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domingo, 21 de janeiro de 2024

4° poder?

Em tempos de, raro, congresso de jornalistas ouvi mais de uma vez, referir os media como 4° poder.
Até entendo o porquê!

Mas dito com ar sério, por profissionais do setor, parece-me provocatório...

Acaso em Democracia, além do Governo e Tribunais, poderão existir poderes, fátuos por natureza, não sujeitos a sufrágio?

Que poder é esse, que reivindica liberdade "de imprensa" mas que recusa a mais elementar regra da Democracia?

É impossível pensar em votação regular para órgãos de imprensa?
Será. Mas já não o será, por referendos ocasionais decidindo qual(is) os media que merecem apoio do estado, quanto e por que prazo. 

Proponho um prazo entre estas consultas não inferior a 6 (seis) anos e agendado com a antecedência mínima de 2 (dois) anos.

A participação pública legitimará a ação mediática, liberta-a de favores do 1° poder e liberta este, de acusação de favorecimento.

Esta possibilidade, em nada belisca o artigo 115° da CRP, nem das respetivas remissões caso, haja vontade política para os realizar.






segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Mudam os tempos, mas o amor à liberdade mantém-se!


Após 1945 seguiram-se, no Ocidente alargado, "30 anos de ouro".
Graças ao "Plano Marshall", as completamente destruídas economias do Japão e Alemanha, conquistariam, 20 anos pós 1945, o 3° e 2° lugares no ranking mundial.
Nunca na História um país vencedor, terá apoiado a este nível economias vencidas, mantendo-lhes a independência política.

Nos "30 anos de ouro" no Ocidente alargado proliferaram as democracias.

Com elas, todo o tipo de eletrodomésticos, automóveis e aviões nascem e aperfeiçoam-se.
Os EUA colocam o 1° homem na Lua, a 400.000km.
Nascem serviços de saúde e educação quase gratuitos, pensão de aposentação, compra de andares em propriedade horizontal, fins de semana com dois dias, em vez de um como até então, férias de 30 dias, pagas...

A vida melhorava diariamente e o futuro seria risonho.

Cerca de 1975 porém, os estados democráticos sofrem sofrem dois choques petrolíferos e começam a sentir dificuldade em manter e/ou aumentar o "status quo" social conseguido até aí.
Neste ano é eleita no UK Margaret Thatcher e, 6 anos depois, Ronald Regan nos EUA.

Qualquer deles adopta a política económica liberal advogada pela chamada "escola de Chicago", onde pontifica o Nobel de 1976 Milton Friedman*.

Este, defende a privatização quase total das funções dos estados, nem tanto para os libertar dos encargos assumidos mas, por os considerar altamente nocivos nos preços dos serviços que prestam.

Já na altura, em entrevista, M.Friedman refere que apenas as economias de Macau e H.Kong se aproximavam do seu ideal (nunca mencionando que estas economias dependiam quase completamente do jogo e já então eram, como hoje, paraísos fiscais).

Porém, com base nestas lógicas, Thatcher e Regan desenvolvem um processo de desmembramento económico dos seus estados. 

Por esta altura, os primeiros computadores aparecem no mercado e, cerca de dez anos depois, a robotização da indústria inicia uma acumulação de capital, ímpar na História, onde um mínimo de indivíduos consegue um valor em bens igual ao do resto da humanidade.

Pior: O humano desenvolveu recentemente um processamento de informação tão rápido e eficaz, a Inteligência Artificial, que resolve em horas, o que um grupo de humanos especializado levaria anos a conseguir.


Pensamento, tanto quanto possível, independente: 

A continuidade da espetacularidade das conquistas dos sistemas democráticos entre 45 e 75 entrou em patamar económico.

As democracias mantêm sobretudo o património da máxima liberdade social possível, estudando as melhores soluções para saídas sociais úteis, face aos atuais constrangimentos de base digital, altamente favoráveis à acumulação de gigantescas fortunas e aumento do desemprego.


Faça duplo click abaixo:

*https://jacobin.com.br/2023/09/economistas-neoliberais-como-milton-friedman-aplaudiram-a-ditadura-de-augusto-pinochet/






segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Combóio!

Exceto para transporte de minério e muito pouco mais, o tempo ultrapassou a necessidade da estrutura ferroviária.
Caríssima em investimento, operação e manutenção, com custos insuportáveis sem o apoio dos governos, distante da maioria dos centros populacionais que deveria servir, extensões preocupantes para garantir
segurança antiterror, foi determinante para o desenvolvimento da humanidade no século XIX mas, decaiu irrecuperavelmente com o surgimento do automóvel um século depois.
O TGV terá sido uma fuga para a frente, após na década de 1990 se ter previsto a saturação do espaço aéreo europeu.
Porém, as construtoras aeronáuticas já produziram aviões com o dobro e triplo das capacidades de então, sem necessitarem alterar as estruturas operativas pelo que, a "solução" nunca o chegou a ser.
Há que ter a coragem política de planear o "phasing out" do combóio, estruturas e pessoal, adaptando-as, talvez, a um futuro onde os drones serão donos dos transportes.


segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Putin, o KGB.


Putin tem eleições em 17 de Março de 2024!


Putin, um ex-KGB, que só Bóris Yeltsin terá sabido porque o nomeou (à boa maneira soviética), como seu sucessor.

Putin, sabe-se agora, tinha o plano de dar à Rússia, a enormidade geográfica da União Soviética.

Começou por aliciar os "Verdes" alemães - em aliança de governo com o SPD de Schröder - "fazendo-os acreditar" que energias obtidas pelas vias nuclear, carvão e petróleo seriam descartáveis face às vantagens(?) do petróleo russo que Putin, se propunha vender a preços vantajosos.

A Alemanha encetou um programa para descartar todas as fontes energéticas que então usava e, em 2022, dependia do gás russo em 43% já com o, entretanto, ex-chanceler Schröder na presidência da Gazprom - empresa estatal russa para fornecimento de gás - há vários anos, como presidente.


Entretanto, Putin tinha testado a resposta da União Europeia - onde a economia alemã é preponderante - a várias intervenções militares russas: Geórgia, 2008 e Crimeia, 2014.

A UE foi passiva a reagir...

Em 2022, Putin invade a Ucrânia mas aqui, encontra forte resistência ucraniana e posterior apoio da UE e EUA, arrastando até hoje. 

Face às próximas eleições (tipo plebiscito) na Rússia em Março de 2024, o ex-KGB Putin, apesar da tão desastrosa campanha ucraniana, terá todas as condições para vencer.


Há a patética possibilidade de o grande admirador americano de Putin, Trump, triunfar também em Novembro próximo, no seu país.


Que esperará a Europa para reforçar fortemente o seu aparelho de defesa?