se tinha de ir a qualquer centro de decisão e voltar com a luz desse dia. 

Mas, de então para cá, nada mudou? Combóio, estradas, automóveis, camiões, aviões... não fazem diferença?

E a lei da divisão administrativa do país permanece como Mouzinho da Silveira (a quem o país muito deve*...) a definiu em 1832, há 191 anos? Como será que um poder central pode actualmente admitir concelhos distanciados entre si por meia dúzia de km ou com população inferior a 10.000 habitantes?

Acaso alguém ouviu da parte das autoridades desses concelhos qualquer sugestão ou reivindicação para alterar este estado de coisas? 

Será porque ninguém quer abdicar da sua parcela de poder, da sua capacidade de influenciar, de apoiar família e amigos? 

Tudo o que fazem ouvir é que o "interior está abandonado"... 

Claro que também assisto preocupado ao despovoamento do interior - por aí não haver empregos - apesar de lá se terem derramado desde 1986, milhares de milhões de euros, muitos deles em auto-estradas (AE) reivindicadas pela totalidade dos autarcas, para o suposto desenvolvimento do seus concelhos.

O alegado desenvolvimento não aconteceu! As AE serviram apenas para quem vivia no interior se deslocar mais depressa às cidades do litoral. 

Os autarcas do interior nunca conseguiram atrair postos de trabalho para fixar as suas populações!

Pensar, desta vez, que por qualquer arquitectura político-administrativa será possível dar a esses autarcas o "golpe de asa" que lhes falha desde 1986, apesar da brutal injecção de financiamento, único na História do país, é um ERRO.

Servirá apenas para alimentar vaidades pessoais e financiar lateralidades locais de interesse eleitoral e, a prazo, dividir politicamente o país fomentando fervores regionalistas, mais intensos em períodos eleitorais, e que não hesitarão em causificar a integridade nacional se tal, lhes for pessoalmente útil.

Os exemplos por toda a Europa são tantos e tão maus que hoje, só posso inverter o meu voto passado.

Não, a qualquer tipo de regionalização!


*https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$mouzinho-da-silveira







sábado, 16 de setembro de 2023

Aeroporto para Lisboa?


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Foi aquando da recente visita do Papa Francisco a Portugal, que recebi uma mensagem de um amigo do Porto com, aproximadamente, o seguinte teor:

"Porque dirão ser preciso um novo aeroporto para servir Lisboa? Em poucos dias, receberam mais de um milhão de visitantes em voos oriundos de todo o mundo e não houve engarrafamentos no céu nem entupimento das actuais instalações aeroportuárias, que sejam conhecidos."

Vejamos:

Portugal recebe 25 milhões de turistas por ano, maioritariamente por voos, nem todos para Lisboa a qual, segundo o INE (Instituto Nacional de Estatística), acolhe 50% desse número.

A média nacional diária é de 68.500, 50% deste número são 34.250 por dia, ou seja, 239.750 visitantes nos 7 dias da semana.

Lisboa terá acolhido 1.000.000 de pessoas na semana que antecedeu a visita papal.
1.000.000-239.750 = 760.250. 

Assim, o aeroporto Umberto Delgado recebeu quatro vezes mais passageiros do que os habituais, nessa semana.

Dá que pensar!
Ou os números estão muito errados ou há um claro jogo de interesses e manipulação da opinião pública para construção de um novo aeroporto para a região de Lisboa.

A quem interessará um novo aeroporto em Lisboa, se o actual demonstra servir, sem problemas conhecidos, o quádruplo da sua utilização turística normal?

😏

https://cnnportugal.iol.pt/aeroportos/passageiros/passageiros-nos-aeroportos-nacionais-crescem-mais-de-28-para-31-3-milhoes-no-1-semestre/20230814/64da0097d34e72171a0c1e9a














domingo, 10 de setembro de 2023

Respeito ou... escala?

Sempre que vou a Espanha penso, recorrentemente, na autovia Badajoz-Madrid - ~250Km - a qual existe, que me lembre, desde a década de 60 do século passado quando Portugal tinha como autoestradas, 25km que ligavam Lisboa a VF de Xira e 30km ligando Porto a Carvalhos.

Será um maior respeito pelo Povo que faz uns governos investirem em 250km de autoestrada gratuita e outros, apenas em 55km?

Ou será, que 45 milhões de espanhóis pagaram o mesmo por 250km do que 10 milhões de portugueses por 55km?

Se cada km custar 1 milhão de euros, 250 custarão 250 milhões€.

Vejamos:
250.000.000€ : 45.000.000p = 5,5€/pessoa
55.000.000€ : 10.000.000p = 5,5€/pessoa

Verificamos que custa aos impostos de cada um dos 45 milhões de espanhóis 250km de autoestrada,  O MESMO que 55km a cada um dos 10 milhões de portugueses.

Quase todo o investimento público é assim: 
É mais barato a 45 milhões  pagarem a um chefe de estado, a um governo e a 200 ou 300 deputados, do que 10 milhões  pagarem a equivalente número de personagens.

Por isto, esta situação que se arrasta há centenas de anos, os países com maior população na Europa, são mais ricos e desenvolvidos.

Países pequenos e ricos? 
Só com poços de petróleo e/ou paraísos fiscais tipo Catar, Dubai ou Irlanda...


domingo, 3 de setembro de 2023

Crise de habitação?

Desde que me recordo, e a minha lembrança vai até à década de 50 do século passado, viver nos grandes centros urbanos (CtU) - de qualquer parte do mundo  - sempre foi, muito, mais caro.

Apesar da queda demográfica e o aumento imenso do parque habitacional entretanto ocorrido, agora, como pano de fundo, cria-se uma nova realidade mediática, logo politicamente importante e urgente: 
As casas são caras...! E, acrescenta-se, porque são poucas.

O governo expôs, como regularmente o faz, as prioridades de desenvolvimento nacional a Bruxelas e, claro, incluiu a habitação.

Este meu post é de alguma tristeza: 
Como é que que se pode pensar, equacionar, tentar solucionar o problema da habitação sem, aparentemente, ninguém considerar sequer transportes directos de e para, esses locais?

Qualquer arredor de um grande CtU servirá para construir uma cidade, desde que tenha transportes até 60 minutos de distância.

Sugiro a solução mais comum: Prolongamento do metro em combóio à superfície - e vice-versa - até aos destinos finais.

Porquê o histerismo mediático com a habitação, sem qualquer planeamento?

Falta de assunto na "silly season"?
Acabaram os fogos?